Petróleo em alta e dólar a R$ 5,40: de tédio você não morre…
Caro leitor,
Para quem acompanha o noticiário político, econômico e financeiro no Brasil neste momento, certamente a quarentena não está entediante. Você pode até estar preocupado, e com razão. Mas entendiado, jamais.
Somente nesta semana, já vimos presidente discursando em manifestação que pedia intervenção militar, preço do petróleo ficando negativo depois de cair mais de 300% e, agora, dólar a R$ 5,40, um novo recorde - e hoje ainda é quarta-feira.
Depois de dois dias de queda brutal nos preços, o petróleo fechou hoje em alta, mas não apenas como parte de um movimento de correção; a commodity reagiu também a um movimento global de menor aversão a risco e, sobretudo, a tuítes de Donald Trump. Eu explico tudo que aconteceu nesta matéria.
No entanto, a alta de hoje não foi suficiente para recuperar as perdas dos últimos dias, e tende a ser limitada, já que o grande problema do setor é a queda brusca da demanda e a capacidade cada vez menor de armazenamento do produto.
Os preços da commodity permanecem em um patamar muito baixo se comparados, por exemplo, a um ano atrás. E este fato tende a pesar não só para as petroleiras, como a Petrobras, mas também de uma forma mais geral sobre as economias emergentes produtoras de petróleo, como é o caso do Brasil e outros países latino-americanos.
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O preço de referência do petróleo utilizado para calcular os royalties recebidos pela União e estados produtores, por exemplo, já caiu nada menos que 45%.
De qualquer maneira, a alta do petróleo hoje animou os investidores e levou as bolsas para cima. Por aqui, o Ibovespa “deveria” ter caído, como ajuste pelas perdas nos mercados globais ontem, quando a B3 permaneceu fechada por conta do feriado. Mesmo assim, o principal índice da bolsa brasileira acompanhou o clima externo e fechou em alta, acima dos 80 mil pontos pela primeira vez desde 13 de março.
O dólar, por sua vez, apontou para cima com a perspectiva de mais cortes de juros e as tensões políticas em Brasília entre Executivo e Congresso. O Victor Aguiar te conta tudo na nossa cobertura de mercados de hoje.
Na mira da xerife
A Eneva desistiu da proposta de incorporação feita à AES Tietê depois que o controlador da companhia, a AES Corp, afirmou que não reconheceria o negócio se a operação fosse aprovada em assembleia de acionistas. A Eneva rebateu as justificativas da AES para não aceitar a fusão e tirou a oferta da mesa. Para completar, a CVM abriu investigação contra a AES Tietê, porque pelas regras de governança às quais a empresa se sujeita, o controlador não tem o poder de vetar a participação dos minoritários em decisões como fusões e aquisições. O Vinícius Pinheiro te conta toda a história.
Reflexos do coronavírus
A demanda doméstica por voos caiu 32,9% em março como reflexo da pandemia de coronavírus, diz a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Gol foi a companhia aérea mais impactada, com queda de 27,1% na procura no mês. Também houve consequências na demanda por voos internacionais. Confira os números para todas as aéreas brasileiras nesta matéria do Felipe Saturnino.
Mais setores contemplados
O novo pacote de ajuda do governo em parceria com os bancos deve incluir também empresas dos setores de turismo e saúde. Segundo o Estadão, o BNDES e os bancos privados estão costurando o acordo, que já contempla os setores aéreo, automotivo, energético e varejista. Uma definição quanto ao formato da ajuda para as empresas de energia deve ocorrer ainda nesta semana. Saiba mais.
Caixa Não Tem
Os usuários do app Caixa Tem, aplicativo da Caixa para liberar o acesso ao auxílio emergencial de R$ 600, vêm reclamando do seu funcionamento nas redes sociais. As queixas relatadas têm a ver com dificuldade de uso, movimentação e consulta do saldo. Para melhorar o atendimento ao público, o banco ampliou seu horário de funcionamento. Saiba mais.
Agora só falta você
A análise da parceria entre Embraer e Boeing pela Comissão Europeia ganhou data: 7 de agosto. O órgão é o único que falta aprovar a joint venture, após o Cade e as autoridades americanas terem dado sua bênção. Entenda por que os europeus estão demorando tanto.
Lenta e gradual
O governador de São Paulo, João Doria, anunciou hoje um plano de reabertura da economia do estado a partir de 11 de maio. O alívio do isolamento social será lento e gradual, para evitar a disparada no número de novos casos de coronavírus. Propostas dos setores produtivos para comércios e serviços não essenciais serão submetidas à análise.
Disputas em Brasília
Enquanto isso, na capital federal, o governo se move nos bastidores para fazer o sucessor de Rodrigo Maia. As eleições para a presidência da Câmara só são em 2021, mas a oferta de cargos ao Centrão tem o objetivo de construir uma candidatura própria do Planalto. E o nome de um deputado já ganhou a preferência de Jair Bolsonaro.
Perguntas (ainda) sem resposta
Quem é jornalista como eu sabe que fazer a pergunta certa já é meio caminho andado. Em seu breve texto de hoje, nosso colunista Felipe Miranda coloca dois questionamentos, ainda sem resposta, mas que valem uma boa reflexão: será mesmo que os mercados se comportam em ciclos, em grandes ondas longas, em que a próxima onda sempre toca o máximo e/ou o mínimo anterior? E estariam mesmo as ações subindo nas últimas semanas ou seria o dinheiro que está caindo? Recomendo muito a leitura!
Um grande abraço e ótima noite!
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