Que o Brasil perdeu muita relevância perante os investidores estrangeiros já não é novidade. Mas essa visão foi reforçada hoje por um relatório publicado pelo UBS.
O país conta com apenas duas ações entre as “top 40” de mercados emergentes, na seleção do banco suíço. E apenas uma delas é listada na B3.
As ações brasileiras na lista são Itaú Unibanco (ITUB4) e a empresa de maquininhas de cartão e meios de pagamento PagSeguro (PAGS), cujos papéis são negociados na Nyse. Cada uma delas aparece com um peso de 1,9% na carteira do UBS.
Antes da mudança, o Brasil contava com cinco ações entre as “top 40” do banco suíço, mas Banco do Brasil, IRB Brasil, TIM e Petrobras deixaram a lista, que na nova edição contou com a entrada dos papéis do Itaú.
O grupo das ações de países emergentes favoritas do UBS é estrelada pelas empresas chinesas. As principais apostas são Alibaba, com um peso de 12% na carteira recomendada, e Tencent, com 9%.
Em relatório a clientes, o banco suíço justificou as escolhas apontando nomes da “nova economia” e que possam se beneficiar do crescimento esperado após a pandemia do coronavírus. Pouco mais da metade do peso da carteira das top 40 vem de empresas de tecnologia ou comércio eletrônico.
Entre as ações de “crescimento” e as de “valor”, o UBS optaram claramente pelas primeiras, que representam 59% da lista. “A capacidade dessas ações de atingir as expectativas de resultados deve dar suporte a uma valorização adicional do preço das ações”, escreveram os analistas do banco.
A seleção anterior do UBS, válida desde agosto do ano passado, apresentou retorno de 21,7%, contra 15,9% do MSCI EM, índice de ações de países emergentes.