🔴 EVENTO GRATUITO: COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE

Um turnaround para 2021: o sexy não me atrai

Empresas com narrativas sexy encantam mais o investidor. Mas e sexy e barato, tem? Olha, é difícil. Mas tem coisa simples e barata? Sim, mas não é sexy. Te interessa?

22 de dezembro de 2020
11:10
Imagem de rosto de mulher com pedido de silêncio
Imagem: Shutterstock

Nos últimos dez anos, o mercado financeiro mudou bastante. Atualmente, os preços das ações se movem com velocidade e amplitude muito maiores que no passado não tão distante.

O conceito de exponencialidade também está presente nas mudanças. Primeiro, devagar; depois, rápido.

Com o advento das redes sociais, do YouTube, etc., a informação se dissemina de maneira avassaladora (se a qualidade dessa informação é boa ou não, isso é assunto para outra conversa).

Dessa forma, tenho observado que hoje, quase tão importante quanto ter um negócio sólido e de altos retornos sobre o capital investido, é contar bem essa história. O mercado é amplo e, no fim do dia, o dinheiro endereçado para a Bolsa vai ser alocado em alguma ação, então, por que não na sua empresa?

A narrativa bem contada, sexy, vale um múltiplo muito superior quando comparada a uma narrativa bonitinha, mas sem sensualidade. Essa última não está caindo no gosto do investidor nos últimos tempos.

As diretorias de algumas companhias têm se especializado em shows pirotécnicos matemáticos, mostrando diversos números grandiosos, atraentes, mas o bom e velho caixa continua sendo queimado a torto e a direito.

Mas, contando a história direitinho, a empresa emplaca mais um aumento de capital no ano que vem. O investidor vai junto. Colocam lá que os investimentos são para digitalização, “super app”, marketplace e ESG. Falando as palavrinhas mágicas, o preço sobe. E vai que vai. Citando Cazuza, “mentiras sinceras me interessam”.

Os investor’s days de algumas se tornaram uma grande farra do “overpromise”, ou “prometer demais”. É triplicar a geração de caixa para cá, dobrar de tamanho para lá…

Pode até dar certo, mas, geralmente, o overpromise é seguido de “underdelivery” (promete-se de mais, entrega-se de menos).

Esse tipo de pirotecnia não cabe nos casos sem sensualidade, muito menos em turnarounds. Se uma empresa está passando por dificuldades operacionais ou financeiras, ou as duas coisas ao mesmo tempo, não dá para ser sexy, tem que fazer o simples. A narrativa bem contada fica para depois, o importante é estancar a sangria e sobreviver.

Eu sei, empresas com narrativas sexy encantam mais o investidor. Mas e sexy e barato, tem? Olha, é difícil.

Mas tem coisa simples e barata? Sim. Mas não é sexy. Se isso for bom para você, continue comigo.

Ações com preços convidativos geralmente carregam algum (ou alguns) “se” que justifique seu preço atrativo.

Se não houvesse um “se”, o mercado ajustaria isso rapidamente e o preço deixaria de ser sedutor. Nesse “se” residem grandes oportunidades de lucro. A empresa não é sexy, mas você paga barato e “ganha” a possibilidade de o case ficar sexy “de graça”.

Esses são os melhores casos de companhias em turnaround. Paga-se barato pelo que ela é, e leva-se “de graça” o que ela pode vir a ser. Assim, se der tudo certo e a empresa ficar popular, você já ganhou um bom dinheiro com isso.

É assim que vejo o case de Cambuci (CAMB3). Pelo nome, você provavelmente não conhece, mas a companhia é detentora da marca Penalty , famosa por suas bolas, calçados e itens de vestuário. Quem é “boleiro" sabe do que eu estou falando.

Uma empresa pequena (cerca de R$ 250 milhões de valor de mercado), com a maior margem bruta do segmento (44% contra 37,6% na média do setor), sendo negociada a 1,2 vez sua receita (contra 1,9 vez da média de seus pares) e modestas 5 vezes seu Ebitda para 2021, (contra 8,5 vezes da média do segmento).

Como mencionei, não é sexy (ao menos por enquanto), mas é barato e tem possibilidades de crescimento muito interessantes, que levaremos “de graça” comprando aos níveis de preço atuais.

A companhia vislumbra entrada em segmentos como “running”, buscando parceiros para isso. Além disso, ela adentrou recentemente no e-commerce, com a plataforma B2C, e iniciará a venda direta (B2B) digital nos próximos meses.

Hoje, a Cambuci ainda se utiliza de representantes comerciais para efetuar a venda para escolas de futebol e quadras de futebol society, por exemplo. Com a digitalização, os clientes poderão fazer a compra diretamente, agilizando o processo da empresa e melhorando as margens.

Com um turnaround operacional e financeiro em curso desde 2017, a companhia já apresenta bons níveis de rentabilidade operacional e uma estrutura financeira balanceada.

A pandemia atrasou a recuperação, já que causou uma perda relevante de receitas no 2T20, porém já com forte recuperação no 3T20, e temos uma expectativa de um 4T20 já nos níveis de 2019.

Além disso, enxergo a companhia como um potencial alvo de aquisição de empresas maiores em algum momento. Embora não seja esse o cenário-base, afinal o trabalho interno da Cambuci tem sido bem realizado, o setor teve diversas movimentações, como a Centauro adquirindo os direitos da Nike no Brasil, Grendene e Vulcabras negociando as marcas Azaleia e Mizuno entre si, e o grupo Sforza, de Carlos Wizard, adquirindo as marcas Topper e Rainha da Alpargatas.

Dessa forma, enxergo o caso da Cambuci (CAMB3) como interessante por possuir uma marca forte, estrutura de capital balanceada, margens robustas para o setor e, por último, mas não menos importante, preço atrativo. A possibilidade de “virar sexy” você leva de graça.

Quer conhecer outros casos nada sexy (tá bom, alguns até têm se tornado), mas com altos potenciais de retorno? Quer fugir do óbvio? Tem uma ótima oportunidade para você assinar minha série aqui na Empiricus: Ações Exponenciais. Nela exploramos exatamente isso: casos não óbvios, em alguma situação especial, que possuem Gatilhos de Exponencialidade, que podem gerar valorizações expressivas.

Se você busca adicionar um pouco mais de pimenta ao seu portfólio para potencializar seus retornos de maneira relevante, essa oportunidade é excelente.

Desejo a todos boas festas e um ótimo 2021.

Compartilhe

Engordando os proventos

Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA

14 de setembro de 2022 - 13:22

Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista

OPA a preço atrativo

Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?

12 de setembro de 2022 - 13:09

O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

NOVO ACIONISTA

Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)

9 de setembro de 2022 - 11:01

Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%

Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar