Apuração acirrada nos Estados Unidos e temor por contestação do resultado por Trump pautam o dia
Por volta das 8h, o democrata Joe Biden liderava a corrida, com 238 delegados computados, contra 213 de Donald Trump. Para declarar vitória, é necessário o número mínimo de 270 delegados.
A apuração dos votos da eleição presidencial da maior economia mundial ainda não está concluída e deve seguir por mais algum tempo antes que o vencedor seja anunciado. O mundo acompanha de perto a contagem de cada voto. No entanto, a perspectiva de que Donald Trump conteste o resultado - se sair perdedor - tem deixado os investidores apreensivos.
O pleito deve seguir sendo o principal motor dos mercados nesta quarta-feira, deixando em segundo plano a preocupação dos investidores com o crescimento do número de casos do coronavírus na Europa e as novas medidas de isolamento social. No velho continente, dados melhores do que o esperado das economias locais ajudam a aliviar a nuvem de tensão com a contagem dos votos nos EUA
Os investidores brasileiros também possuem o balanço do Itaú, divulgado na noite de ontem, para digerir. Na agenda do dia, os destaques são os resultados de Gol, hering, Ecorodovias e Ultrapar.
Queimando a largada
O cenário lembra muito o de 2016. A contagem de votos das eleições americanas correram madrugada a dentro, mas a disputa parece bem mais acirrada do que o inicialmente projetado.
Antes mesmo da apuração ser concluída, o presidente americano Donald Trump já declarou a sua vitória e prometeu ir à Suprema Corte para combater a "fraude" da contagem de votos por correios. Já Joe Biden ainda se mostra confiante e pediu para que os seus apoiadores mantenham a fé.
A apuração dos votos encontra-se em um momento delicado, com atrasos e adiamentos das contagens em três Estados-chave - Pensilvânia, Michigan e Wisconsin.
Por volta das 8h, o democrata Joe Biden liderava a corrida, com 238 delegados computados, contra 213 de Donald Trump. Para declarar vitória, é necessário o número mínimo de 270 delegados.
Com o temor de que o resultado das eleições vire um imbróglio judicial e um cenário pior do que o projetado para os democratas, as bolsas europeias abriram o dia em queda. No entanto, dados melhores do que o esperado da atividade econômica das economias da região puxaram um movimento de recuperação, que colocou parte das principais bolsas da região no azul.
O índice de preços ao produtor (PPI) da zona do euro veio em linha com o estimado pelos analistas, mas os índices de gerentes de compras (PMI) da região e da Alemanha superaram a leitura prévia. A exceção foi o Reino Unido, onde o indicador foi ao menor nível desde junho.
Nos Estados Unidos, enquanto se espera a finalização da contagens dos votos, os índices futuros operam com sinais mistos - enquanto o S&P e o Nasdaq avançam, o Dow Jones opera com leve queda.
Durante a madrugada, as bolsas asiáticas fecharam o dia majoritariamente em alta, de olho nas eleições americanas.
Recuperando o tempo perdido
Enquanto as bolsas internacionais se recuperavam do tombo da semana passada, a bolsa brasileira esteve fechada para a celebração do Dia de Finados.
No entanto, o Ibovespa foi atrás do tempo perdido nesta terça-feira e buscou a sua parte da recuperação. O principal índice da bolsa brasileira seguiu o otimismo visto no exterior e subiu forte, na expectativa pelo encerramento da eleição presidencial norte-americana. O avanço da covid-19 na Europa e a instalação de novas medidas de isolamento social - que derrubaram as bolsas globais na semana anterior - ficaram em segundo plano.
O principal índice acionário da B3 fechou o dia em alta de 2,16%, aos 95.979,71 pontos.
Já no câmbio, a história foi um pouco diferente. Os investidores pesaram as preocupações com a situação política e fiscal do país e recorreram ao dólar como um ativo de proteção. Ao fim do dia, a moeda americana apresentou alta de 0,4%, a R$ 5,7622.
Agenda
Enquanto a apuração dos votos segue rolando, a agenda de divulgações e eventos também continua cheia.
No Brasil, é dia de divulgação da produção industrial do país em setembro (9h).
No exterior, o destaque do dia é a leitura do índice de gerentes de compras (PMI) composto dos Estadis Unidos (11h45) e o relatório ADP sobre a geração de empregos no setor privado da maior economia do mundo (10h15).
Balanços
Na noite de ontem, o Itaú Unibanco foi o grande destaque da temporada de balanços corporativos.
O bancão teve um lucro de R$ 5 bilhões no terceiro trimestre,uma queda de 29,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Outra notícia relacionada ao banco e que deve mexer com os papéis da companhia nesta quarta-feira é a notícia que o Itaú estuda segregar a sua participação na XP Investimentos em uma nova empresa e vender 5% das ações.
Para hoje, estão previstos os resultados de Gol (antes da abertura), Hering, Ecorodovias e Ultrapar - Todas após o fechamento.
Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta
Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos
Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23
O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed
Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB
As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional
Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17
O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.
Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo
Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Leia Também
-
Bolsa hoje: Ibovespa tenta sustentar os 124 mil pontos com NY negativo; Petrobras (PETR4) aprova dividendos extraordinários
-
Bolsa hoje: Ibovespa cai com bancos e NY antes de resultados da Vale (VALE3); dólar sobe a R$ 5,14
-
Adeus, dólar: Com sanções de volta, Venezuela planeja usar criptomoedas para negociar petróleo
Mais lidas
-
1
Órfão das LCI e LCA? Banco indica 9 títulos isentos de imposto de renda que rendem mais que o CDI e o Tesouro IPCA+
-
2
A verdade dura sobre a Petrobras (PETR4) hoje: por que a ação estaria tão perto de ser “o investimento perfeito”?
-
3
Após o halving, um protocolo 'surge' para revolucionar o bitcoin (BTC): entenda o impacto do protocolo Runes