Em pronunciamento, Bolsonaro pede fim do confinamento em massa e compara coronavírus a ‘resfriadinho’
Mandatário voltou ainda a citar a cloroquina, remédio que ainda não tem a eficácia contra a nova doença
Em pronunciamento em rede nacional de TV nesta terça-feira, 24, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar em "histeria" em torno da pandemia do novo coronavírus e criticou a quarentena, entre outras medidas adotadas por governos e municípios.
O mandatário voltou ainda a citar a cloroquina, remédio que ainda não tem a eficácia contra a nova doença, a covid-19. De acordo com dados oficiais atualizados nesta terça pelo Ministério da Saúde, o Brasil contabiliza 46 mortes e 2.201 casos confirmados, um aumento de 16,4% em um dia.
"O que tínhamos que fazer naquele momento (no início das precauções) era o pânico, a histeria e, ao mesmo tempo, traça a estratégia para salvar vidas e evitar o desemprego em massa", afirmou.
Veja abaixo o vídeo do pronunciamento do presidente:
O presidente acusou a imprensa de ir na contramão e espalhar "a sensação de pavor, tendo como grande carro-chefe o grande número de vítimas na Itália".
Não existem ainda evidências científicas para suportar a teoria de que climas quentes podem ajudar a aplacar a doença.
Bolsonaro elogiou as ações do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no planejamento estratégico de esclarecimento e atendimento no Sistema Único de Saúde.
Ao se usar como exemplo, o presidente disse que, caso ele contraísse o coronavírus, ele não sentiria nenhum efeito dado o seu histórico de atleta.
"No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado com o vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele famoso médico daquela famosa televisão. "
Bolsonaro viajou com ao menos 23 pessoas que receberam diagnóstico positivo para a doença. Há duas semanas, o jornal O Estado de S. Paulo pede os resultados dos seus exames para covid-19, mas não obtém resposta.
O mandatário atacou algumas autoridades estaduais e municipais que "devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transporte, o fechamento dos comércios e o confinamento em massa".
Segundo ele, não há motivo para fechar escolas, uma vez que o grupo de risco é composto por, também, pessoas com mais de 60 anos. "São raros os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos", disse.
Durante o pronunciamento, Bolsonaro voltou a ser alvo de panelaços nesta terça-feira, 24, em ao menos nove capitais do País: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Curitiba, Fortaleza e Porto Alegre.
*Com Estadão Conteúdo
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