AIE piora previsão de queda na demanda global por petróleo em 2020
A AIE estima que a atividade da aviação tenha diminuído em cerca de dois terços em relação aos níveis normais em julho, normalmente um dos meses de pico do tráfego aéreo

Depois de registrar um tombo de 16,1 milhões de barris por dia (bpd) do consumo global de petróleo no segundo trimestre do ano, durante o auge da pandemia de coronavírus na Ásia e na Europa, a Agência Internacional de Energia (AIE) revisou para baixo suas expectativas de consumo para este e o próximo ano. De acordo com relatório mensal da entidade que tem sede em Paris, a queda do uso da commodity em 2020 deve ser de 8,1 milhões de bpd, para um total de 91,9 milhões de bpd.
"Neste relatório, reduzimos nossa previsão para 2020 em 140 mil bpd, a primeira diminuição em vários meses, refletindo a paralisação da mobilidade, pois o número de casos de covid-19 permanece alto, assim como a fraqueza no setor de aviação", justificou a instituição no documento divulgado nesta quinta-feira, 13.
A AIE estima que a atividade da aviação - medida em passageiros-quilômetro - tenha diminuído em cerca de dois terços em relação aos níveis normais em julho, normalmente um dos meses de pico do tráfego aéreo.
A Agência também salientou que grande parte dos países manteve as fronteiras fechadas já que as infecções continuaram a se espalhar. "O vírus continua a impactar o transporte rodoviário, pois as pessoas evitam viagens não essenciais e trabalhar em casa continua sendo a norma em grande parte do Ocidente", observou.
O relatório também citou que os dados de mobilidade de julho indicam que a demanda por combustível permanece abaixo das normas sazonais na Europa e na América do Norte. "Regiões onde o vírus continua a se espalhar rapidamente - por exemplo, América Latina e Índia - apresentam números muito piores para mobilidade."
A AIE destacou, no entanto, que a demanda por petróleo da China está se recuperando fortemente, com alta de 750 mil bpd em junho em comparação com o mesmo mês do ano passado. "Foi a maior taxa anual de crescimento registrada desde o início da pandemia", comparou.
Leia Também
Nos países que fazem parte da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), houve aumento de 2 milhões de bpd no consumo de abril, que foi baixo, para maio. A elevação, no entanto, ficou abaixo das estimativas da instituição. "Em particular, a demanda no Canadá, Japão, México, Reino Unido e Estados Unidos teve um desempenho significativamente inferior."
2021
Para 2021, a Agência também revisou para baixo sua previsão de recuperação do consumo global da commodity em 240 mil bpd, para 5,2 milhões de barris por dia em relação a este ano, o que levaria a um total de 97,1 milhões de bpd.
Mais uma vez, foi a fraqueza do setor de aviação a principal responsável pela alteração. A instituição previu que, em dezembro de 2021, o consumo global de petróleo ainda será 2% inferior ao registrado no final de 2019.
"A pandemia de covid-19 lançou uma longa sombra sobre a demanda de petróleo", resumiu a instituição.
Petrobras (PETR4) opera em queda, mas nem tudo está perdido: chance de dividendo bilionário segue sobre a mesa
A estatal divulgou na noite de terça-feira (29) os dados de produção e vendas do período de janeiro e março, que foram bem avaliados pelos bancos, mas não sobrevive às perdas do petróleo no mercado internacional; saiba o que está por vir com relação ao balanço
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Dividendos extraordinários estão fora do horizonte da Petrobras (PETR4) com resultados de 2025, diz Bradesco BBI
Preço-alvo da ação da petroleira foi reduzido nas estimativas do banco, mas recomendação de compra foi mantida
Da Vasp à Voepass: relembre algumas das empresas aéreas que pediram recuperação judicial ou deixaram de voar
A maior parte das empresas aéreas que dominavam os céus brasileiros não conseguiu lidar com as crises financeiras e fecharam as portas nos últimos 20 anos
PETR4, PRIO3, BRAV3 ou RECV3? Analista recomenda duas petroleiras que podem ‘se virar bem’ mesmo com o petróleo em baixa
Apesar da queda do petróleo desde o “tarifaço” de Trump, duas petroleiras ainda se mostram bons investimentos na B3, segundo analista
Combustível mais barato: Petrobras (PETR4) vai baixar o preço do diesel para distribuidoras após negar rumores de mudança
A presidente da estatal afirmou na semana passada que nenhuma alteração seria realizada enquanto o cenário internacional estivesse turbulento em meio à guerra comercial de Trump
Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”
O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump
Vítima da guerra comercial, ações da Braskem (BRKM5) são rebaixadas para venda pelo BB Investimentos
Nova recomendação reflete o temor de sobreoferta de commodities petroquímicas no cenário de troca de farpas entre Estados Unidos e o restante do mundo
Petroleiras em pânico mais uma vez: petróleo volta a cair e a arrasta Brava (BRAV3), Petrobras (PETR4) e companhia
A euforia da véspera já era. Com tarifas contra China elevadas a 145%, temor de recessão ainda está aqui
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Países do Golfo Pérsico têm vantagens para lidar com o tarifaço de Trump — mas cotação do petróleo em queda pode ser uma pedra no caminho
As relações calorosas com Trump não protegeram os países da região de entrar na mira do tarifaço, mas, em conjunto com o petróleo, fortalecem possíveis negociações
Brava Energia (BRAV3) e petroleiras tombam em bloco na B3, mas analistas veem duas ações atraentes para investir agora
O empurrão nas ações de petroleiras segue o agravamento da guerra comercial mundial, com retaliações da China e Europa às tarifas de Donald Trump
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China
Não foi só a queda do preço do petróleo que fez a Petrobras (PETR4) tombar ontem na bolsa; saiba o que mais pode ter contribuído
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria pedido à estatal para rever novamente o preço do diesel, segundo notícias que circularam nesta segunda-feira (7)
Petrobras (PETR4) avança em processo para tirar ‘novo pré-sal’ do papel
Petrobras recebeu permissão para operar a Unidade de Atendimento e Reabilitação de Fauna. O centro é uma exigência do Ibama para liberar a busca de petróleo no litoral do Amapá
Ibovespa acumula queda de mais de 3% em meio à guerra comercial de Trump; veja as ações que escaparam da derrocada da bolsa
A agenda esvaziada abriu espaço para o Ibovespa acompanhar o declínio dos ativos internacionais, mas teve quem conseguiu escapar