🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Isso é que é alívio

Dólar despenca 6,52% na semana e fica abaixo de R$ 5,00; Ibovespa dispara mais de 8%

O dólar à vista terminou a semana a R$ 4,99, indo ao menor nível desde 26 de março, enquanto o Ibovespa cravou a sexta alta seguida e voltou ao patamar de 94 mil pontos. Entenda o que motivou toda essa onda de otimismo nos mercados

Victor Aguiar
Victor Aguiar
5 de junho de 2020
18:15 - atualizado às 18:16
Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Lá pelo meio da semana, eu mandei uma mensagem para uma fonte de longa data — na ocasião, o dólar à vista rondava os R$ 5,10 e o Ibovespa girava ao redor dos 93 mil pontos. Como quem não quer nada, disse que achava estranho o rali recente dos mercados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mal sabia eu que a disparada da bolsa e o alívio no câmbio ainda estavam no meio do caminho: nesta sexta-feira (5), a moeda americana caiu mais 2,73%, cotada a R$ 4,9909 — a divisa não terminava uma sessão abaixo dos R$ 5,00 desde 26 de março.

No mercado de ações, a movimentação foi ainda mais dramática: o Ibovespa cravou hoje a sexta alta consecutiva, avançando mais 0,86% e chegando aos 94.637,06 pontos, no maior nível desde 6 de março. Somente nesta semana, o índice acumulou ganhos de 8,28%, enquanto o dólar recuou 6,52%.

  • O Podcast Touros e Ursos desta semana já está no ar! Eu e o Vinícius Pinheiro falamos sobre os assuntos que movimentaram os mercados na semana e discutimos essa onda de otimismo que tomou conta dos investidores nos últimos dias:

Mas, voltando à troca de mensagens do meio da semana: depois de algumas horas, ele me respondeu. E, para a minha surpresa, concordou com a minha estranheza:

"Não só você, viu... TINA e FOMO — There Is No Alternatives & Fear Of Missing Out", disse ele — algo que pode ser traduzido como "não há alternativas" e "medo de ficar de fora".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Afinal, há sim uma série de motivos que ajuda a reduzir a percepção de risco dos investidores — a reabertura das economias da Europa, os dados econômicos maus fortes que o esperado nos EUA e a calmaria no cenário político local, apenas para citar alguns. No entanto, não é possível dizer que há uma mudança estrutural que justifique essa mudança radical nos mercados.

Leia Também

Sendo assim, a grande dúvida é: o que aconteceu? Por que vimos esse desempenho tão forte dos ativos globais nos últimos dias? A resposta parece vir do grande volume de liquidez atualmente disponível no mercado — uma condição excepcional e que acaba gerando algumas distorções.

Mas, antes, vale lembrar tudo o que aconteceu na semana — e que deu suporte para a visão mais otimista dos agentes financeiros.

Sem estresse

Tanto no Brasil quanto no exterior, tivemos uma série de notícias que agradaram os investidores. Na Europa, países como Itália, Espanha, França e Alemanha estão dando continuidade ao processo de reabertura econômica — e, ao menos por enquanto, tudo parece estar correndo bem, sem sinais de uma eventual segunda onda do coronavírus por lá.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em paralelo a esse movimento gradual de normalização, há a divulgação de dados econômicos não tão ruins quanto o projetado pelo mercado. É claro que o nível de atividade global ainda está bastante debilitado, mas, ainda assim, qualquer surpresa positiva no front dos indicadores é motivo de comemoração.

Esses dois fatores, combinados, indicam para uma mesma direção: a de uma eventual retomada da economia do mundo num ritmo mais rápido que o inicialmente esperado. E mesmo os sinais vindos da China — país que enfrentou o pico da Covid-19 em janeiro — colaboram com essa percepção, já que, por lá, a atividade também tem se recuperado.

Nesse sentido, um dado divulgado nesta sexta-feira foi particularmente animador: o surpreendente número do payroll, o relatório de emprego dos EUA. Enquanto a previsão dos analistas era de fechamento de mais de 8 milhões de vagas, foram criadas 2,509 milhões postos em maio. A taxa de desemprego caiu de 14,7% em abril para 13,3%.

Mesmo com a alta taxa de desocupação, o número surpreendente demonstra força por parte da economia americana durante o processo de retomada das atividades pós-coronavírus. No Twitter, o presidente Donald Trump comemorou os números:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Eu estou chocado. Nunca vi números assim, e eu tenho feito isso nos últimos 30 anos", escreveu o presidente americano, num dos diversos tuítes comemorando os números do mercado de trabalho do país.

E se é verdade que, no exterior, a semana foi tranquila, é igualmente verdadeiro que, aqui dentro, também tivemos dias mais calmos. Em Brasília, governo e STF parecem ter entrado numa trégua, diminuindo a percepção de risco político.

Todos esses fatores são mais que suficientes para gerar uma reação positiva nos mercados. No entanto, é difícil acreditar que tais pontos, por si só, fariam o Ibovespa saltar mais de 8% e levariam o dólar para abaixo de R$ 5,00 em condições normais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Enxurrada de dinheiro

É aqui que entram as questões citadas pela minha fonte em nossa troca de mensagens. O curto prazo, de fato, está melhor, mas também há um fator "liquidez em excesso". Os bancos centrais injetaram dinheiro na economia para estimular a atividade nos tempos de pandemia — só que, num ambiente de juros baixos no mundo, não há grandes destinos possíveis para tais recursos.

Nos EUA, o Federal Reserve já lanço pacotes trilionários de auxílio econômico e, na Europa, o BCE não tem ficado para trás: nesta semana, a autoridade monetária do velho continente expandiu seu programa de compra emergencial de ativos; além disso, a Comissão Europeia tenta aprovar um pacote de socorro de 700 bilhões de euros.

É muito dinheiro circulando e, desta vez, num ambiente sem alternativas de retorno fácil. Assim, as bolsas acabam aparecendo como destinos naturais para quem busca alguma rentabilidade mais polpuda — e, nesta semana, com a menor aversão ao risco, houve uma forte corrida aos mercados acionários.

Tanto é que, nos EUA, o Dow Jones acumulou ganhos de 6,8% nesta semana, o S&P 500 saltou 4,91% e o Nasdaq teve alta de 3,41% — esse último, inclusive, já zerou as perdas do crash de março e tem desempenho positivo em 2020.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E, em meio ao rali, é claro que ninguém quer ficar para trás — o tal medo de ficar de fora. Um cenário que gera uma espécie de bola de neve ao contrário: ao invés de cair e arrastar tudo montanha abaixo, ela sobe e leva todos em conjunto para cima.

Riscos

Esse comportamento dos mercados globais chama a atenção porque ainda há uma série de fatores de risco no horizonte. Em primeiro lugar, há a própria economia mundial, que ainda tem perspectivas muito ruins para 2020 — no Brasil, o boletim Focus já trabalha com um cenário de contração de mais de 6% do PIB neste ano.

Em segundo lugar, a pandemia do coronavírus parece controlada na Europa, mas nos EUA e no Brasil a situação é mais sensível: por aqui, a curva de contágio ainda está numa fase ascendente, com mais de mil pessoas morrendo a cada 24 horas por causa da doença.

Em terceiro, há a enorme tensão social nos EUA, com protestos em diversas cidades americanas após a morte de George Floyd — um homem negro que foi sufocado até a morte por um policial branco. Os desdobramentos desses protestos, tanto no lado político quanto no de saúde pública, ainda são desconhecidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E, por fim, há o noticiário doméstico: novas manifestações antifascismo foram convocadas para esse fim de semana — e, a depender da magnitude dos protestos e da intensidade de oposição ao presidente Jair Bolsonaro, é possível termos uma nova escalada nas tensões no cenário político doméstico.

A semana foi amplamente positiva nos mercados financeiros, mas fique atento: é pouco provável que esse raio caia duas vezes no mesmo lugar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
GALPÕES LOGÍSTICOS

A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas

14 de novembro de 2025 - 6:07

Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?

“REALMENTE ME ASSUSTA”

A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações

13 de novembro de 2025 - 19:01

Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo

A VOZ DOS GESTORES

A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado

13 de novembro de 2025 - 14:01

Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial

HORA DO “GRANDE CORTE”

De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?

13 de novembro de 2025 - 11:59

Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018

REAÇÃO AO RESULTADO

A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte

13 de novembro de 2025 - 9:35

O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade

SÓ NA RENDA FIXA

Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento

13 de novembro de 2025 - 6:03

Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida

EFEITO MCMV

Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques

12 de novembro de 2025 - 20:03

A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora

APURAÇÃO SEU DINHEIRO

O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”

12 de novembro de 2025 - 13:45

Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis

SEGUNDA OFERTA DE AÇÕES

Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa

12 de novembro de 2025 - 12:11

A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores

ESTÁ ARRISCADO DEMAIS?

Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?

12 de novembro de 2025 - 10:25

Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco

FIM DO TREINO?

Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes

12 de novembro de 2025 - 8:35

Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.

MERCADOS

Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima

11 de novembro de 2025 - 12:57

Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos

NÃO TÃO VACA LEITEIRA

Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas

11 de novembro de 2025 - 6:03

Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções

O QUE FAZER COM AS AÇÕES?

Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?

10 de novembro de 2025 - 15:05

O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade

NÃO TEM MAIS COMO CONTINUAR

Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa

10 de novembro de 2025 - 12:30

Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores

AO INFINITO E ALÉM

Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073

10 de novembro de 2025 - 12:17

O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços

DE CARA NOVA

Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje

10 de novembro de 2025 - 9:51

Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa

A BOLSA NAS ELEIÇÕES

A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda

9 de novembro de 2025 - 15:31

O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?

9 de novembro de 2025 - 10:30

Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção

DISNEY GARANTIDA?

Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo

8 de novembro de 2025 - 16:43

A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar