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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Copom se prepara para aterrissar e Brasil, para decolar

BC brasileiro indica que fim do ciclo de cortes da Selic está próximo, mas mantém porta aberta para novas quedas, enquanto S&P melhora perspectiva do rating do país

Olivia Bulla
Olivia Bulla
12 de dezembro de 2019
5:28 - atualizado às 6:34
Enquanto isso, exterior vai na contramão, à espera de desfecho da guerra comercial

O dia seguinte à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) deve ser agitado no mercado financeiro doméstico. Além de reagir à porta aberta deixada pelo Banco Central para cortes mais modestos na Selic em 2020, antes de encerrar o ciclo de queda, os investidores também digerem a melhora na perspectiva da nota de crédito (rating) soberano do Brasil pela Standard & Poor’s (S&P), para positiva.  

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Trata-se do cenário perfeito para uma nova corrida rumo a ativos locais mais arriscados, o que tende a beneficiar o Ibovespa, que há três dias vêm andando de lado, mas sempre acima dos 110 mil pontos. Atenção especial deve ser dada às ações de saneamento básico, após a aprovação do texto-base do novo marco regulatório na Câmara. A renda variável brasileira aguardava a decisão do BC e, principalmente, a sinalização dos próximos passos. Novas quedas no juro básico mantêm a renda fixa pouco atrativa, sendo que os DIs devem enxugar prêmios hoje.

Ainda assim, o Copom recomendou cautela em relação ao plano de voo, indicando que as decisões futuras vão depender da evolução da atividade econômica e das expectativas para a inflação, em uma típica abordagem de “esperar para ver”. Por isso, é importante estar atento ao comportamento do dólar, que se aproximava de R$ 4,10, diante da perspectiva de pausa no ciclo de cortes na Selic já neste mês. 

Hoje, porém, a moeda norte-americana pode ser pressionada pela sinalização do BC, uma vez que a taxa básica pode renovar o piso histórico no início do ano que vem, antes de parar de cair, o que diminui ainda mais o diferencial dos juros domésticos. Também é importante estar atento à inflação, com as leituras recentes de índices de preços vindo mais “salgadas”, por causa da alta do dólar (pass-through) e da carne bovina.

E a possibilidade de novos repiques no indicador oficial (IPCA) em dezembro e em janeiro, contaminando a taxa acumulada, poderia acender a luz amarela do BC. Porém, o Copom informou, no comunicado ontem, que o cenário básico para a inflação apresenta fatores de risco em ambas as direções, ainda sem comprometer os alvos para 2020 e, em menor grau, para 2021. 

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Ao mesmo tempo, permanece a perspectiva de entrada de recursos externos em direção aos ativos brasileiros, o que tende a aliviar a cotação do dólar no curto prazo e também a conta financeira, que já acumula retiradas de US$ 45 bilhões desde o início do ano, segundo dados do próprio BC. Essa perspectiva ganha força com a sinalização da S&P de que pode melhorar a nota de crédito do Brasil, de BB-, em breve.

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Segundo comunicado da agência de classificação de risco, as medidas de consolidação fiscal combinadas com baixas taxas de juros e a adoção gradual de uma agenda de reformas deve contribuir para um crescimento econômico mais forte do país, atraindo investimentos - e os investidores estrangeiros. A elevação da nota pode ocorrer em até dois anos. Atualmente, o Brasil está dois níveis abaixo da escala de grau de investimento.

Porém, de uma forma geral, a dinâmica positiva do mercado doméstico já vinha precificando uma melhora no rating do Brasil, com muitos ativos sendo negociados em níveis equivalentes ao de países mais bem classificados. É o caso do risco-país, por exemplo. De qualquer forma, a sinalização dada pela S&P chancela esse cenário mais favorável do país, reforçando a tese de que o Brasil tem a melhor história entre os emergentes para 2020. 

E o mercado financeiro, como se sabe, antecipa movimentos e é movido por sentimentos. 

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Exterior na marcha ré

Enquanto isso, no exterior, os mercados internacionais estão na marcha ré, ecoando a decisão do Federal Reserve ontem, de manter os juros norte-americanos estáveis entre 1,50% e 1,75% após três cortes seguidos, indicando que a taxa deve permanecer neste nível por um período prolongado, sem indicar direção quando algum passo for dado.

A autoridade monetária não prevê nenhuma alteração na chamada Fed Funds rate (FFR) ao longo de 2020 e sinalizou que continua atenta, principalmente, aos desdobramentos da guerra comercial. Ao que tudo indica, apenas uma escalada da tensão no comércio entre as duas maiores economias do mundo pode fazer o Fed voltar a agir - como novos cortes. 

Aliás, faltando apenas três dias para a vigência de tarifas adicionais sobre US$ 160 bilhões em produtos chineses a ausência de novidades sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China em relação à fase um do acordo intriga os investidores. O temor é de que novas taxas a partir de domingo levem Pequim a retaliar, na mesma medida, prolongando o conflito.

Relatos de que o presidente norte-americano, Donald Trump, deve se reunir hoje com conselheiros para decidir sobre as tarifas de importação à China programadas para o dia 15 mantêm os mercados internacionais em suspense. A Bolsa de Xangai caiu 0,3%, na contramão do sinal positivo que prevaleceu nas demais bolsas asiáticas, por causa do Fed. 

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Os ganhos foram liderados por Hong Kong (+1,3%), ao passo que Tóquio oscilou em alta (+0,1%). No Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York e das principais bolsas europeias estão à deriva, com o foco dos investidores na questão comercial. A expectativa é por um adiamento das novas tarifas, o que seria um sinal de progresso nas negociações. 

Mas, como se sabe, Trump é imprevisível. Por isso, os mercados redobram a cautela e adotam uma postura defensiva. Porém, o dólar perde terreno em relação às moedas rivais, o que beneficia as commodities. Os investidores também estão à espera do resultado das eleições parlamentares no Reino Unido e da decisão de juros na zona do euro. 

Hoje é a vez do BCE

Após as decisões de política monetária dos bancos centrais do Brasil (Copom) e dos EUA (Fed), hoje é a vez do anúncio do Banco Central Europeu (BCE) sobre a taxa de juros na zona do euro. Será a primeira reunião sob nova direção, com a ex-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Christine Lagarde, conduzindo o encontro. 

Ela também concederá entrevista coletiva para comentar a decisão, a partir das 10h30. Antes, sai o anúncio de política monetária do BCE, às 9h45. Ainda na agenda econômica na região da moeda única, sai a produção industrial em outubro. 

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Já nos EUA, serão conhecidos o índice de preços ao produtor (PPI) em novembro e os pedidos semanais de seguro-desemprego feitos no país, ambos às 10h30. No Brasil, destaque para mais um indicador sobre a atividade econômica, desta vez, no setor de serviços em outubro (9h).

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