Apertem os cintos: Risco coronavírus volta ao radar e derruba bolsas mundo afora
A volta dos temores de uma segunda onda da doença após aumento de casos nos EUA coloca investidores na defensiva e deve se refletir na reabertura da B3 amanhã
Aperte os cintos, porque tudo indica que a volta do feriado de Corpus Christi na bolsa brasileira será bastante turbulenta. A volta dos temores de uma segunda onda de coronavírus derrubou os mercados mundo afora e deve se refletir na reabertura da B3 amanhã.
As principais bolsas globais fecharam no vermelho. Em Nova York, o índice S&P 500 fechou em forte queda de 5,89% e o Nasdaq recuou 5,27%. Na Europa, as principais bolsas fecharam em forte queda. O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou o pregão em baixa de 4,10%.
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Com a B3 fechada hoje, o baque para as ações brasileiras se refletiu no EWZ, o principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) de papéis nacionais, que desabava 7,84% por volta das 17h.
O sentimento de aversão a risco também interrompeu a recuperação das cotações das commodities, com a percepção de que a economia deve se manter em marcha lenta por mais tempo. O petróleo WTI era o mais afetado e despencava quase 10%.
O pessimismo generalizado veio de um risco que os investidores vinham negligenciando nas últimas semanas: o da pandemia do coronavírus.
A percepção mais positiva vinha da reabertura das economias no exterior sem o registro de aumento significativo novos casos da covid-19. Mas esse cenário mudou com a informação de que a média de novos infectados nas últimas duas semanas continua subindo em mais de 20 estados norte-americanos.
Os investidores também parecem ter caído na real depois das projeções nada positivas para a economia divulgadas ontem pelo Federal Reserve.
A estimativa do BC dos EUA é de uma contração de 6,5% da maior economia do mundo, com uma taxa de desemprego de 9,3% no fim de 2020.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou o Twitter para criticar mais uma vez o Fed.
Do lado positivo – ou menos negativo, como preferir – estão os indicadores da economia norte-americana. O principal deles divulgado hoje foi o número de novos pedidos de auxílio-desemprego.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, foram 1,542 milhão de novos pedidos na última semana – encerrada no dia 6 de junho. O resultado ficou abaixo da expectativa dos economistas, que previam 1,6 milhão de novos pedidos.
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