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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
esquenta dos mercados

Trump joga balde de água fria nos mercados e cautela volta a reinar nos negócios

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos - Imagem: Shutterstock

Donald Trump jogou um balde de água fria nos investidores do mundo inteiro no fim da tardede ontem. Dessa vez, o problema não é a saúde do presidente americano e sim a sua decisão de suspender a negociação de novos estímulos monetários no país.

No Brasil, o quadro fiscal segue em evidência. Agora pela manhã, em participação na rádio Jovem Pan, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mostrou incômodo com a situação das contas públicas e disse que mesmo antes da pandemia a situação fiscal do país já era grave. Em dia que deve ser marcado pela volatilidade e deterioração do mercado internacional, os agentes financeiros locais também devem repercutir a fala do presidente do BC.

Na agenda, o destaque do dia é a ata da última reunião do Federal Reserve, além de discursos de diversos dirigentes da instituição ao longo do dia. Com a suspensão do pacote fiscal americano, os investidores devem buscar dicas de que novos estímulos podem ser aplicados.

O socorro não vem

Se nos últimos meses as negociações em torno de um novo pacote fiscal nos Estados Unidos foi motivo para alimentar as esperanças dos investidores, o assunto agora está enterrado até depois das eleições presidenciais o que, claro, não agradou em nada o mercado.

Após meses de negociação e um impasse entre governo e oposição, o presidente Donald Trump decidiu cancelar as tratativas até depois das eleições. Trump discordava da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, sobre o valor total do pacote.

Em publicação no Twitter, Trump afirmou que o valor proposto por Pelosi, de US$ 2,4 trilhões, serviria para resgatar 'estados democratas mal administrados e com alto índice de criminalidade'. No entanto, prometeu que tem planos para aprovar uma 'lei de estímulo importante' caso saia vencedor das eleições em novembro.

"Fizemos uma oferta muito generosa de US$ 1,6 trilhão de dólares e, como sempre, ela Pelosi não está negociando de boa fé. Rejeito o pedido deles e olho para o futuro do nosso país"

Com o balde de água fria nas esperanças do mercado por novos estímulos, a decisão de Trump arrastou as principais bolsas globais para o vermelho.

Depois de apresentar uma alta expressiva na maior parte do dia - apoiado pela paz recém-selada entre o presidente da Câmara Rodrigo Maia e o ministro da Economia Paulo Guedes e uma percepção melhor sobre o compromisso do governo com o cumprimento do teto de gastos- o Ibovespa fechou o dia em queda de 0,49%, aos 95.615,03 pontos.

A moeda americana, que vinha tendo um dia de descompressão antes da fala de Trump, também reagiu ao anúncio. O dólar voltou a se aproximar da marcad dos R$ 5,60 e encerrou a sessão com alta de 0,50%, a R$ 5,59.

Esfriando os ânimos

A decisão de Trump deve continuar sendo um dos principais assuntos do mercado nesta quarta-feira.

Durante a madrugada, a maioria das bolsas asiáticas fecharam o dia em alta, mas o mercado japonês sentiu com maior peso a canetada do presidente americano. Vale lembrar que as bolsas chinesas seguem fechadas por conta de um feriado local e só voltam a funcionar na semana que vem.

Na Europa, as principais praças operam no negativo nesta manhã. As perdas são limitados pela indicação levemente positiva dos índices futuros de Wall Street, no entanto, a frustração com o adiamento do pacote leva a melhor e pesa no humor dos investidores.

Como os mercados europeus já estavam fechados no momento da declaração de Trump, os agentes financeiros devem repercutir hoje a decisão abrupta do presidente.

E não é só a decisão do presidente americano que assombra os mercados hoje. Em evento realizado ontem, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, falou sobre as possíveis consequências devastadoras para empresas e população da falta de um novo socorro.

Temor fiscal

Embora a cena política tenha aliviado nos últimos dias, a preocupação com o quadro fiscal brasileiro segue no radar. As declarações feitas pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, agora pela manhã deve repercutir entre os investidores ao longo do dia.

Em entrevista, o presidente do BC disse que a situação fiscal brasileira já era preocupante antes mesmo da pandemia e que o teto de gastos foi a 'âncora que permitiu ao País gastar mais'. Campos Neto também afirmou que um cenário fiscal desorganizado, com muitos ruídos, é um dos fatores que leva o Real a se desvalorizar e que para queos investidores estrangeiros olhem para o Brasil, é preciso que se mostre disciplina nos gastos e credibilidade.

Atualmente, o maior fator de preocupação com os gastos públicos está com a proposta de financiamento do Renda Cidadã, novo programa social do governo. Ainda há impasses sobre de onde virão os recursos utilizados pelo programa. A apresentação da PEC emergencial que deve incluir o programa ficou para a semana que vem, o que não agrada aos investidores locais.

Agenda

Hoje, os olhos dos investidores mais uma vez se voltam para os pronunciamentos das principais autoridades monetárias do mundo, mais do que nunca de olho na possibilidade de novos estímulos que continuem patrocinando a liquidez dos mercados.

Pela manhã, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde,fala no Fórum Financeiro Internacional (9h10). O presidente do Banco Central Brasileiro, Roberto Campos Neto, também fala em evento virtual (10h).

Nos Estados Unidos, o destaque do dia é a ata da última reunião do Federal Reserve (15h). Uma série de dirigentes da entidade estão escalados para falar ao longo do dia.

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