Bolsa cai e dólar sobe forte com temor externo com relação à retomada da economia
Temores relacionados com a retomada da atividade econômica e com o avanço continuado da pandemia inibem o apetite por risco
O Ibovespa retornou do feriado prolongado em queda acentuada em mais uma sessão na qual os temores relacionados com a velocidade da retomada da atividade econômica global e os preços dos ativos inibem o apetite por risco.
O recuo acentuou-se depois da abertura em Nova York, mas a bolsa brasileira acomodou-se perto da faixa dos 100 mil pontos e passou a oscilar em torno dela com a posterior desaceleração da queda nos mercados norte-americanos de ações.
Em Wall Street, os índices Dow Jones, S&P-500 e Nasdaq recuam entre 1,8% e 3,5% cada, dando continuidade ao declínio observado na semana passada em meio a uma aparente correção nos preços das ações do setor de tecnologia.
Por volta das 16h40, o Ibovespa operava em queda de 1,07%, aos 100.160 pontos.
O recuo em Nova York continua sendo capitaneado pelo setor de tecnologia. Na semana passada, as cinco maiores empresas do mundo - Apple, Amazon, Microsoft, Google e Facebook - perderam cerca de US$ 392 bilhões em valor de mercado em apenas cinco dias.
A correção nos preços dos papéis das gigantes de tecnologia prossegue em um momento no qual participantes do mercado questionam se esses ativos não estariam caros demais.
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Ações ligadas a commodities sob pressão
No Ibovespa, as ações ligadas a commodities passaram o dia sob o impacto da queda pronunciada dos contratos futuros de petróleo nos mercados internacionais em meio a temores de um novo avanço da pandemia de covid-19 sobre os Estados Unidos. Os papéis do setor financeiro também caem.
Na direção oposta, as ações do setor de telefonia sobem depois de a Oi ter confirmado Tim, Claro e Vivo com principais proponentes da compra de sua rede móvel.
Os papéis da Hapvida também operam descolados da tendência de queda depois de a operadora de saúde ter anunciado um pacote bilionário de aquisições.
Dólar e juro
O dólar opera em alta ante a maior parte das moedas nesta terça-feira em mais um momento de forte aversão ao risco nos mercados financeiros globais.
Em meio a este cenário, o desempenho do real ante a divisa norte-americana figura entre os piores do dia entre as moedas emergentes.
Por volta das 16h40, o dólar operava em alta de 1,68%, cotado a R$ 5,3605.
Já os contratos de juros futuros acompanharam a alta do dólar ao mesmo tempo em que refletiram a percepção deixada pelo IGP-DI de alta nos preços do atacado bem acima do registrado no restante da economia.
Na avaliação do economista-chefe da Necton Corretora, André Perfeito, tais dados reforçam a percepção de que o Banco Central deve finalmente encerrar o ciclo de cortes na taxa Selic. Atualmente, a taxa de juro oficial no Brasil encontra-se no nível mais baixo da história.
Ainda de acordo com Perfeito, a disparidade entre os preços no atacado e para o consumidor "mostram a queda generalizada das margens de lucro da economia, o que por sua vez diminui o apetite empresarial por investimentos".
Confira as taxas negociadas de alguns dos principais contratos negociados na B3:
- Janeiro/2022: de 2,740% para 2,830%;
- Janeiro/2023: de 3,900% para 4,040%;
- Janeiro/2025: de 5,690% para 5,840%;
- Janeiro/2027: de 6,640% para 6,790%.
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