Com trégua entre China e EUA, Ibovespa tenta recuperar os 80 mil pontos; dólar cai a R$ 5,74
Países prometem diálogo dias após Trump culpar os chineses pelo avanço do coronavírus; Ibovespa e dólar também monitoram outros desdobramentos da pandemia
Após duas perdas consecutivas, o Ibovespa ensaia uma recuperação nesta sexta-feira (8) e tenta retomar o nível dos 80 mil pontos. E essa tranquilidade também é vista no câmbio: o dólar à vista, que disparou ao longo da semana, dá sinais de alívio.
Por volta de 16h00, o Ibovespa subia 2,55%, aos 80.109,36 pontos, depois de tocar os 80.315,07 pontos na máxima (+2,81%). Com isso, a bolsa brasileira fica em linha com o exterior: nos EUA, o dia é de ganhos no Dow Jones (+1,51%), no S&P 500 (+1,46%) e no Nasdaq (+1,39%) — as praças da Europa fecharam em alta.
E, no mercado de câmbio, a escalada do dólar à vista rumo aos R$ 6,00 finalmente tem uma pausa: a moeda americana recuava 1,63% no mesmo horário, a R$ 5,7458, interrompendo a sequencia de cinco altas seguidas.
- O podcast Touros e Ursos desta sexta-feira já está no ar! Os repórteres Victor Aguiar e Vinícius Pinheiro falaram sobre os principais temas do mercado nesta semana:
Todo esse alívio global é desencadeado pelos sinais mais animadores nas relações entre Estados Unidos e China. Segundo a agência de notícias estatal chinesa Xinhua, negociadores de ambos os países prometeram criar condições favoráveis para a fase 1 do acordo comercial.
A tensão entre as potências voltou a preocupar os investidores no último final de semana, quando Donald Trump culpou os chineses pelo avanço do novo coronavírus e ameaçou tarifar o país.
Os indícios de pacificação na relação entre americanos e chineses se sobrepõem, inclusive, aos dados ruins do mercado de trabalho nos EUA, com o corte de 20,5 milhões de postos em abril. O desemprego saltou de 4,4% para 14,7%, o maior nível desde 1929.
Leia Também
No Brasil, os dados macroeconômicos de hoje são de inflação e produção de veículos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril o país registrou deflação de 0,31% por causa da crise do novo coronavírus - a maior em 22 anos. Já a produção de veículos caiu 99% em abril e teve o pior mês desde 1957, segundo a Anfavea.
A projeção para a inflação é um dos fatores levados em conta para o Banco Central mexer na taxa básica de juros. Nesta semana, a autoridade monetária cortou a Selic para 3% ao ano - o que influenciou no dia seguinte a cotação do dólar. Com pouca diferença entre as taxas brasileiras e americanas, a tendência é o que país tenha uma maior saída da moeda.
No âmbito doméstico, o mercado segue ainda na expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro vete a lista de servidores públicos que ficariam de fora do congelamento de salários no projeto de auxílios aos Estados e municípios. A promessa foi realizada ontem pelo chefe do Executivo.
O projeto de socorro foi idealizado para que Estados e municípios compensem a queda de arrecadação por causa da crise do novo coronavírus. É motivo de conflito entre os prefeitos, governadores e o presidente - e segue monitorado pelos investidores.
Top 5
Veja abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta sexta-feira:
CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
SANB11 | Santander Brasil units | 24,61 | +5,32% |
UGPA3 | Ultrapar ON | 13,96 | +4,96% |
PETR3 | Petrobras ON | 19,19 | +4,86% |
PETR4 | Petrobras PN | 18,27 | +4,76% |
CIEL3 | Cielo ON | 3,77 | +4,72% |
Confira também as cinco maiores baixas do índice:
CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
VVAR3 | Via Varejo ON | 8,94 | -8,21% |
QUAL3 | Qualicorp ON | 22,75 | -3,40% |
HAPV3 | Hapvida ON | 51,47 | -3,36% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | 55,25 | -2,71% |
MRFG3 | Marfrig ON | 13,26 | -2,64% |
Simpar (SIMH3) detalha acordo de aquisição da Automob por R$ 226 milhões e afirma que operação não afeta reorganização da empresa
O montante será pago em parcelas anuais iguais a partir de 31 de dezembro de 2025 até a mesma data de 2028
Quando até a morte é incerta: Em dia de agenda fraca, Ibovespa reage ao IBC-Br em meio a expectativa de desaceleração
Mesmo se desacelerar, IBC-Br de outubro não altera sinalizações de alta dos juros para as próximas reuniões
A Selic subiu, o dólar disparou e chegou a hora de fazer alguns ajustes no portfólio – mas sem exageros
Muitas vezes os investidores confundem “ajustes” com “mudança completa” e podem acabar sendo pegos no contrapé, perdendo muito dinheiro com aquilo que acreditavam ser uma estratégia defensiva
Dólar vai acima de R$ 7 ou de volta aos R$ 5,20 em 2025: as decisões do governo Lula que ditarão o futuro do câmbio no ano que vem, segundo o BTG
Na avaliação dos analistas, há duas trajetórias possíveis para o câmbio no ano que vem — e a direção dependerá quase que totalmente da postura do governo daqui para frente
Após 15 anos — e muito juro pela frente —, IPO do Bradesco Seguros pode finalmente sair do papel? Bancões têm altas expectativas que sim
Oferta colocaria banco ao lado de outras instituições que já tem seus segmentos de seguros com capital aberto em bolsa
Depois do adeus de Campos Neto com alta da Selic, vem aí a decisão dos juros nos EUA — e o mercado diz o que vai acontecer por lá
Novos dados de inflação e emprego da maior economia do mundo deixam mais claro qual será o próximo passo do Fed antes da chegada de Donald Trump na Casa Branca; por aqui, Ibovespa recua e dólar sobe
Acionistas da Lojas Renner (LREN3) aprovam incorporação de administradora de cartões e aumento de capital em meio bilhão de reais
A incorporação da Renner Administradora de Cartões de Crédito (RACC) não acarretará em emissão de novas ações ou impacto financeiro para a varejista, por se tratar de uma subsidiária
Caça ao tesouro (Selic): Ibovespa reage à elevação da taxa de juros pelo Copom — e à indicação de que eles vão continuar subindo
Copom elevou a taxa básica de juros a 12,25% ao ano e sinalizou que promoverá novas altas de um ponto porcentual nas próximas reuniões
Stuhlberger à procura de proteção: lendário fundo Verde inicia posição vendida na bolsa brasileira e busca refúgio no dólar
Com apostas em criptomoedas e dólar forte, o Verde teve desempenho consolidado mensal positivo em 3,29% e conseguiu bater o CDI em novembro
Encontros e despedidas: Ibovespa se prepara para o resultado da última reunião do Copom com Campos Neto à frente do BC
Investidores também aguardam números da inflação ao consumidor norte-americano em novembro, mas só um resultado muito fora da curva pode mudar perspectiva para juros
Ibovespa aguarda IPCA de novembro enquanto mercado se prepara para a última reunião do Copom em 2024; Lula é internado às pressas
Lula passa por cirurgia de emergência para drenar hematoma decorrente de acidente doméstico ocorrido em outubro
Petrobras (PETR4) acena com dividendos fartos e Goldman Sachs diz que é hora de comprar
Nos cálculos do banco, o dividend yield (retorno de dividendos) da petroleira deve chegar a 14% em 2025 e a 12% para os próximos três anos
Nova máxima histórica: Dólar volta a quebrar recorde e fecha no patamar de R$ 6,08, enquanto Ibovespa sobe 1% na esteira de Vale (VALE3)
A moeda chegou a recuar mais cedo, mas inverteu o sinal próximo ao final de sessão em meio à escalada dos juros futuros por aqui e dos yields nos Estados Unidos
Trump, Rússia, Irã e Israel: quem ganha e quem perde com a queda do regime de Assad na Síria — e as implicações para o mercado global
A cautela das autoridades ocidentais com relação ao fim de mais de 50 anos da dinastia Assad tem explicação: há muito mais em jogo do que apenas questões geopolíticas; entenda o que pode acontecer agora
Um alerta para Galípolo: Focus traz inflação de 2025 acima do teto da meta pela primeira vez e eleva projeções para a Selic e o dólar até 2027
Se as projeções se confirmarem, um dos primeiros atos de Galípolo à frente do BC será a publicação de uma carta pública para explicar o estouro do teto da meta
Atualização pela manhã: desdobramentos da guerra na Síria, tensão no governo francês e expectativas com a Selic movimentam bolsas hoje
A semana conta com dados de inflação no Brasil e com a decisão sobre juros na próxima quarta-feira, com o exterior bastante movimentado
Como levar o dólar para abaixo de R$ 4, pacto fáustico à brasileira e renúncia do CEO da Cosan Investimentos: confira os destaques do Seu Dinheiro na semana
Um bolão vencedor da Mega-Sena e a Kinea vendida em bolsa brasileira também estão entre as matérias mais lidas da semana
Com dólar recorde, ações da BRF (BRFS3) saltam 14% e lideram altas do Ibovespa na semana, enquanto CVC (CVCB3) despenca 14%
Frigorífico que exporta produtos para o mercado externo, a companhia tende a ter um incremento nas receitas com o dólar mais alto
Dólar volta subir, bate R$ 6,07 e renova pico histórico; Ibovespa recua 1,5% — veja o que mexeu com a bolsa hoje
O valor supera o recorde anterior, registrado na última segunda-feira (2), quando a moeda norte-americana fechou a R$ 6,06
Os sinais do dado de emprego sobre o caminho dos juros nos EUA. Bolsas se antecipam à próxima decisão do Fed
O principal relatório de emprego dos EUA mostrou a abertura de 227 mil postos no mês passado — um número bem acima dos 36 mil de outubro e da estimativa de consenso da Dow Jones de 214.000