🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 2T25 VAI COMEÇAR: ACOMPANHE A COBERTURA COMPLETA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Recuperação intensa

Dólar cai a R$ 5,35 e Ibovespa engata a terceira alta após o Fed cumprir o script do mercado

O Ibovespa subiu aos 83 mil pontos e o dólar teve novo alívio, repercutindo as sinalizações e acenos do Federal Reserve em sua decisão de política monetária

Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Desde o início da semana, os investidores vinham traçando um cenário ideal para a decisão de política monetária do Fed, realizada nesta quarta-feira (29). E, considerando a nova rodada de alívio vista no Ibovespa, nas bolsas globais e no dólar à vista, as expectativas foram cumpridas à risca.

O índice brasileiro passou toda a sessão no campo positivo, mas chegou até a ganhar intensidade após às 15h, quando o Fed divulgou a manutenção da taxa de juros dos EUA na faixa de 0% a 0,25% ao ano. Ao fim do dia, o Ibovespa marcava 83.170,80 pontos, em alta de 2,29% — o terceiro pregão consecutivo no azul.

O dólar à vista não ficou para trás: a moeda americana terminou a sessão em forte baixa de 2,90%, a R$ 5,3552, e já acumula perdas de 5,41% apenas nesta semana.

  • Eu gravei um vídeo para explicar a dinâmica dos mercados nesta quarta-feira. Veja abaixo:

No exterior, o tom foi igualmente positivo: as bolsas americanas, que já operavam em alta desde a abertura, ampliaram ainda mais os ganhos a partir das sinalizações do Fed. Com isso, o Dow Jones (+2,21%), o S&P 500 (+2,66%) e o Nasdaq (+3,57%) tiveram avanços firmes ao fim da sessão.

É claro que a menor aversão ao risco do mercado em relação às turbulências políticas no Brasil também ajuda a criar um ambiente mais favorável aos ativos domésticos — especialmente o câmbio, que esteve particularmente pressionado nos últimos dias.

Mas, nesta quarta-feira, o exterior voltou a aparecer como principal fator e influência para o Ibovespa e o dólar, contribuindo para prolongar a sequência de alívio vista desde o começo da semana.

Leia Também

Fed cumpre o script

A manutenção dos juros nos EUA no patamar de 0% a 0,25% ao ano era amplamente esperada pelos investidores — as autoridades do Fed já haviam sinalizado no passado que não viam taxas negativas como adequadas para o país.

Assim, toda a expectativa dos investidores estava no tom a ser adotado no comunicado da decisão monetária e nas eventuais sinalizações a serem emitidas pelo presidente da instituição, Jerome Powell, na coletiva de imprensa que seria feita nesta tarde.

E, em ambos os casos, a postura do Fed agradou os investidores: a autoridade deu diretrizes claras quanto aos próximos passos e indicou a possibilidade de novos pacotes de estímulo serem adotados em breve, de modo a conter os impactos econômicos do surto de coronavírus

No comunicado, o BC americano disse estar comprometido a usar todos os instrumentos para apoiar a atividade no país, embora tenha ressaltado que o cenário é desafiador, com inúmeros riscos no curto prazo. O Fed ainda disse ver a manutenção dos juros nos níveis atuais até que se inicie uma retomada econômica.

E, na coletiva de imprensa, Powell disse as palavras mágicas: segundo o presidente da instituição, a economia americana pode precisar de mais suporte para que a recuperação seja robusta. Em outras palavras: a porta está aberta para mais pacotes de auxílio financeiro.

Gráfico mostrando o comportamento do Ibovespa nesta quarta-feira

O gráfico acima mostra que a reação dos investidores foi positivo às sinalizações do Fed. O índice passou o dia em alta, mas foi às máximas pouco depois das 15h — horário que coincide com a decisão de política monetária nos EUA e com o início da fala de Powell.

Essa esticada vista na etapa final do pregão foi suficiente, inclusive, para que o Ibovespa rompesse a faixa dos 83 mil pontos — um nível que não era atingido desde 11 de março.

Cautela e alívio

No Brasil, o noticiário referente ao cenário político continuou em primeiro plano para os investidores — e a notícia de que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal, conforme desejado pelo presidente Jair Bolsonaro, trouxe algumas instabilidades às negociações.

Apesar disso, o clima foi de relativa tranquilidade nos mercados brasileiros, tendo em vista a permanência de Paulo Guedes à frente do ministério da Economia. Desde segunda-feira (27), quando Bolsonaro deu declarações públicas de apoio a ele, os agentes financeiros têm assumido uma postura mais aliviada em relação às instabilidades políticas.

Esse cenário ajuda a explicar o forte alívio visto no dólar à vista nesta semana — alguns operadores também citam a proximidade do fechamento da taxa Ptax de abril e a consequente pressão para reduzir a cotação da moeda americana como um fator de influência para a queda da divisa.

No mercado de juros, o dia foi de ajustes positivos nas curvas mais curtas após a forte baixa vista ontem. Mas, em linhas gerais, os investidores seguem apostando firme em mais cortes na Selic, de modo a estimular a atividade doméstica — o BC se reúne na próxima semana para decidir o futuro da taxa:

  • Janeiro/2021: de 2,82% para 2,83%;
  • Janeiro/2023: de 4,85% para 4,77%;
  • Janeiro/2025: de 6,62% para 6,44%;
  • Janeiro/2027: de 7,60% para 7,36%.

Balanços e mais balanços

No front corporativo, destaque para os diversos balanços que foram divulgados desde a noite de ontem. Em primeiro plano apareceu a Vale: a mineradora fechou o período entre janeiro e março deste ano com um lucro de US$ 239 milhões, revertendo parte das perdas contabilizadas há um ano.

Nesse contexto, os papéis ON da mineradora (VALE3) fecharam em alta de 4,75% nesta quarta-feira, e apareceram entre os destaques positivos do Ibovespa.

Outras integrantes do índice também reportaram seus números trimestrais, como Raia DrogasilCieloSmiles Weg — veja aqui o resumo dos resultados dessas companhias.

Top 5

Confira abaixo as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa nesta quarta-feira:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
CSNA3CSN ON9,03+15,62%
IRBR3IRB ON10,25+13,89%
COGN3Cogna ON5,59+12,25%
GOLL4Gol PN13,34+9,43%
USIM5Usiminas PNA5,06+8,43%

E as cinco maiores perdas do índice:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
MGLU3Magazine Luiza ON50,62-2,28%
RAIL3Rumo ON19,76-2,18%
KLBN11Klabin units17,55-2,58%
TAEE11Taesa units27,70-1,44%
RADL3Raia Drogasil ON108,58-1,24%

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ARRUMANDO A CASA

IRDM11 vai sair da bolsa? Fundo imobiliário quer incorporar Iridium Recebíveis ao portfólio

16 de julho de 2025 - 18:04

O FII possui exposição a títulos do mercado imobiliário que deram dor de cabeça para os investidores nos últimos anos

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa reverte perda e sobe na esteira da recuperação em Nova York; entenda o que levou as bolsas do inferno ao céu

16 de julho de 2025 - 17:49

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou com leve alta de 0,07%, cotado a R$ 5,5619, afastando-se das máximas alcançadas ao longo da sessão

O PESO DA MUDANÇA

BB Renda Corporativa (BBRC11) renova contratos de locação com o Banco do Brasil (BBAS3); entenda o impacto

16 de julho de 2025 - 16:49

O fundo imobiliário também enfrentou oscilações na receita durante o primeiro semestre de 2025 devido a mudanças nos contratos de locação

SD ENTREVISTA

Fuga do investidor estrangeiro? Não para a sócia da Armor Capital. Mesmo com Trump, ainda tem muito espaço para gringo comprar bolsa brasileira

16 de julho de 2025 - 16:02

Para Paula Moreno, sócia e co-diretora de investimentos da Armor Capital, as tensões comerciais com os EUA criam uma oportunidade para o estrangeiro aumentar a aposta no Brasil

ANTES DO RESULTADO

Quão ruim pode ser o balanço do Banco do Brasil (BBAS3)? O JP Morgan já traçou as apostas para o 2T25

16 de julho de 2025 - 12:41

Na visão dos analistas, o BB pode colher ainda mais provisões no resultado devido a empréstimos problemáticos no agronegócio. Saiba o que esperar do resultado

O QUE ESPERAR?

Banco do Brasil (BBAS3) terá a pior rentabilidade (ROE) em quase uma década no 2T25, prevê Goldman Sachs. É hora de vender as ações?

16 de julho de 2025 - 11:09

Para analistas, o agronegócio deve ser outra vez o vilão do balanço do BB no segundo trimestre de 2025; veja as projeções

SD ENTREVISTA

Investidor ainda está machucado e apetite pela bolsa é baixo — e isso não tem nada a ver com a tarifa do Trump, avalia CEO da Bradesco Asset

16 de julho de 2025 - 6:36

Apetite por renda fixa já começou a dar as caras entre os clientes da gestora, enquanto bolsa brasileira segue no escanteio, afirma Bruno Funchal; entenda

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Com ou sem Trump, Selic deve fechar 2025 aos 15% ao ano — se Lula não der um tiro no próprio pé, diz CEO da Bradesco Asset

16 de julho de 2025 - 6:08

Ao Seu Dinheiro, Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset e ex-secretário do Tesouro, revela as perspectivas para o mercado brasileiro; confira o que está em jogo

FICOU BARATO DEMAIS?

FII Arch Edifícios Corporativos (AIEC11) sai na frente e anuncia recompra de cotas com nova regra da CVM; entenda a operação

15 de julho de 2025 - 19:00

Além da recompra de cotas, o fundo imobiliário aprovou conversão dos imóveis do portfólio para uso residencial ou misto

MUDANDO O TIME

As apostas do BTG para o Ibovespa em setembro; confira quem pode entrar e sair da carteira

15 de julho de 2025 - 18:42

O banco projeta uma maior desconcentração do índice e destaca que os grandes papéis ligados às commodities perderão espaço

TELA AZUL

Na guerra de tarifas de Trump, vai sobrar até para o Google. Entenda o novo alerta da XP sobre as big techs

15 de julho de 2025 - 16:15

Ações das gigantes da tecnologia norte-americana podem sofrer com a taxação do republicano, mas a desvalorização do dólar oferece alívio nas receitas internacionais

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa come poeira enquanto S&P 500 faz história aos 6.300 pontos; dólar cai a R$ 5,5581

15 de julho de 2025 - 13:50

Papéis de primeira linha puxaram a fila das perdas por aqui, liderados pela Vale; lá fora, o S&P 500 não sustentou os ganhos e acabou terminando o dia com perdas

INVESTIMENTOS

O Brasil não vale o risco: nem a potencial troca de governo em 2026 convence essa casa de análise gringa de apostar no país

15 de julho de 2025 - 11:59

Analistas revelam por que não estão dispostos a comprar o risco de investir na bolsa brasileira; confira a análise

TOUROS E URSOS #230

Trump tarifa o Brasil em 50%: o que fazer agora? O impacto na bolsa, dólar e juros

15 de julho de 2025 - 11:04

No Touros e Ursos desta semana, o analista da Empiricus, Matheus Spiess, analisa os impactos imediatos e de médio prazo das tarifas para o mercado financeiro

MERCADOS

Ibovespa cai, dólar sobe a R$ 5,57 e frigoríficos sofrem na bolsa; entenda o que impacta o setor hoje

14 de julho de 2025 - 15:06

Enquanto Minerva e BRF lideram as maiores perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (14), a Brava Energia desponta como maior alta desta tarde

A LIDERANÇA ESCAPOU

Na batalha da B3, Banco do Brasil (BBAS3) volta a perder para o Itaú (ITUB4) em junho, mas segue à frente de Bradesco (BBDC4)

14 de julho de 2025 - 12:25

Em junho, as ações do banco estatal caíram para o quarto lugar em volume negociado na B3, segundo levantamento do DataWise+

O SOL NASCERÁ?

Gestores de fundos imobiliários passam a ficar otimistas, após sentimento negativo do 1º semestre; saiba os motivos

13 de julho de 2025 - 15:57

Após pessimismo da primeira metade do ano, sentimento vira e volta para o campo positivo, com destaque para os setores de escritórios e aluguel residencial

RANKING SEMANAL

Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) se salvaram, mas não a Embraer (EMBR3); veja as maiores altas e quedas do Ibovespa na última semana

12 de julho de 2025 - 15:46

Bolsa brasileira sentiu o impacto do tarifaço de Trump, sobretudo sobre as empresas mais sensíveis a juros; BRF (BRFS3) fechou com a maior alta, na esteira da fusão com a Marfrig (MRFG3)

MERCADOS HOJE

Trump volta a derrubar bolsas: Ibovespa tem a maior perda semanal desde 2022; dólar sobe a R$ 5,5475

11 de julho de 2025 - 12:59

A taxação de 35% ao Canadá pressionou os mercados internacionais; por aqui, a tarifa de 50% anunciada nesta semana pelo presidente norte-americano seguiu pesando sobre os negócios

FIIS HOJE

BRPR Corporate Offices (BROF11) estabelece novo contrato de locação com a Vale (VALE3) e antecipa R$ 44 milhões

10 de julho de 2025 - 16:16

O acordo, no modelo atípico, define que a mineradora passará a ser responsável por todos os encargos referentes ao empreendimento localizado em Minas Gerais

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar