Faz algum tempo que não sou convidado para casamentos. Até já reclamei disso em um dos primeiros textos que escrevi para o Seu Dinheiro.
Então me perdoe se não estiver devidamente atualizado dos ritos matrimoniais. Mas nos tempos em que meus amigos se casavam semana sim, semana também, era bem comum a noiva chegar atrasada à cerimônia. Isso aconteceu, inclusive, no meu próprio casamento.
O que posso dizer pela minha experiência de padrinho, convidado e noivo é que o atraso não deve curto demais a ponto de não ser percebido nem tão longo a fim de não provocar aquele constrangimento entre os presentes.
No caso da reforma da Previdência, estávamos nos aproximando do segundo caso. É claro que todos sabiam que a proposta só seria apresentada ao Congresso depois que Bolsonaro deixasse o hospital.
Mas a demora começou a dar margens a especulações e, nesse meio tempo, pipocou uma crise no governo após o embate entre o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.
Esse burburinho já começava a afetar a bolsa quando Bolsonaro enfim bateu o martelo. O projeto que será enviado ao Congresso prevê idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres ao final de um período de 12 anos de transição.
A reforma só entra na igreja, quer dizer, no Congresso, depois de o presidente assinar a proposta, o que deve acontecer no dia 20. Mas a divulgação dos primeiros detalhes do projeto levou a uma euforia na última hora de pregão na bolsa.
Veja na nossa cobertura como a movimentação em Brasília levou a uma lua de mel antecipada nos mercados. Agora faltam 1.985 pontos para os 100 mil do Ibovespa.
Dia 45 de Bolsonaro - Martelo batido!
"Conforme o prometido em entrevista na noite de ontem, presidente Jair Bolsonaro “bateu o martelo” sobre o texto final da reforma da Previdência. Todos os detalhes serão oficialmente conhecidos dia 20, mas..." (leia mais)
Destampando a panela
Depois de apresentar um balanço para lá de positivo, o novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, reuniu a imprensa para reafirmar os planos de atrair sócios para “destampar o valor” dos negócios da instituição. Eu estive na entrevista coletiva e perguntei sobre o que vai acontecer com a BB Seguridade, empresa que reúne as participações do banco em seguros e está na lista do governo para uma possível venda ou parceria. Confira a resposta de Novaes na minha reportagem.
Leve um casaquinho
Ilan Goldfajn está pronto para entregar o crachá no RH do Banco Central, mas fez questão de repetir o mantra que marcou a condução da política monetária ao longo do último ano. Para ele, a palavra de ordem quando o assunto é juros é “cautela”. A principal preocupação é o desequilíbrio das contas públicas. E o maior desafio? A aprovação das reformas, claro. Saiba mais nesta entrevista sobre as opiniões do presidente do BC, inclusive a respeito do sucessor dele no cargo, Roberto Campos Neto.
O adeus de Mu Hak na Gafisa?
A era da gestora GWI, do investidor Mu Hak You, na Gafisa aparentemente chegou ao fim. A gestora fez hoje um leilão especial na B3 de venda das ações ordinárias da incorporadora. O volume financeiro negociado foi de mais de R$ 131,4 milhões. Sem o suporte das compras feitas pela gestora e pela própria Gafisa na bolsa, as ações da companhia despencaram nos últimos dias. E hoje não foi diferente, como você pode ler aqui.
Alô, alô investidor do Tesouro!
Para quem não sabe, amanhã pinga um dinheirinho de cerca de R$ 94 por papel para quem investe em NTN-Bs (ou Tesouro IPCA, aqueles títulos atrelados à inflação). Isso ocorre porque o Tesouro vai pagar cupom (juros) sobre os títulos que possuem vencimento em anos pares. E o que você pode fazer com o dinheiro que vai entrar? O Felipe Miranda te fala sobre cinco tipos de investimento interessantes pra você investir essa graninha.