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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Esquenta dos mercados

Clima político tenso segue como pano de fundo para exterior misto e dados do varejo

AGU, PGR e Sergio Moro têm 48 horas para opinar sobre o sigilo do vídeo que está movimentando Brasília. Lá fora, mercados reagem de forma mista, com o temor pela segunda onda de infecções de covid-19 e o discurso do presidente do Federal Reserve no radar

Jasmine Olga
Jasmine Olga
13 de maio de 2020
8:10 - atualizado às 8:26
O ex-juiz Sergio Moro
O ex-juiz Sergio Moro - Imagem: Shutterstock

O burburinho em torno do conteúdo da reunião ministerial do dia 22 de abril derrubaram a bolsa ontem e deve continuar sendo pauta hoje. Mas o vídeo ainda não deve ser de conhecimento público, já que o ministro Celso de Mello deu 48 horas para que para que Moro, a AGU e o procurador-geral Augusto Aras se manifestem sobre o sigilo do material. Na agenda econômica, destaque para os números do varejo de março.

Lá fora, as preocupações com uma reabertura econômica precipitada continuam a rondar os negócios após alguns países da Ásia apresentarem novos casos após um afrouchamento das medidas de isolamento. Nos Estados Unidos, expectativas para o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Os investidores acreditam na chance da instituição passar a adotar juros negativos para enfrentar o coronavírus.

Azedou

O Ibovespa parecia caminhar para mais um dia de tranquilidade, mas uma virada no humor no exterior e o desenrolar do noticiário político local azedaram os negócios no decorrer da tarde.

Assim que começaram a circular as primeiras notícias sobre o conteúdo do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril - classificado como 'bombástico', 'devastador' e 'comprometedor'por fontes -, o principal índice da bolsa brasileira aprofundou a queda e fechou nas mínimas, com recuo de 1,51%, aos 77.871,95 pontos.

Segundo as informações que circularam após a exibição, o vídeo confirma as acusações de Sergio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro quis interferir na Polícia Federal para proteger a sua família.

O dólar também aprofundou a pressão, subindo 0,82%, a R$ 5,8686, mesmo após uma nova atuação do Banco Central no câmbio - uma oferta de US$ 500 milhões em swap cambial.

Sequência nas investigações

O ministro Celso de Mello deu 48 horas para que PGR, AGU e a defesa de Sergio Moro se manifestem sobre o sigilo do vídeo. Enquanto o tempo corre, a tendência é que as coisas fiquem mais tranquilas em Brasília.

Além da exibição do vídeo para investigadores, delegados e a defesa do ex-ministro Sergio Moro, ontem também foi dia de ouvir o depoimento de três ministros militares do governo - os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos -, que negaram o objetivo de interferência do presidente na Polícia Federal.

Hoje, a deputada Carla Zambelli, Alexandre Saraiva e Carlos Henrique Oliveira prestam depoimento.

Mesmo com o clima tenso em Brasília, a possibilidade de abertura de um processo de impeachment parece distante. Ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez um pedido para que o ministro Celso de Mello rejeite uma ação que pedia uma análise imediata do impeachment do presidente, dizendo que essa seria uma solução extrema.

Ainda relativo ao noticiário em Brasília, o mercado segue aguardando o veto do presidente Jair Bolsonaro ao congelamento dos salários de servidores públicos até o fim de 2021.

Tensão lá fora

No exterior, um dos focos de tensão foi a apresentação no Congresso americano de um projeto de lei que dá a Trump o poder de impor sanções à China caso o país não coopere com as investigações a respeito da Covid-19.

De outro lado, pesou a preocupação com a reabertura de regiões dos Estados Unidos, após países asiáticos e europeus apresentarem uma segunda onda de infecção por covid-19.

Em depoimento, Anthony Faud, principal consultor da força-tarefa americana contra o covid-19, disse que uma retomada precipitada da economia poderia trazer 'sofrimento desnecessário e mortes'.

Mercados hoje

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, com os investidores aguardando o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que deve dar novas dicas sobre o futuro da política monetária do Banco Central americano (10h). A expectativa é que a instituição adote juros negativos para enfrentar a pandemia. Atualmente, a taxa básica de juros americana está na faixa de 0% a 0,25%.

O temor com a reabertura precipidada das economias também assombra as bolsas europeias, que abrem o dia no vermelho.

Além disso, no velho continente os mercados também refletem os dados fracos da produção industrial da zona do euro, que caiu 11,3% em março - a maior baixa histórica para o índice. Ainda assim, a queda foi menor que a esperada pelos analistas.

Ainda falando em números, dados divulgados pelo Reino Unido no começo da manhã ajudam as bolsas a manteram o mau-humor. O país teve contração de de 2% no Produto Interno Bruto do primeiro trimestre - a maior baixa desde 2008. O indicador de produção industrial caiu 4,2% em fevereiro para março.

Em Nova York, os índices futuros amanhecem no campo positivo, com os investidores aguardando o discurso de Powell.

Petróleo

O aumento dos volumes de petróleo bruto estocado nos Estados Unidos (7,6 milhões de barris) informado pelo American Petroleum Institute (API), azeda também o mercado de petróleo, que aguarda o relatório mensal com projeções sobre oferta e demanda divulgado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Por volta das 7h15, o petróleo WTI para julho recuava 0,78%, a US$ 25,58. Já o Brent recuava 1%, a US$ 29,68.

Boletim médico

A curva de infecção no Brasil também parece estar longe de atingir o seu pico. Ontem, o ministério da Saúde informou um novo recorde no número de mortos por coronavírus no país em 24 horas - 881 mortos. O Brasil tem 12,4 mil mortes no total.

O país é o segundo no mundo com o maior número de casos, totalizando 117.589 mil pessoas infectadas.

Com o sistema de saúde perto do colapso nas capitais, o presidente Jair Bolsonaro ameaçou recorrer a AGU e o Ministério da Justiça para garantir que os governadores cumpram o seu decreto de abrir salões de beleza, barbearias e academias de ginástica.

Balanços

Hoje a agenda conta com as divulgações do GPA, SulAmérica e Via Varejo.

  • Sinqia reverteu prejuízo e lucrou R$ 433 milhões no 1º trimestre. A receita da companhia teve um crescimento de 26,2%, a R$ 48,6 milhões.
  • A XP Investimentos lucrou R$ 415 milhões no primeiro trimestre, alta de 147%. A receita cresceu 86%, indo a R$ 1,735 bilhões.

Agenda

Ministério da Economia deve revisar a projeção de crescimento de 0,02% no PIB para queda de 4% a 5%.

Às 9h, será divulgado os números de venda do varejo em março.

Fique de olho

  • Ômega Geração aumentou capital social em R$ 2,244 milhões, totalizando R$ 2,867 bilhões.
  • BR Properties pagará hoje juros das primeiras 5 séries de debêntures.

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