Depois de rondar no mercado alguns rumores sobre uma possível fusão entre a TIM e Oi, agora quem apareceu como grande interessada pela rival brasileira é a multinacional espanhola Telefônica, que é controladora da Vivo.
De acordo com fontes próximas, a espanhola estaria analisando uma potencial compra da Oi. A companhia brasileira foi avaliada em US$ 6,7 bilhões ou cerca de € 6 bilhões. As informações são do jornal espanhol, El Confidencial.
A publicação afirma ainda que a Telefônica já teria contratado um banco de investimentos para assessorar na compra parcial ou total da companhia. Entre os procurados está o Morgan Stanley.
A compra
Mas, como a Vivo é controlada pela Telefônica e possui o maior percentual de participação no mercado brasileiro, é possível que a Anatel não autorize a compra total da empresa.
Por essa razão, o jornal destaca ainda que o mais provável é que a espanhola compre apenas alguns ativos da Oi, como as torres de telefonia ou os locais responsáveis pelo armazenamento de dados (data centers).
Encontro com Bolsonaro
A publicação diz ainda que o presidente global do grupo espanhol Telefónica, José María Álvarez-Pallete, teria dito anteriormente que a compra de parte da Oi seria uma grande oportunidade, especialmente após a aprovação no Senado do PLC 79. Agora o projeto aguarda apenas a sanção presidencial.
No começo do mês, Álvarez-Pallete se reuniu com o Bolsonaro. Na ocasião, o executivo apresentou o plano de investimento da companhia no país, com foco na expansão da fibra óptica.
O presidente da Telefônica também apresentou a estratégia de aceleração da expansão da fibra. A Vivo tem a maior rede de fibra da América Latina.
Considerando o triênio 2018-2020, a Telefônica Vivo prevê investir R$ 24 bilhões, praticamente R$ 8 bilhões por ano.
Marco das teles
O Senado aprovou na noite da última quarta-feira, 11, o projeto que atualiza o marco legal das telecomunicações no País. A proposta segue agora para sanção presidencial.
O texto deve beneficiar a operadora de telefonia Oi. A avaliação é que o encaminhamento do novo marco legal tende a desencadear diferentes ondas de investimentos no setor.
Em relatório divulgado a clientes, os analistas do BTG pontuaram que "a nova legislação é um gatilho importante para a Oi [...] Acreditamos numa economia na ordem de R$ 1 bilhão com despesas regulatórias da companhia".