Banco da Inglaterra reduz juro para 0,10% e compra 645 milhões de libras em títulos
Banco da Inglaterra justifica decisão como resposta necessária para apoiar empresas e famílias do Reino Unido, em meio ao choque causado pelo coronavírus

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) cortou o seu juro básico em reunião extraordinária nesta quinta-feira, 19, reduzir sua taxa básica de 0,25% para 0,10%.
O banco central do país também aumentou o montante de seu programa de compra de bônus — títulos da dívida externa do país — em 200 bilhões de libras, para um total de 645 bilhões de libras.
O BoE justifica em seu comunicado a decisão como uma resposta necessária para apoiar as empresas e famílias do Reino Unido, em meio aos problemas causados pela paralisação econômica com o coronavírus e as medidas para contê-lo.
O BoE lembra medidas recentes segundo as quais ele, em linha com orientação do Tesouro britânico, ajudará a financiar companhias de fora do setor financeiro para auxiliar no pagamento de salários, aluguéis e fornecedores, em meio aos problemas gerados pela doença.
Diante da disseminação do vírus e de evidências relacionadas à economia global e doméstica e nos mercados financeiros, os dirigentes viram como necessária uma reunião extra, nesta quinta. O BoE diz que, nos últimos dias, as condições no mercado de bônus britânicos (gilts) se deterioraram, com investidores em busca de instrumentos de mais curto prazo, que já estão mais próximos de substituir as reservas "altamente líquidas" do banco central. "Como consequência, as condições financeiras no Reino Unido e no mundo ficaram mais apertadas."
Diante disso, os dirigentes decidiram por unanimidade elevar os bônus que o BoE detêm em 200 bilhões de libras, para um total de 645 bilhões de libras, financiados pela emissão de reservas do banco central, além de cortar os juros em 15 pontos-base, a 0,10%. Também houve votação por unanimidade para ampliar o esquema de Instrumento de Financiamento de Operações para Pequenas e Médias Empresas (TFSME, na sigla em inglês), financiado pela emissão de reservas do BC.
Leia Também
A maioria das compras adicionais de bônus será de títulos do governo do Reino Unido, informa o comunicado, e as compras anunciadas nesta quinta serão concluídas assim que sejam operacionalmente possíveis, consistentes com o funcionamento do mercado. O BoE diz ainda que dará mais informações sobre o assunto no momento devido.
Além disso, informa que sua próxima reunião regular será finalizada em 25 de março, com a publicação da ata no dia seguinte. "A ata da reunião especial de hoje será divulgada ao mesmo tempo", diz.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Bitcoin (BTC) sobrevive ao Fed e se mantém em US$ 96 mil mesmo sem sinal de corte de juros no horizonte
Outra notícia, que também veio lá de fora, ajudou os ativos digitais nas últimas 24 horas: a chance de entendimento entre EUA e China sobre as tarifas
Governo pode usar recursos do Tesouro para bancar fraude do INSS? Veja o que já se sabe até agora
A estimativa é que cerca de 4,1 milhões de beneficiários do INSS tenham sido atingidos por descontos indevidos, com prejuízo de até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024
Não vai meter a colher onde não é chamado: Fed mantém taxa de juros inalterada e desafia Trump
Como era amplamente esperado, o banco central norte-americano seguiu com os juros na faixa entre 4,25% e 4,50%, mas o que importa nesta quarta-feira (7) é a declaração de Powell após a decisão
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC, explica por que o Copom não vai antecipar seus próximos passos na reunião de hoje
O executivo, que hoje é chairman da JiveMauá, acredita em um aumento de meio ponto percentual nesta reunião do Copom, sem nenhuma sinalização no comunicado
CDI+5% é realista? Gestores discutem o retorno das debêntures no Brasil e destacam um motivo para o investidor se preocupar com esse mercado
Durante evento, gestores da JiveMauá, da TAG e da Polígono Capital destacam a solidez das empresas brasileiras enquanto emissoras de dívida, mas veem riscos no horizonte
Copom deve encerrar alta da Selic na próxima reunião, diz Marcel Andrade, da SulAmérica. Saiba o que vem depois e onde investir agora
No episódio 221 do podcast Touros e Ursos, Andrade fala da decisão de juros desta quarta-feira (7) tanto aqui como nos EUA e também dá dicas de onde investir no cenário atual
Selic em alta atrai investidor estrangeiro para a renda fixa do Brasil, apesar do risco fiscal
Analistas também veem espaço para algum ganho — ou perdas limitadas — em dólar para o investidor estrangeiro que aportar no Brasil
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA
Banqueiros centrais se reúnem para mais uma Super Quarta enquanto o mundo tenta escapar de guerra comercial permanente
Bastou Donald Trump sair brevemente dos holofotes para que os mercados financeiros reencontrassem alguma ordem às vésperas da Super Quarta dos bancos centrais
Felipe Miranda: Ela é uma vaca, eu sou um touro
Diante da valorização recente, a pergunta verdadeiramente relevante é se apenas antecipamos o rali esperado para o segundo semestre, já tendo esgotado o espaço para a alta, ou se, somada à apreciação do começo de 2025, teremos uma nova pernada até o fim do ano?
Dividendos e JCP: Tim (TIMS3) anuncia R$ 300 milhões em proventos após salto de 53,6% no lucro para nível recorde no 1T25
O resultado do 1º trimestre deste ano da Tim mostra um lucro líquido de R$ 798 milhões, uma nova máxima para o começo do ano
Hora de colocar fundos imobiliários de shoppings na carteira? Itaú BBA vê resiliência no segmento e indica os FIIs favoritos
Os FIIs do setor mostram resiliência apesar da alta dos juros, mas seguem descontados na bolsa
Um recado para Galípolo: Analistas reduzem projeções para a Selic e a inflação no fim de 2025 na semana do Copom
Estimativa para a taxa de juros no fim de 2025 estava em 15,00% desde o início do ano; agora, às vésperas do Copom de maio, ela aparece em 14,75%
Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços
Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques
Pódio triplo: Itaú (ITUB4) volta como ação mais recomendada para maio ao lado de duas outras empresas; veja as queridinhas dos analistas
Dessa vez, a ação favorita veio acompanhada: além do Itaú, duas empresas também conquistaram o primeiro lugar no ranking dos papéis mais recomendados para maio.
Trump descarta demissão de Powell, mas pressiona por corte de juros — e manda recado aos consumidores dos EUA
Em entrevista, Trump afirmou que os EUA ficariam “bem” no caso de uma recessão de curto prazo e que Powell não reduziu juros ainda porque “não é fã” do republicano
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
As maiores altas e quedas do Ibovespa em abril: alívio nos juros foi boa notícia para ações, mas queda no petróleo derrubou petroleiras
Os melhores desempenhos são puxados principalmente pela perspectiva de fechamento da curva de juros, e azaradas do mês caem por conta da guerra comercial entre EUA e China
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Depois de lambermos a lona no início de janeiro, a realidade acabou se mostrando um pouco mais piedosa com o Kit Brasil