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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Mercados agitados

Ibovespa fecha em queda, pressionado pelo exterior negativo; dólar tem leve alta

O clima pesado dos mercados externos acabou influenciando o comportamento do Ibovespa e do dólar à vista. No entanto, o noticiário local trouxe algum alívio às negociações por aqui

Victor Aguiar
Victor Aguiar
23 de maio de 2019
10:32 - atualizado às 19:04
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Ibovespa fechou em queda e voltou aos 93 mil pontos; dólar subiu, mas segue em R$ 4,04 - Imagem: Seu Dinheiro

Os oceanos do mercado financeiro estão agitados. Lá fora, a previsão do tempo desanimou os agentes financeiros, que preferiram ficar num porto seguro a se jogarem ao mar aberto. As águas turbulentas também afetaram os ativos locais — o Ibovespa e o dólar até tentaram navegar, mas acabaram desligando os motores e recolhendo as velas.

O principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão desta quinta-feira (23) em queda de 0,48%, aos 93.910,03 pontos. Apesar de negativo, o desempenho contrasta com o tom das bolsas americanas: em Nova York, a aversão ao risco tomou conta das negociações e fez os mercados acionários dos EUA recuarem mais de 1%.

Por aqui, o Ibovespa chegou a cair 1,12% no pior momento do dia, aos 93.299,97 pontos. No entanto, o noticiário político local neutralizou parte do pessimismo vindo lá de fora, afastando o índice das mínimas — no início da tarde, chegou até a subir 0,20%, aos 94.546,68 pontos.

O navio do dólar à vista também teve um dia parecido: logo após a abertura, a moeda americana chegou a bater os R$ 4,0714 (+0,76%), pressionada pelas ondas ameaçadoras que se formavam no horizonte dos mercados externos. Mas, ao longo do dia, o dólar absorveu esse sentimento, terminando em leve alta de 0,17%, aos R$ 4,0475.

Por um lado, a guerra comercial dificulta bastante a leitura dos radares no exterior, tornando a navegação perigosa. Mas, por outro, as águas estão mais calmas no front doméstico, o que faz com que os mercados locais não fiquem tão indispostos.

Às cegas

O mar está revolto no exterior. Lá fora, a troca de ameaças entre os governos dos Estados Unidos e da China tem atingido especialmente o setor de tecnologia — e, cada vez mais, os mercados precificam uma longa disputa entre as duas potências, sem que um acordo seja firmado no curto prazo.

Pequim, como tem sido praxe, tenta fazer pouco caso das ameaças de Washington. O governo chinês afirmou ter "instrumentos amplos" e "experiência acumulada" para lidar com as flutuações no mercado cambial. Mas, apesar dessa postura firme do país asiático, o clima nos mercados é cada vez menos convidativo para um passeio de barco.

Esse pessimismo ganhou ainda mais força com a divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos que ficaram aquém do esperado por analistas. O PMI composto preliminar do país em maio caiu a 50,9 pontos, o menor nível em 36 meses. Além disso, as vendas de moradias novas recuaram 6,9% em abril ante março.

Tais números contrariaram a percepção de fortalecimento da economia americana e dão força à leitura de que a guerra comercial tende a causar impactos negativos na economia do mundo. E os mercados refletem bem essa preocupação generalizada.

As bolsas da Europa tiveram quedas firmes nesta quinta-feira — o índice Stoxx 600 recuou 1,42%. E, nos EUA, o Dow Jones (-1,11%), o S&P 500 (-1,19%) e o Nasdaq (-1,58%) caíram em bloco.

A tensão entre Estados Unidos e China também afetou fortemente as commodities. O petróleo teve um dia amplamente negativo, com o Brent (-4,55%) e o WTI (-5,71%) registrando perdas expressivas em meio à aversão global ao risco.

O mau desempenho do petróleo trouxe efeitos ao mercado de câmbio. O dólar ganhou força ante as divisas emergentes e mais dependentes das commodities, caso do peso mexicano, rublo russo, peso colombiano e rand sul-africano. O real é afetado por esse cenário, mas o front local ajuda a neutralizar o efeito negativo.

Águas mansas

Por aqui, o noticiário político parece propício para um passeio tranquilo de barco, uma vez que as pautas defendidas pelo governo têm avançado no Congresso. A MP que abre o setor aéreo ao capital estrangeiro foi aprovada ontem pelo Senado — o texto perderia validade se não fosse votado na quarta-feira.

"A cena política deu uma leve acomodada", diz Victor Cândido, economista-chefe da Guide Investimentos. "A estratégia do governo, de votar as MPs ao longo da semana, se mostrou vitoriosa".

Também teve andamento na Câmara a MP da reforma administrativa, que reduz o total de ministérios dos atuais 29 para 22 — e avanço dessas pautas é entendido pelo mercado como um indício de maior alinhamento entre o governo e o Congresso.

"O cenário político local é um driver importante para o mercado", diz Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos. "Essa série de MPs está saindo da esteira e liberando espaço para a apreciação da reforma da Previdência, que segue no trâmite normal na comissão especial da Câmara".

E nem mesmo o fato de os deputados terem retirado o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do ministério da Justiça, devolvendo o órgão para a pasta da Economia, parece trazer um mal-estar mais intenso aos mercados. Para Cândido, esse cenário já estava no preço, não representando uma novidade no front político.

Assim, a calmaria local ajudou o Ibovespa e o dólar a não sofrerem tanto os impactos da pressão vinda lá de fora. E o mercado de juros seguiu a mesma toada: os DIs com vencimento em janeiro de 2021 fecharam em queda de 6,85% para 6,79%, os para janeiro de 2023 recuaram de 8,01% para 7,97%, e os para janeiro de 2025 foram de 8,60% para 8,57%.

Natura nos holofotes

As ações ON da Natura (NATU3) tiveram mais uma sessão agitada, após a empresa brasileira fechar a compra da rival Avon — ontem, os papéis da companhia já haviam avançado mais de 9%, em meio à expectativa em relação ao anúncio.

E nesta quarta-feira, com a transação oficializada, os ativos da Natura devolveram boa parte dos ganhos da sessão passada: fecharam em queda de 8,54%, a R$ 56,25, e tiveram o pior desempenho do Ibovespa.

Analistas ponderam que, embora a operação tenha diversos pontos positivos, os papéis da empresa brasileira subiram demais nas últimas semanas e já precificaram boa parte dos potenciais ganhos a serem destravados com a união com a Avon.

Petrobras sob pressão

Quem também teve um dia negativo foram as ações da Petrobras, impactadas pelas fortes perdas do petróleo no exterior. Nesse cenário, os mercados encontram pouco espaço para reagir positivamente ao anúncio de que a estatal pretende reduzir sua participação na BR Distribuidora para menos de 50%.

Os papéis PN da Petrobras (PETR4) terminaram a sessão em baixa de 1,71%, e os ON (PETR3) tiveram perda de 1,74% — BR Distribuidora ON (BRDT3), por outro lado, avançou 0,32%.

Reviravolta?

A Centauro partiu para a briga com o Magazine Luiza e fez uma oferta hostil pela Netshoes — a proposta da varejista do setor esportivo, de US$ 87 milhões — ou US$ 2,80 por ação — é 40% maior que o valor oferecido pelo Magazine Luiza.

Em reação à disputa, as ações da Netshoes disparam e terminaram o dia em alta de 43,88% na NYSE, a US$ 2,82. Por aqui, os papéis ON da Centauro (CNTO3) caíram 0,44%, enquanto Magazine Luiza ON (MGLU3) avançou 0,11%.

Duratex vai às compras

Fora do Ibovespa, destaque para as ações ON da Duratex (DTEX3), que fecharam em forte alta de 6,01%. Os mercados reagiram bem à compra da Cecrisa Revestimentos, por quase R$ 1 bilhão — a cifra inclui a aquisição de ativos (R$ 539 milhões) e de dívidas (R$ 442 milhões).

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