Dia cheio: Coronavírus, eleições, Copom e balanços dão o tom (cauteloso) dos mercados
A agenda pesada e as preocupações com a possibilidade de novos lockdowns pela Europa faz a aversão ao risco predominar nos mercados

O dia deve ter gosto de 'super-quarta'. Com a expectativa pela divulgação do balanço de pesos-pesados do Ibovespa e decisão do Comitê de Política Monetária, os agentes financeiros devem começar o dia em compasso de espera.
O cenário no exterior também não ajuda os investidores a irem em direção a um postura mais arriscada, já que a segunda onda do coronavírus na Europa e nos Estados Unidos começa a ganhar contornos ainda mais preocupantes. A proximidade das eleições americanas também segue trazendo grande volatilidade ao mercado e o dia começa no vermelho para os principais índices globais.
O fim da paz
Estava com saudades dos ruídos políticos? É bem capaz que não, mas ele voltou a dar as caras em Brasília e afundou o Ibovespa na tarde de ontem.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, acusou a base governista de obstruir o andamento das reformas, acabando com o sentimento de trégua que havia se instalado em Brasília.
A tensão política, no entanto, não foi o único fator a trazer cautela para a mesa. O cenário negativo no exterior e os balanços corporativos também pesaram na bolsa.
O gatilho para a queda do setor bancário no pregão de ontem foi o balanço do Santander. Embora o bancão tenha apresentado um bom resultado, os investidores desconfiam da capacidade da companhia seguir apresentando números semelhantes nos próximos meses.
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Com tantas influências negativas, o principal índice da bolsa brasileira perdeu o patamar dos 100 mil pontos e fechou o dia em queda de 1,4%, aos 99.605,54 pontos.
A fala de Maia também impactou o câmbio. O dólar disparou e a fechou a sessão em forte alta de 1,2%, a R$ 5,6827.
Compasso de espera
Outro evento que influenciou a bolsa ontem e deve continuar dando as cartas na sessão desta quarta-feira (28) é a decisão de política monetária do Banco Central, que divulga hoje o futuro da taxa Selic. O anúncio será feito após o fechamento dos mercados.
A estimativa dos especialistas é que a taxa básica de juros permaneça em seu piso histórico, de 2% ao ano. A expectativa é grande pelo comunicado oficial da decisão, já que com a disparada da inflação e a incerteza com as contas públicas pressiona o BC a endurecer o discurso.
Tempo fechado
A preocupação desde que as medidas de isolamento social começaram a ser afrouxadas era de que uma hora ou outra as restrições de circulação teriam que ser reimpostas.
Ontem, os Estados Unidos registraram 70,2 mil novos casos de covid-19 e na Europa novas máximas diárias também foram registradas. Com o número de casos batendo novos recordes, a medida parece cada dia mais inevitável - e não anima em nada os mercados.
Novas restrições significam que a recuperação econômica tão aguardada deve ter a sua trajetória prejudicada e o tão sonhado 'V' não será possível.
O coronavírus, no entanto, está longe de ser a única preocupação que chega do exterior. A proximidade das eleições americanas também deixa os mercados em compasso de espera, já que além da volatilidade trazida pelo pleito em si, um acordo por um novo pacote de estímulos fiscais parece cada vez mais improvável de acontecer antes do fechamento das urnas.
É nesse cenário que começamos mais um dia. Na Ásia, as bolsas fecharam mistas, com os índices chineses recuperando a queda dos últimos dias, mas sem força para influenciar o resto dos negócios no continente.
O temor de novos lockdowns mina o apetite por risco na Europa e as bolsas operam em forte baixa nesta manhã. Assim como no Brasil, a região também aguarda a decisão de política monetária do Banco Central Europeu, que deve ser anunciada amanhã. Com a situação cada vez mais complicada, os investidores esperam a sinalização de novos estímulos. Os índices futuros em Nova York também operam em queda firme, caindo mais de 1,5%.
Com a situação preocupante da pandemia do coronavírus, a temporada de balanços - que ganha cada vez mais força - fica em segundo plano no exterior. Lá fora, hoje é dia de conhecer os resultados de General Eletric, Boeing, Mastercard, Visa, Fiat, Gilead e Samsung.
Temporada de balanços
No Brasil, hoje o dia também promete! Além da divulgação da decisão de política monetária do Copom, temos uma agenda com a divulgação de balanços importantes para a bolsa brasileira.
Antes da abertura é a vez da siderúrgica Gerdau. Após o fechamento, Vale, Petrobras e Bradesco divulgam os seus números. Confira aqui uma prévia do que esperar.
Desde a noite de ontem, Cielo, Localiza, Smiles e Telefônica divulgaram os seus balanços do terceiro trimestre. Confira os principais números.
- A Cielo teve lucro líquido de R$ 100,4 milhões, queda de 71,5% na comparação anual.
- A Localiza reportou um lucro líquido de R$ 325,5 milhões no terceiro trimestre. Segundo a empresa, os dados de lucro líquido, receita e Ebitda do trimestre são recordes da companhia.
- A Smiles divulgou um lucro líquido de R$ 50,2 milhões, queda de 66,4%.
- A Telefônica Brasil teve um lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, alta de 25,5% na comparação anual.
- A RaiaDrogasil teve lucro líquido R$ 172,9 milhões no terceiro trimestre, alta de 13,4%.
Fique de olho
- Porto Seguro pagará juros sobre capital próprio no valor de R$ 0,5596 por ação.
- A EDP São Paulo fará pagamento de dividendos extraordinários no valor de R$ 238,3 milhões.
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