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Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.
fim do dia

O rali continua: Ibovespa deixa Wall Street de lado e sobe quase 20% em novembro

Ações de CVC e siderúrgicas lideram alta do índice. Dólar cai com fluxo e divulgação do dado das contas externas e juros recuam de olho em fiscal

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
25 de novembro de 2020
19:21 - atualizado às 19:26
rali - bolsa - alta
Imagem: Shutterstock

O Ibovespa conseguiu se manter no positivo em uma sessão bem menos eufórica e prosseguiu em seu rali de mês, no qual já acumulou ganhos maiores que 17% — diminuindo a queda do índice no ano para 4,7%.

Após uma abertura em queda, em linha com os futuros das bolsas americanas que demonstravam a disposição dos investidores de realizarem lucros, o índice passou a oscilar perto da estabilidade e assim chegou a operar no início da tarde.

Além de uma tendência de venderem após altas recentes, os agentes financeiros também tiveram de digerir a agenda econômica americana que detalhou o estado da atividade do país em meio aos impactos persistentes do coronavírus.

A segunda leitura do PIB do terceiro trimestre dos Estados Unidos mostrou um crescimento à taxa anualizada de 33,1% — dado idêntico à da primeira leitura.

O número de pedidos de seguro-desemprego foi o que fez preço: subiu acima das expectativas de analistas de 730 mil na semana passada, para 778 mil, levantando preocupações a respeito da lentidão da recuperação do mercado de trabalho americano em meio à segunda onda da covid-19.

Ainda pela manhã, dados de renda pessoal e sentimento do consumidor, por seu turno, recuaram mais do que o esperado, também pesando sobre o humor dos agentes.

No fim da sessão, índices que têm se saído melhor com as perspectivas de vacina, como S&P 500 e Dow Jones, terminaram o dia em queda. O Nasdaq fechou em alta de 0,5%, chegando a bater recorde.

O Ibovespa, por sua vez, passou a subir com ímpeto a partir das 14h50, ignorando o desempenho de queda dos índices à vista S&P 500 e Dow Jones em Nova York.

Não saiu mais do azul até o fim da sessão, com a mãozinha de ações como Vale e Magazine Luiza, que, juntas, possuem mais de 14% de participação no índice e subiram ao menos 1% hoje. No fim do dia, fechou em alta de 0,32%, para 110.130 pontos.

Destaques da bolsa

Empresas de siderurgia terminaram entre as principais altas do Ibovespa — a ação CSN ON, por exemplo, subiu 2,5%, e a Usiminas foi a segunda maior alta do dia. Esses papéis reagiram à perspectiva de demanda forte gerada pela economia chinesa pelo minério de ferro.

Enquanto isso, CVC ON liderou alta percentual do índice reagindo a uma notícia da Reuters, que informou que o governo dos Estados Unidos poderá levantar restrições de entrada de passageiros que estiveram em países como Brasil, Grã-Bretanha, Irlanda e 26 outros países.

O papel SulAmérica unit avançou mais de 2% hoje, com a retomada da cobertura do Bank of America com compra. Veja as maiores altas do dia:

CÓDIGOEMPRESAPREÇO (R$)VARIAÇÃO
CVCB3CVC ON           17,95 9,79%
USIM5Usiminas PNA           13,36 7,05%
PRIO3PetroRio ON           48,00 5,96%
EQTL3Equatorial ON           21,64 4,54%
NTCO3Natura ON           50,30 4,16%

Bancos e Yduqs ON, por sua vez, tiveram um movimento de queda como uma correção às altas das últimas sessões, diz Paloma Brum, economista da Toro Investimentos.

É o mesmo caso da gigante fabricante de bebidas Ambev: a ação Ambev ON disparou 20% neste mês, e hoje cedeu, com certa realização de lucros.

Recentemente, esses papéis têm voltado a ganhar fôlego com a rotação setorial que tem ocorrido na bolsa. Confira as maiores quedas:

CÓDIGOEMPRESAPREÇO (R$)VARIAÇÃO
COGN3Cogna ON             4,88 -2,79%
ABEV3Ambev ON           14,49 -1,76%
YDUQ3Yduqs ON           30,71 -1,73%
BBDC3Bradesco ON           22,57 -1,61%
IRBR3IRB ON             6,95 -1,56%

Ata do Fed no radar

À tarde, os investidores dedicaram atenção à política monetária, com a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) relativa à reunião realizada nos dias 4 e 5 de novembro sendo divulgada às 16h.

O documento aponta a preocupação dos membros do Fed com a atividade econômica, a qual avaliam que segue se recuperando, mas ainda se encontra em níveis pré-pandemia no país.

O coronavírus, segundo dirigentes do Fed, continua a impor consideráveis riscos à frente para a economia, e a sua disseminação e impactos na Europa afetam diretamente a atividade do país, diz a autoridade monetária.

Os dirigentes do BC dos EUA julgam necessário manter o atual patamar de juros, na faixa entre 0% e 0,25%, enquanto não for atingido o objetivo máximo de emprego e de inflação média — o banco não vê, atualmente, necessidade de elevar os juros até 2023.

A ata também mostrou que o Fed julga apropriado não apenas a manutenção, como o aumento da compra de títulos — sem indicar, no entanto, nenhuma mudança iminente.

A discussão dos membros na reunião versou sobre maneiras pelas quais a compra de títulos poderiam fornecer mais estímulos à economia, se estes forem necessários.

A maioria dos dirigentes do banco vê o risco de que o atual e o previsto suporte fiscal para famílias, empresas e governos estaduais e locais possa não ser suficiente para sustentar os níveis de atividade nesses setores — em meio à reacesa perspectiva de que a classe política em Washington debata um pacote de ajuda econômica contra os impactos do coronavírus.

Enquanto isso, alguns participantes notaram que um estímulo fiscal adicional maior do que o esperado anteriormente poderia ser um risco altista à atividade, mostra a ata.

Dólar cai com entrada de fluxo estrangeiro; juros recuam olhando fiscal

No mercado de câmbio, por sua vez, o dólar abriu em alta mas passou operar em queda nos primeiros 20 minutos de sessão, mantendo a trajetória mensal que já levou a moeda a acumular baixa de 7% em novembro.

A divulgação de dados das contas externas brasileiras e investimentos estrangeiro no país contribuiu com o movimento de depreciação da moeda. Por fim, o dólar recuou 1,03%, para R$ 5,3202.

As transações correntes do Brasil com outros países ficaram positivas pelo sétimo mês seguido, em US$ 1,473 bilhão. Este foi o segundo melhor resultado para meses de outubro na série histórica do Banco Central, iniciada em janeiro de 1995.

"O real passou a se apreciar ainda mais hoje após a divulgação desse dado", diz Daniel Xavier, economista-sênior do Banco ABC Brasil. "E, hoje, é mais um dia de recursos vindos de fluxos estrangeiros continuando a ingressar no país."

O Dollar Index (DXY), índice que compara o dólar a moedas fortes como euro, libra e iene, também registrou baixa ao longo da sessão dos mercados.

Os juros futuros dos contratos de depósitos interbancários, por fim, também fecharam em queda nesta terça, motivados pela queda do dólar e continuando a monitorar a questão fiscal.

Durante o evento 4º Painel do Cooperativismo Financeiro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a dívida é um fator de risco que precisa ser endereçado “com certa urgência”. De outro lado, também disse que o governo é capaz de reconquistar a credibilidade na política fiscal.

“O governo está empenhado e negociando com a base, com o Legislativo o que é possível passar no curto prazo”, afirmou ele.

No cenário político local, há pouco o Senado aprovou mudanças na lei de falência. O projeto amplia o financiamento a empresas em recuperação judicial, permite o parcelamento e o desconto para pagamento de dívidas tributárias e possibilita aos credores apresentar plano de recuperação da empresa

Veja as taxas para os vencimentos:

  • Janeiro/2021: de 1,936% para 1,922%
  • Janeiro/2022: de 3,40% para 3,35%
  • Janeiro/2023: de 5,19% para 5,14%
  • Janeiro/2025: de 7,01% para 6,94%

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