A festa ainda vai longe?
Ao longo de muitos anos, trabalhei até tarde da noite. Geralmente, saía da redação entre 21h e 22h. Na melhor das hipóteses, às 20h30. No pior cenário, virava a madrugada. O horário noturno tem lá suas vantagens - não pegar trânsito é a maior delas -, mas também tem seus reveses. Eu, que adoro um barzinho, sempre fiquei de fora do happy hour dos amigos. Cervejinha às seis da tarde na sexta-feira estava fora de cogitação.
Enquanto eu dava duro na redação, recebia mensagens do tipo “vem logo” e fotos de drinks diversos e amigos animados. Às vezes acelerava o passo para terminar logo a minha matéria e ir para o bar. E aí era a minha vez de mandar mensagem: “a festa está acabando ou ainda vai longe? Vale a pena ir?”.
Se você não tem ações na bolsa, essa é a sua situação atual. O Ibovespa bateu ontem os 100 mil pontos no meio do pregão. Quem comprou o índice ganhou quase 14% só neste ano.
Não dá pra negar que a bolsa está bombando. A dúvida é se vale a pena entrar na festa agora - e comprar o ingresso no lote mais caro. Difícil saber. Eu já cheguei em balada boa na metade e fiquei até de manhã. E também já gastei dinheiro à toa para entrar em festa que estava acabando.
Uma questão que você precisa se perguntar é: que outra opção você tem para seu dinheiro? A taxa básica de juros brasileira, que baliza boa parte dos investimentos em renda fixa, está atualmente em 6,5%. E não se espera que o cenário mude neste ano. O risco é baixo, mas o retorno não é lá essas coisas.
Se você está com uma pontinha de inveja de quem comprou ações na bolsa alguns meses atrás e não sabe se vale a pena comprar agora, a Julia Wiltgen escreveu uma matéria especialmente para você. Ela acionou os economistas para saber se a festa da bolsa vai longe ou se os 100 mil pontos são o fim da linha. Veja qual a perspectiva para o Ibovespa até o fim do ano nesta reportagem.
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Bolsonaro e as redes
Entre uma visita e outra, o presidente Jair Bolsonaro também encontrou tempo para as redes sociais. Em live transmitida por seu filho Eduardo, que acompanha a comitiva presidencial nos EUA, ele afirmou que o Brasil quebrará se não aprovar uma reforma robusta. E aproveitou para tranquilizar as Forças Armadas sobre o texto destinado aos militares.
Já no Twitter, ele saiu em defesa das novas concessões de aeroportos brasileiros. No publicação, o presidente afirma estar cumprindo o prometido em campanha, tirando do Estado tudo o que pode ser administrado pela iniciativa privada. Parece que os ventos “liberais” fizeram bem ao presidente.
Na terra do Tio Sam
Durante visita aos Estados Unidos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, aproveitou para falar bastante e fazer um grande chamado aos investidores americanos para investir no país. Ele destacou que o Brasil quer ser um parceiro comercial estratégico dos EUA no futuro. Mas falou que está também de olho nos chineses, especialmente quando o assunto é investimentos em infraestrutura. Veja aqui outros detalhes do discurso de Guedes lá fora.
Hora de devolver
Depois de alguns anos de “funcionamento disfuncional” do BNDES, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, disse que o banco tem condições de fazer a devolução na íntegra de R$ 126 bilhões à União , agora em 2019. Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, o secretário disse que a ideia é retornar os valores que foram emprestados na forma de subsídios caros aos país. Tal iniciativa pode ser importante para destravar o canal de crédito, garantir maior participação do setor privado e melhorar o mercado de capitais brasileiro. Vamos aguardar...
#Descomplica
Se ontem você aprendeu os segredos para declarar investimento em ações, hoje a repórter Julia Wiltgen te dá outras dicas para fazer a sua declaração de rendimentos obtidos com fundos de investimento imobiliário (FIIs) e fundos de índices (ETFs) aqui. Mas atenção. Mesmo que você não tenha negociado os ativos no ano passado, se eles apareceram no seu patrimônio, será preciso declarar. A boa nova é que o procedimento é bem parecido com o das ações.
A Bula do Mercado - O que vem depois de 100 mil?

Depois do dia agitado que viu a bolsa brasileira atingir a sonhada marca dos seis dígitos, o mercado deve enfrentar um período mais defensivo. Isso porque os investidores aguardam as decisões do Copom e do Fed, além de novidades sobre o projeto da previdência militar, todos programados para amanhã.
O mercado financeiro doméstico segue confiante na aprovação da reforma da Previdência ainda no primeiro semestre e com o mínimo de alterações. O cenário internacional aposta em uma mudança no plano de voo do Fed sobre a taxa de juros norte-americana. A dúvida agora é se ele seguirá paciente e irá cortar apenas uma previsão de revisão mantendo ainda ao menos um aumento até dezembro.
No exterior, as bolsas se mostram na retaguarda, com leves oscilações. Na Ásia, o mercado encerrou sem uma direção única e com pouca movimentação. Em Nova York os índices futuros apresentam um ligeiro viés positivo, influenciando as praças europeias.
Após atingir a máxima de 100.037 pontos durante a tarde, o Ibovespa fechou o dia de ontem com uma alta de 0,86%, com 99.994 pontos. O dólar voltou a ficar abaixo de R$ 3,80, encerrando o dia com queda de 0,76%, a R$ 3,7914. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar da bolsa e do dólar hoje.
Um grande abraço e ótima terça-feira!
Agenda
| Índices - Reino Unido divulga taxa de desemprego no trimestre encerrado em janeiroBancos Centrais - Copom inicia reunião para definir a Selic - Fed inicia reunião de política monetária - Japão divulga ata de sua última reunião de política monetária Política |
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