Ibovespa fecha janeiro em alta de 10,82%
Bancos dominam a lista de maiores altas da Bolsa hoje. Em primeiro, o Bradesco, que é só sorrisos depois de divulgar lucro líquido de R$ 5,830 bilhões no último trimestre

No último pregão de janeiro, a Bolsa brasileira comemora 10,82% de valorização acumulada no mês. No mesmo período de 2018, a elevação havia sido de 11,14%. Hoje, a postura mais "sou da paz" do Federal Reserve (o banco central americano) e o salto nos papéis do Bradesco (que, para variar, lucrou mais que o esperado). ajudou a Bolsa de Valores de São Paulo quebrar a barreira dos 98 mil pontos. Mas bem no finalzinho do pregão, o Ibovespa se embananou todo e perdeu o sapateado. Terminou o dia em alta de 0,41%, 97.393 com pontos.
O dólar desvalorizou 0,99% fechou a R$ 3,65 - o menor valor desde 26 de outubro, destoando da moeda americana no exterior, que subiu ante divisas fortes e se comportou de forma mista frente a de outros países emergentes. Em janeiro, há uma queda acumulada do dólar frente o real de mais de 5%. A queda expressiva vem sendo conduzida por ofertas de tesourarias que apostaram na baixa das cotações e ingressos de captações corporativas recentes. Também influencia muito o fato do Federal Reserve ter mantido inalterada a taxa de juros dos EUA ontem no fim do dia.
Sinais de fumaça de Mourão e dos prefeitos
No Brasil, ontem, o vice-presidente, Hamilton Mourão, garantiu que a reforma da Previdência incluirá os militares. Disse também que uma proposta de emenda constitucional e um projeto de lei para abarcar os militares devem ser enviados ao Congresso ainda no primeiro semestre deste ano.
Ele afirmou ainda que caberá ao presidente Jair Bolsonaro decidir se o envio dos dois textos da reforma, o geral e o dos militares, será simultâneo.
O prefeito de Campinas e presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, afirmou também que esteve com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir as mudanças na Previdência. Segundo ele, a FNP apoiará a reforma desde que o projeto também tenha aplicação imediata nas contas dos Estados e municípios.
Segundo ele, Guedes, apresentou aos prefeitos alguns pontos da reforma, entre os quais a mudança na idade mínima, que ainda passarão por ajustes. Mas de acordo com Donizette, a idade deve ser mesmo de 57 anos para mulheres e 62 anos para homens, enquanto ainda se discute sobre o período de transição.
Leia Também
"Guedes também manifestou o desejo de que a proposta valha para servidores civis e militares", disse.
R$ 5,830 bilhões
Os bancos dominaram a lista de maiores altas do Ibovespa. Somente o Santander está fora da lista, com desvalorização. Os melhores desempenhos estão com as ações do Bradesco, que hoje apresentou seus resultados do quarto trimestre de 2018 e surpreendeu positivamente os analistas. O banco reportou lucro líquido recorrente de R$ 5,830 bilhões no quarto trimestre de 2018, cifra 19,9% maior que a registrada um ano antes, de R$ 4,862 bilhões. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, de R$ 5,471 bilhões, o aumento foi de 6,6%.
O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou que os guidances do banco para este ano são desafiadores, mas podem ser alcançados. Depois de superar a meta do ano passado, o banco prevê que seus empréstimos cresçam de 9% a 13% neste exercício. "No ano passado, entregamos praticamente todos os patamares, inclusive, os revisados", destacou o executivo, durante teleconferência com jornalistas, nesta manhã.
Já o Santander, que apresentou seus números ontem, considerados dentro do esperado, mas com um sinal amarelo para a inadimplência. Em um ano, Santander acumula alta de quase 40%, ante 26% do Bradesco, por exemplo.
As ações do Bradesco subiram 6,21% (PN) e 5,13% (ON). Também avançam Banco do Brasil ON (2,41%), Itaú Unibanco PN (2,49%) e Santander Brasil Unit, com queda de 1,60%,).
Voar, voar! Subir, subir!
As ações das aéreas Gol e Azul se destacam em alta, apoiadas pela queda do dólar. O analista da Necton Investimentos Álvaro Frasson explica que as empresas são altamente beneficiadas pela desvalorização da moeda americana, uma vez que "50% dos custos das companhias aéreas são cotados em dólar". No caso da Smiles, Frasson explica que o dólar baixo aumenta o número de viagens, beneficiando o papel. Gol PN avançou 2,74% e Azul PN, 3,23%.
Além disso, amanhã, sexta-feira (1º) é o último dia do prazo estabelecido na Recuperação Judicial da Avianca para que a empresa retome os pagamentos de leasing de suas aeronaves. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, um acordo com os credores está distante. Em relatório sobre o assunto, o UBS lembra que a Avianca tem uma sobreposição com 47% das rotas com a Gol, e de 14% com a Azul.
Má educação
Os piores desempenhos do Ibovespa hoje estão com Estácio e Kroton. Em relatório, o Itaú BBA tem projeções não muito animadoras sobre os resultados do quarto trimestre de 2018, que as empresas apresentarão em março. No caso da Estácio, os analistas Susana Salaru e Vitor Tomita destacam uma combinação de queda na base de alunos e ausência das receitas do programa de financiamento próprio. A Kroton deve mostrar números em linha com os “guidances” para o ano passado, ainda afetados pelo Fies, novos campi que iniciam operação com margens baixas, e provisões para o programa de financiamento. Estácio ON caiu 4,031% e Kroton ON andou para trás, com queda de 4,27%.
Vale: -7% no mês
Após subir mais de 1% em movimento de ajuste de fim de mês, com as recentes perdas, o papel ON da Vale passou a cair e fechou em baixa de 2,36%. Entre as notícias negativas, a Justiça trabalhista em Minas Gerais bloqueou mais R$ 800 milhões da Vale. Valores congelados da vale no âmbito trabalhista somam R$ 1,6 bilhão.
Além disso, a Moody's reafirmou que os potenciais passivos e sanções contra a Vale e seus executivos pelo rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), elevam o risco para os ratings da empresa. Em relatório sobre as implicações da tragédia para a empresa, a agência de classificação diz ter expectativa de um aumento de responsabilidade ambiental, administrativa, criminal e civil após a tragédia.
Em Brasília, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse hoje no encontro com o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, que empresa que comete infração tem o dever de reparar o dano. Raquel Dodge falou com jornalistas após encontro com representantes do Movimento de Atingidos por Barragens, na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
Após a reunião, Schvartsman disse que a mineradora pretende acelerar ao máximo o pagamento de indenizações às famílias das vítimas da tragédia. Segundo o executivo, a Vale vai abdicar de qualquer ação judicial sobre o caso e vai optar por fechar acordos extrajudiciais.
Na Bolsa, a queda de hoje, seguiu limitada diante da tentativa de recuperação do papel que, somente em janeiro, acumula perda de 7%. Contribui também para uma baixa menor o avanço do preço do minério de ferro, que terminou em alta de 3,40%, cotado a US$ 85,34 a tonelada no porto de Qingdao, na China.
Siderúrgicas
As siderúrgicas vinham subindo, bem-comportadas pela manhã, animadas com as cotações do minério de ferro na China. Mas inverteram sinal depois que foi anunciado que as operações da Barragem Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), há cerca de 300 metros de bairros residenciais de Congonhas (MG), serão encerradas. O anúncio foi feito pela prefeitura da cidade.
Em outubro de 2017, um parecer do Ministério Público de Minas apontou risco de rompimento. Foi determinado que a CSN Mineração tomasse uma série de medidas para sanar danos. Conforme o órgão, a empresa executou as determinações.
Outro ponto que contou foi o relatório com as prévias para o setor. O Santander projeta uma queda de 25% no Ebitda para a Gerdau no quarto trimestre de 2018, na comparação com o terceiro trimestre. Para a Usiminas, o banco também espera resultados fracos, com o pior Ebitda trimestral de 2018. Já para a CSN, os números devem ficar em linha com o esperado, com crescimento anual de 21% no Ebitda.
CSN ON caiu 1,73%, Gerdau ON baixou 3,10%, Metalúrgica Gerdau teve 2,61% de recuo. Usiminas entrou no coro e teve queda de 0,91%.
Petrobras e petróleo
O petróleo fechou em queda nesta quinta-feira, após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgar que a produção da commodity no país subiu a um nível recorde em novembro de 2018. O petróleo WTI para março fechou em queda de 0,81%, em US$ 53,79 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para abril recuou 1,14%, a US$ 60,84 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). O contrato do Brent para março, por sua vez, com vencimento hoje, avançou 0,39%, a US$ 61,90.
Com isso, a Petrobras PN cedeu 0,16%.
*Com Estadão Conteúdo
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje