Ibovespa tem maior queda em 7 sessões com Nova York no vermelho; dólar sobe para R$ 5,17
Bolsas americanas recuaram de máximas históricas com realização em meio à alta de casos de covid-19 e indefinição sobre estímulos; por aqui, dólar sobe com exterior negativo ao risco e falas de Maia contra o governo federal, enquanto juros sobem

O Ibovespa registrou nesta quarta-feira (9) a sua maior baixa desde 30 de novembro reagindo à piora no cenário externo em meio ao aumento de casos de coronavírus, que se aproximam de 15 milhões nos Estados Unidos, e monitorando o andamento das conversas para aprovar um pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos, além de um desentendimento político interno.
No país americano, as bolsas americanas recuaram de seus picos históricos e encerraram o dia em quedas firmes, apontando um ímpeto de realização de lucros por parte dos investidores. O Dow Jones marcou a menor baixa, de 0,35%, enquanto S&P 500 perdeu 0,8% e o índice de ações de tecnologia Nasdaq tombou 1,9%.
Os investidores ficam de olho no desenrolar do pacote de estímulos fiscais de US$ 910 bilhões, que ainda não tem um acerto entre democratas e republicanos à vista.
A tendência é de que o Congresso do país aprove um novo pacote de alívio contra o coronavírus para impulsionar a recuperação econômica, na medida em que o aumento das infecções impõe novas medidas de isolamento social e impacta a atividade.
O governo Trump propôs um pacote de US$ 916 bilhões ontem, depois que os democratas rejeitaram uma tentativa do líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, de estreitar o escopo do projeto. No entanto, ainda não há um acordo oficial dos dois lados do Congresso.
No velho mundo, o CAC 40, em Paris, foi o único que fechou em baixa, enquanto FTSE 100 e DAX avançaram. Por lá, os investidores estão cautelosamente otimistas de que o Reino Unido e a União Europeia podem fechar um acordo comercial em breve.
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O premiê britânico, Boris Johnson, deve conversar com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante um jantar em Bruxelas — refeição de que depende o Brexit com acordo.
Por aqui, a fala do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que afirmou que, dependendo de como operar, o governo irá aumentar a sua oposição de 130 para 230 deputados, reacendeu a disputa entre Legislativo e Executivo.
Além disso, Maia disse que, sem a PEC Emergencial votada, não há como o governo aprovar o Orçamento de 2021. O deputado falou ainda que se compromete a convocar sessões para apreciar o Orçamento em janeiro se a PEC for aprovada.
No fim do dia, o principal índice acionário da B3 fechou em queda de 0,7%, para 113 mil pontos.
Quem sobe, quem desce
Os principais destaques de alta do Ibovespa ficaram para ações de administradoras de shoppings, como Iguatemi e Multiplan. Os papéis da Vivo foram a maior alta percentual do índice, após o Bradesco BBI elevar o preço-alvo da ação, embora tenha mantida a recomendação neutra.
As maiores pressões de alta ficaram por conta das ações da Petrobras, que subiram ao menos 0,1%, e Itaú PN, que avançou 0,8%.
Veja as principais altas:
CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
VIVT3 | Telefônica Brasil ON | 45,30 | 2,23% |
IGTA3 | Iguatemi ON | 39,21 | 2,11% |
MULT3 | Multiplan ON | 24,84 | 1,43% |
ABEV3 | Ambev ON | 15,26 | 1,40% |
ELET6 | Eletrobras PNB | 36,45 | 1,36% |
A maior queda do Ibovespa em 7 sessões foi encaminhada pelas baixas das ações do Magazine Luiza, um movimento de realização após os fortes ganhos de ontem do papel. B2W ON e Via Varejo ON também caíram ao menos 2,8%, seguindo o desempenho ruim do Nasdaq.
No geral, não foi um dia positivo para o varejo, já que a ação da Lojas Americanas, controladora da B2W, liderou a baixa do dia.
Ações que recentemente tiveram fortes ganhos na esteira do "rali da vacina", Azul PN, Gol PN e Embraer ON caíram ao menos 1,4% hoje em um cenário de aversão ao risco apontado pela queda em Nova York, expandindo as perdas dos papéis no acumulado do ano.
Confira as maiores quedas do índice:
CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
LAME4 | Lojas Americanas PN | 24,34 | -4,32% |
CCRO3 | CCR ON | 13,15 | -4,29% |
USIM5 | Usiminas PNA | 13,26 | -4,19% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | 23,98 | -3,89% |
YDUQ3 | Yduqs ON | 35,22 | -3,85% |
Dólar sobe 0,9% e juros também avançam
O dólar registrou nova alta frente ao real, em uma sessão de fortalecimento global da divisa americana. A moeda subiu 0,9%, cotada a R$ 5,1722 — nesta semana, acumula ganhos de 0,9%, embora no mês ainda caia 3,25% refletindo o ingresso de fluxo de capital estrangeiro.
Diante de rivais fortes no exterior, o dólar também se apreciou, como fica indicado pelo Dollar Index (DXY). O índice, que compara o dólar a uma cesta de moedas fortes como euro, libra e iene, apontou levemente para cima, apesar de ainda estar nos níveis mais baixos desde abril de 2018.
No decorrer do dia, o dólar também virou frente a pares do real brasileiro, tais como peso mexicano e rand sul-africano.
Um ambiente mais impróprio à tomada de risco, ilustrado pelas quedas firmes dos índices acionários à vista nos Estados Unidos, favoreceu a moeda e pesou sobre emergentes.
Do ponto de vista local, as falas de Maia também não foram alvissareiras, já que reacendem um conflito político entre Congresso e Executivo.
Pela manhã, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou que o governo está comprometido em não transgredir a meta e que o auxílio emergencial não deve ser prorrogado.
Segundo reportagem da Folha de São Paulo, técnicos da Economia admitem reservadamente a extensão do estado calamidade e Orçamento de Guerra em meio à 2ª onda da covid-19 para elevar gastos públicos.
Os juros futuros dos depósitos interbancários tiveram uma sessão de alta, mais intensa nas taxas de prazos mais longos, à espera do Copom que deve manter a taxa básica parada na mínima histórica pela terceira vez consecutiva, aos 2% ao ano, e que pode fechar a porta para mais cortes de juros. Veja a expectativa de economistas e do mercado para o Copom na matéria do Kaype Abreu.
Os movimentos são de variações positivas de 6 a 8 pontos-base (0,06 a 0,1 ponto percentual) nos juros para janeiro/2023 e janeiro/2025. Juros para janeiro/2022 fecharam com viés de queda.
"O cenário externo deu uma pequena piorada, muito por conta do aumento nos infectados por covid-19 e algumas dúvidas com relação à vacinação", diz Paulo Nepomuceno, analista de renda fixa da Terra Investimentos. "E o real, como tinha melhorado mais do que nossos pares, hoje acabou sendo a pior moeda, mas nada de mais."
Nepomuceno afirma ainda que o mercado fica no aguardo do comunicado do Copom, procurando saber como o Banco Central vai avaliar a alta recente da inflação.
Confira as taxas de fechamento dos principais vencimentos:
- Janeiro/2021: de 1,908% para 1,912%
- Janeiro/2022: de 3,04% para 3,03%
- Janeiro/2023: de 4,40% para 4,46%
- Janeiro/2025: de 6,03% para 6,11%
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