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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

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Ventos favoráveis voltaram a soprar sobre os mercados — e o Ibovespa se lançou ao mar

O Ibovespa passou a primeira metade do pregão oscilando perto da estabilidade. Mas uma melhora no humor dos mercados americanos deu força às negociações por aqui

Victor Aguiar
Victor Aguiar
18 de julho de 2019
10:34 - atualizado às 9:45
Vento soprando
Ibovespa ganhou força e recuperou os 104 mil pontos; dólar caiu a R$ 3,72 - Imagem: Shutterstock

O barco dos mercados brasileiros esteve à deriva nos últimos dias. Tanto o Ibovespa quanto o dólar à vista registraram poucas oscilações nas primeiras três sessões dessa semana, uma vez que, tanto no Brasil quanto no exterior, os ventos deixaram de circular — e, sem nenhum tipo de brisa, as embarcações não iam nem para a frente nem para trás.

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E a sessão desta quinta-feira (18) começou mais ou menos da mesma maneira. Afinal, a principal força motriz dos veleiros locais nos últimos meses — a rajada da reforma da Previdência — parou de soprar. Sobrou apenas uma leve corrente relacionada aos planos do governo para estimular a economia doméstica.

No exterior, a previsão do tempo também não era animadora: em meio às incertezas quanto ao futuro da taxa de juros dos EUA — há quem aposte que o Federal Reserve (Fed) chegará como uma ventania, e há quem ache que o banco central americano dará apenas uma lufada na próxima reunião de política monetária —, os agentes financeiros preferiram recolher as velas e permanecer parados.

Como resultado desse quadro, o Ibovespa sustentava uma leve alta na primeira metade do pregão, mas sem forças para romper o nível dos 104 mil pontos— nos Estados Unidos, as bolsas apareciam no campo negativo. Mas os ventos voltaram a soprar na costa dos mercados financeiros no meio da tarde.

E, como resultado, as bolsas americanas ganharam força e viraram para alta: o Dow Jones fechou o dia com valorização de 0,01%, o S&P 500 subiu 0,36% e o Nasdaq avançou 0,27%. O Ibovespa foi no embalo e se lançou ao mar: terminou com ganho de 0,83%, aos 104.716,59 pontos.

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Agitação no ar

O vendaval que agitou os mercados tem nome e sobrenome: John Williams, presidente do distrito de Nova York do Fed. Num discurso no meio da tarde, ele alimentou as esperanças dos agentes financeiros quanto a um corte de juros por parte do BC americano já na próxima reunião da instituição, no dia 31.

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Ele foi direto ao ponto. "Minha esposa é professora de enfermagem, e ela diz que uma das melhores coisas que se pode fazer por uma criança é vaciná-la", disse o dirigente. "É melhor lidar com a dor de curto prazo de uma injeção a expô-la ao risco de contrair uma doença no futuro".

Para ele, é melhor tomar uma medida preventiva a esperar pela concretização de um desastre. Ou seja: Williams defende que o Fed aja com rapidez e corte os juros agora, ao invés de aguardar pela desaceleração da economia americana para tomar uma atitude.

Essa sinalização dissipou a cautela que era vista nas bolsas americanas até então: nos EUA, a quinta-feira era marcada pela prudência dos mercados em relação à temporada de balanços corporativos, com destaque negativo para a Netflix. As ações da empresa fecharam em forte queda de 10,27% após a companhia reportar um ritmo menor que o esperado de aumento na base de assinantes pagos.

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Além disso, os agentes financeiros também mostravam alguma ansiedade com o front da guerra comercial, uma vez que, apesar de o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping durante a reunião do G-20 ter corrido bem, há a percepção de que as conversas entre americanos e chineses estão estagnadas.

Mas toda essa prudência foi deixada de lado após a fala de Williams. Afinal, com juros potencialmente mais baixos, diminui a aversão ao risco por parte dos mercados — e, consequentemente, aumenta a demanda por ativos de renda variável, como as ações.

Essa ventania também foi aproveitada pelos navios do mercado de câmbio. Lá fora, o dólar perdeu força em escala global, passando a cair com maior intensidade na comparação com as moedas de países emergentes e ligados às commodities — caso do peso mexicano, rublo russo, peso chileno, rand sul-africano e peso colombiano.

E o real pegou carona nesse contexto: o dólar à vista passou a cair com maior intensidade, fechando a sessão em baixa de 0,84%, a R$ 3,7290 — o menor patamar para a moeda americana desde 19 de fevereiro. Já sabe quais os melhores investimentos até o fim do ano? Baixe de graça nosso eBook exclusivo com as melhores dicas.

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Brisa doméstica

Por aqui, na ausência do vendaval da Previdência — dada a proximidade do recesso do Congresso, o noticiário político entrou em modo de hibernação —, os mercados deslocaram as atenções para outras correntes de ar, por menores que fossem. E, no caso, a brisa escolhida foi a liberação do saque de parte das contas ativas do FGTS.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro chegou a sinalizar que a autorização seria anunciada na tarde de hoje. No entanto, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou no início da tarde que o detalhamento das regras para os saques ocorrerá apenas na semana que vem.

Apesar desse adiamento, os agentes financeiros continuam mostrando-se otimistas em relação à medida, dado o potencial para estimular o consumo doméstico — o que tem potencial para beneficiar especialmente o setor de varejo.

"Com a Previdência ficando para agosto, o mercado deu uma acalmada e aproveitou para realizar parte dos lucros nos últimos dias", diz Ari Santos, gerente da mesa de operações da H. Commcor. "Agora, temos essa espera pelo pacote do FGTS e, talvez, algumas outras medidas de estímulo, e isso alimenta uma leve alta [na bolsa]".

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Juros caem

As curvas de juros seguiram o movimento do dólar à vista e fecharam em queda, em meio à perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos — o que pode influenciar o Banco Central (BC) a tomar uma decisão semelhante na próxima reunião do Copom, no dia 31.

Os DIs com vencimento em janeiro de 2021 fecharam em baixa de 5,57% para 5,53%. Na ponta longa, as curvas para janeiro de 2023 recuaram de 6,38% para 6,35%, e as para janeiro de 2025 foram de 6,96% para 6,93%.

Bancos se recuperam

O setor bancário avançou em bloco e deu forças ao Ibovespa nesta quinta-feira — o destaque ficou com as units do Santander Brasil (SANB11), que subiram 2,35%, e com Itaú Unibanco PN (ITUB4), com alta de 2,66%.

Os ativos do Bradesco também apareceram no campo positivo: os papéis ON (BBDC3) tiveram alta de 1,83% e os PNs (BBDC4) avançaram 2,18%. Já Banco do Brasil ON (BBAS3) teve ganhos de 1,70%.

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Com o desempenho de hoje, as ações do setor bancário zeraram as perdas acumuladas na semana e viraram ao campo positivo.

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