Segunda tentativa dos Chicago Oldies

Antes de começar, peço desculpas por estar monotemática nos últimos dias. Só tenho falado da queda de braço entre Planalto e Congresso e dos riscos dessa briga para a reforma da Previdência. Em minha defesa, digo que infelizmente não posso fugir desse assunto. Eu já falei, mas vou repetir: a realização da reforma é o tema mais importante do país e vai pesar no bolso de todo mundo.
Paulo Guedes vai assumir a frente das negociações com o Congresso em prol da reforma. De certa forma, isso é positivo. Ele sabe que precisa negociar com deputados e senadores e arregaça as mangas para fazer o que é necessário pelo projeto. A grande questão é que o varejo político não é exatamente sua especialidade.
O Eduardo Campos lembrou bem que Guedes não foi o primeiro dos "Chicago Oldies" a tentar seguir por esse caminho. Joaquim Levy já esteve no seu lugar no governo Dilma e deu suas voltas no Congresso para tentar emplacar uma agenda liberal. Não rolou, como você já sabe.
O contexto mudou e torço para que o desfecho seja diferente. Mas a estratégia de colocar um ministro de Economia no front político é arriscada. O Eduardo explica os riscos envolvidos nesta reportagem. Acho bom você saber o que está em jogo.
Recado negativo para os gringos
A revista “The Economist” voltou a fazer duras críticas a Bolsonaro. Em matéria publicada ontem, a revista inglesa afirmou que o presidente corre o risco de perder seu cargo mais cedo caso não aprenda a governar. A reportagem, cujos detalhes você confere aqui, também diz que os investidores parecem ter se tocado que os desafios de Paulo Guedes na economia são maiores do que esperavam.
Leia Também
Você pode concordar ou discordar da interpretação da revista, mas o fato é que o investidor estrangeiro se influencia muito pelo que as publicações internacionais falam sobre o Brasil. Esse tipo de notícia pode afugentá-los e atrapalhar a alta da bolsa.
Pedro Parente sai mas não sai
Eu levei um susto hoje pela manhã quando li a notícia de que Pedro Parente vai deixar o cargo de presidente da BRF . Depois li melhor e fiquei mais calma. Ele não está abandonando o barco… Parente acumula hoje as funções de presidente executivo e presidente do conselho de administração da empresa (o que não é muito recomendável pelas boas práticas de governança corporativa). A partir de 17 de junho ele ficará apenas no conselho e será substituído no cargo executivo pelo vice-presidente Lorival Nogueira Luz.
À beira da recuperação judicial?
Depois de tantas turbulências envolvendo a GWI de Mu Hak You e um dia depois da renúncia de sua presidente, a Gafisa voltou a amargar mais um resultado negativo em 2018. O prejuízo da companhia, de R$ 419 milhões, veio muito pior do que o mercado esperava e deixa a empresa em uma situação ainda mais delicada. Vale a pena ficar de olho em como as ações vão se comportar na bolsa hoje.
Embraer na preferencial
A fabricante brasileira de aviões recebeu uma notícia para lá de positiva no fim do dia de ontem. A Marinha decidiu escolher o consórcio Águas Azuis (formado pelo braço de Defesa da Embraer e por outras duas empresas) como fornecedor preferencial na construção de quatro navios. As entregas deverão ocorrer entre 2024 e 2028. Os detalhes dessa história, que pode movimentar as ações da Embraer na bolsa, você confere lá no Seu Dinheiro.
Não tem mais desculpa!
Se você ainda tem dúvidas sobre como começar a investir no Tesouro Direto, fique calmo. A Julia Wiltgen fez um vídeo para explicar como comprar títulos públicos sem pagar taxas de administração. Confere lá e caia fora daquele investimento ruim.
Como declarar aposentadorias e pensões no IR
Aposentados e pensionistas devem obedecer às mesmas regras que os demais contribuintes na hora da declaração, mas é preciso atenção em algumas situações especiais. Aqueles com mais de 65 anos, por exemplo, têm uma parcela isenta no IR e pessoas que se aposentam por doença grave têm direito à isenção total do imposto. Confira como declarar a aposentadoria sem erros nesta matéria da Natalia Gómez.
A Bula do Mercado: depois da tempestade
A trégua ensaiada pelos protagonistas da crise dos últimos dias ajudou o mercado financeiro a se recuperar ontem. Mas os investidores devem ficar atentos, pois a volatilidade veio para ficar. Com o cenário incerto, a recomendação é não se assustar muito em momentos de piora, nem se animar demais em tempos de euforia.
Hoje, o exterior é que deve comandar o rumo dos mercados locais. Os sinais são de que a inversão da curva de juros em vários países sugerem que os negócios de ações atingiram um pico de valorização. Um ajuste nas bolsas é liderado por Wall Street. Na Ásia e Europa, o dia traz resultados positivos, enquanto aguardam uma decisão definitiva sobre o Brexit e as negociações do acordo comercial entre China e EUA.
Ontem, o Ibovespa fechou com alta de 2,7%, aos 94.388,94 pontos. Após romper a barreira dos R$ 4,00, o dólar terminou o dia em queda de 0,96%, a R$ 3,9165. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e ótima sexta-feira!
Agenda
Índices
- IBGE divulga Pnad Contínua de fevereiro
- Banco Central divulga resultado do setor público consolidado de fevereiro
- Espanha e Reino Unido divulgam resultado de seus PIBs em 2018
Balanços 4º trimestre e 2018
- No Brasil: Kroton, Somos Educação, Cemig e Celesc
- Teleconferência: Copel, CPFL, Kroton, Gafisa, Light
Política
- Governo detalha contingenciamento no Orçamento federal
- Representantes dos EUA e da China concluem negociações comerciais
- Parlamento britânico vota acordo do Brexit
Fim de festa? Ibovespa volta aos 137 mil pontos com preocupações sobre dívida dos EUA; dólar vai a R$ 5,64 e NY cai mais de 1%
Os mercados reagiram às discussões sobre o Orçamento no Congresso norte-americano. A proposta pode fazer a dívida do país subir ainda mais
BNDES corta participação na JBS (JBSS3) antes de votação crucial sobre dupla listagem nos EUA — e mais vendas podem estar a caminho
A BNDESPar reduziu a participação no frigorífico para 18,18% do total de papéis JBSS3 e agência alerta que a venda de ações pode continuar
Nubank (ROXO34) anuncia saída de Youssef Lahrech da presidência e David Vélez deve ficar cada vez mais em cima da operação
Lahrech deixa as posições após cerca de cinco anos na diretoria da fintech. Com a saída, quem assumirá essas funções daqui para frente será o fundador e CEO do Nu
Só pra contrariar: Ibovespa parte dos 140 mil pontos pela primeira vez na história em dia de petróleo e minério de ferro em alta
Agenda vazia deixa o Ibovespa a reboque do noticiário, mas existe espaço para a bolsa subir ainda mais?
Onde investir na bolsa em meio ao sobe e desce do dólar? XP revela duas carteiras de ações para lucrar com a volatilidade do câmbio
Confira as ações recomendadas pelos analistas para surfar as oscilações do dólar e proteger sua carteira em meio ao sobe e desce da moeda
Ação da Smart Fit (SMFT3) pode ficar ainda mais “bombada”: BTG eleva preço-alvo dos papéis e revela o que está por trás do otimismo
Os analistas mantiveram recomendação de compra e elevaram o preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 28,00 para os próximos 12 meses
Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China
Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial
Entre a frustração com o Banco do Brasil (BBAS3) e a surpresa com o Bradesco (BBDC4): quem brilhou e decepcionou nos resultados dos bancos do 1T25?
Depois dos resultados dos grandes bancos, chegou a hora de saber: o que os analistas estão recomendando para a carteira de ações?
Mobly (MBLY3) vai “sumir” da B3: ação trocará de nome e ticker na bolsa brasileira ainda neste mês
Com a decisão da Justiça de revogar a suspensão de determinadas decisões tomadas em AGE, companhia ganha sinal verde para seguir com sua reestruturação
É igual, mas é diferente: Ibovespa começa semana perto de máxima histórica, mas rating dos EUA e gripe aviária dificultam busca por novos recordes
Investidores também repercutem dados da produção industrial da China e de atividade econômica no Brasil
Sem alívio no Banco do Brasil (BBAS3): CEO prevê “inadimplência resistente” no agronegócio no 2T25 — mas frear crescimento no setor não é opção
A projeção de Tarciana Medeiros é de uma inadimplência ainda persistente no setor rural nos próximos meses, mas situação pode melhorar; entenda as perspectivas da executiva
Marfrig (MRFG3) dispara 20% na B3, impulsionada pela euforia com a fusão com BRF (BRFS3). Vale a pena comprar as ações agora?
Ontem, as empresas anunciaram um acordo para fundir suas operações, criando a terceira maior gigante global do segmento. Veja o que dizem os analistas
Ações do Banco do Brasil sentem o peso do balanço fraco e tombam mais de 10% na B3. Vale a pena comprar BBAS3 na baixa?
A avaliação do mercado sobre o resultado foi negativa. Veja o que dizem os analistas
Fusão entre Marfrig e BRF inclui dividendo de R$ 6 bilhões — mas só terá direito à bolada o investidor que aprovar o casamento
Operação ainda deverá passar pelo crivo dos investidores dos dois frigoríficos em assembleias gerais extraordinárias (AGEs) convocadas para junho
O mapa da mina: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil e fusão entre BRF e Marfrig
Bolsas internacionais amanhecem no azul, mas noticiário local ameaça busca do Ibovespa por novos recordes
Warren Buffett não quer mais o Nubank: Berkshire Hathaway perde o apetite e zera aposta no banco digital
Esta não é a primeira vez que o bilionário se desfaz do roxinho: desde novembro do ano passado, o megainvestidor vem diminuindo a posição no Nubank
Você está buscando no lugar errado: como encontrar as próximas ‘pepitas de ouro’ da bolsa
É justamente quando a competição não existe que conseguimos encontrar ações com grande potencial de valorização
BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) se unem para criar MBRF. E agora, como ficam os investidores com a fusão?
Anos após a tentativa de casamento entre as gigantes do setor de frigoríficos, em 2019, a nova combinação de negócios enfim resultará no nascimento de uma nova companhia
Agronegócio não dá trégua: Banco do Brasil (BBAS3) frustra expectativas com lucro 20% menor e ROE de 16,7% no 1T25
Um “fantasma” já conhecido do mercado continuou a fazer peso nas finanças do BB no primeiro trimestre: os calotes no setor de agronegócio. Veja os destaques do balanço
Americanas (AMER3): prejuízo de R$ 496 milhões azeda humor e ação cai mais de 8%; CEO pede ‘voto de confiança’
A varejista, que enfrenta uma recuperação judicial na esteira do rombo bilionário, acabou revertendo um lucro de R$ 453 milhões obtido no primeiro trimestre de 2024