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Ricardo Gozzi
Mercados hoje

Bolsa sobe e dólar cai repercutindo compromisso com teto de gastos e reforma

Prorrogação do auxílio emergencial, encaminhamento da reforma administrativa e reafirmação de compromisso com teto e reformas agradam investidores

Ricardo Gozzi
1 de setembro de 2020
10:25 - atualizado às 16:40
Selo Mercados AGORA Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O Ibovespa opera em alta acentuada desde a abertura do pregão desta terça-feira com os investidores repercutindo declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro e por seu ministro da Economia, Paulo Guedes, como sinais de que o governo está comprometido com o teto fiscal e as reformas.

Os comentários foram feitos durante entrevista coletiva concedida na manhã de hoje no Palácio do Planalto. Aos jornalistas, Bolsonaro confirmou a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro no valor de R$ 300 por mês, metade do que foi pago até agosto. A prorrogação será efetuada por meio de medida provisória.

“O total do programa deve adicionar cerca de R$ 100 bilhões até o final do ano”, observou André Perfeito, economista-chefe da Necton Corretora, ao comentar a prorrogração do auxílio emergencial. “Levando em conta que o PIB acumulado nos últimos quatro trimestres foi de R$ 7,2 trilhões, isto significa uma adição de 1,4% no PIB até o fim de 2020. Isto deve ajudar na revisão do PIB de 2020”, afirmou.

Antes de confirmar a medida, Bolsonaro afirmou que o texto da reforma administrativa será encaminhado ao Congresso na quinta-feira. Ele ressaltou que essa reforma atingirá apenas os futuros servidores públicos.

Com isso, o Ibovespa já apresentava uma alta robusta logo nos primeiros minutos da sessão depois de ontem ter fechado nas mínimas do dia - em queda de 2,72%, aos 99.369,15 pontos.

“A queda de ontem foi muito exagerada, então em algum momento haveria um ajuste técnico”, observou Pedro Galdi, analista de mercado da Mirae Asset. “Agora tivemos a apresentação do orçamento, a prorrogação do auxílio, o governo se comprometendo na questão fiscal, tudo isso contribuindo para este ajuste.”

Por volta das 16h40, aproveitando o apetite por risco na cena local e a alta em Nova York depois de o índice ISM de atividade industrial ter vindo melhor que o esperado em agosto, o principal índice do mercado brasileiro de ações operava em alta de 2,53%, a 101.882 pontos.

Medidas ofuscam pior leitura do PIB na história

A prorrogação do auxílio e o encaminhamento da reforma ofuscam os números ruins do produto interno bruto brasileiro (PIB) no segundo trimestre.

A economia brasileira registrou um tombo de 9,7% no segundo trimestre de 2020, na comparação com os três primeiros meses do ano, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Trata-se da segunda queda trimestral seguida - o que confirma a entrada do País em recessão técnica - e do pior resultado para a economia brasileira desde o início da série histórica do IBGE, em 1996. Os dados refletem o impacto da pandemia da covid-19 na atividade.

Na coletiva de hoje, o ministro Paulo Guedes alegou que o tombo no segundo trimestre seria uma prova de que a economia nacional terá uma recuperação em 'V' e afirmou que o governo está comprometido com o teto de gastos e reformas apoiadas pelo mercado.

Dólar e juro

O dólar opera em queda em relação ao real desde o início do pregão, devolvendo a alta da véspera em meio à depreciação generalizada da moeda norte-americana nos mercados internacionais.

Pedro Galdi, da Mirae Asset, observa que o mercado de câmbio também passou por um movimento exagerado ontem. “Lá fora, desde que o Fed anunciou mudanças na semana passada, a tendência é de desvalorização do dólar. Como o real apanhou muito recentemente, esse ajuste é natural”, conclui ele.

Por volta das 16h40, a moeda norte-americana operava em queda de 1,71%, cotada a R$ 5,3867.

Já os contratos de juros futuros abriram em alta repercutindo temores fiscais, mas passaram a cair depois da coletiva de Bolsonaro e assim permaneceram até o fim da sessão.

Confira as taxas negociadas de alguns dos principais contratos negociados na B3:

  • Janeiro/2022: de 2,840% para 2,790%;
  • Janeiro/2023: de 4,040% para 3,960%;
  • Janeiro/2025: de 5,880% para 5,770%;
  • Janeiro/2027: de 6,850% para 6,740%.

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