Mansueto evita dizer que agências de rating estão atrasadas, mas cita indicadores
Ele lembrou que a única agência que divulgou relatório mais recentemente foi a Fitch, que trabalhava com déficit nominal de 7% do PIB e déficit primário de 1,9%.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, esquivou-se nesta quinta-feira, 5, da pergunta sobre se acha que as agências de classificação de risco estariam atrasadas na avaliação do rating do Brasil, mas desfilou uma lista de bons indicadores que devem ou deveriam ser observados pelas agências.
"Elas, as agências, têm o ritmo de trabalho delas e podem falar, enfim, se estão adiantadas ou atrasadas. Elas olham indicadores muito objetivos que é como está a trajetória da dívida do País e se há riscos de não pagamento de dívidas externas", disse ele, lembrando que o Brasil hoje tem um volume de reservas enorme.
Ele também afirmou que não há risco de default de dívida externa e que, atualmente, da dívida pública brasileira, a porção que está na mão de estrangeiro é apenas 11%. "É uma parcela muito pequena e nós saímos de um País que há três anos tinha uma taxa de juro real de 8% do título mais longo para atuais 3,5%. O título mais curto chegou a ficar agora abaixo de 1%", afirmou.
Ele reforçou que o cenário de juro modificou totalmente a dinâmica da dívida e que a recuperação das contas públicas, do primário, receitas menos despesas, vai nos levar para uma trajetória de dívida surpreendente.
"Há três meses, pela projeção do Tesouro, a dívida pública ia chegar perto de 83% do PIB em 2023 e só a partir daí cairia, cumprindo o teto dos gastos. Agora, na nossa nova projeção, não chega a 80% do PIB", disse Mansueto, acrescentando que 2019 vai se encerrar com a dívida pública muito perto da do ano passado.
Ele lembrou que este ano começou com previsão de que o BNDES pagaria R$ 26 bilhões, mas que no fim do ano o banco terá pago R$ 123 bilhões.
Por isso, de acordo com o secretário, neste aspecto as agências podem estar atrasadas. Ele lembrou que a única agência que divulgou relatório mais recentemente foi a Fitch, que trabalhava com déficit nominal de 7% do PIB e déficit primário de 1,9%.
"Nosso déficit primário nominal vai ser de 6% do PIB. As agências estavam olhando as metas, mas os indicadores melhoraram muito neste semestre. Neste aspecto, as agências podem estar atrasadas", disse.
Reforma sensível
Ao falar sobre reformas, o secretário que a mais importante era a previdenciária e ela já foi feita.
"A reforma mais sensível, que mexe com a população, a da Previdência, já foi feita. Você simplificar a tributação indireta não mexe com a população. Na verdade, vai é beneficiar a população", disse o secretário.
Para ele, algumas coisas do ponto de vista de renda, regimes especiais como lucro presumido mexem é com pessoas de altíssimos salários e não com a população.
Portanto, de acordo com ele, a reforma tributária não é nada polêmica.
Sobre a reforma administrativa, o secretário considera que ele está sendo interpretada de maneira errada porque é mais para melhorar o funcionamento do Estado para valorizar o servidor público.
Esquenta dos mercados: Bolsas estrangeiras iniciam semana no azul, mas ruídos políticos locais seguem causando interferência
Bolsas sobem lá fora com expectativa de bons resultados trimestrais; no Brasil, partidos se preparam para convenções
Câmara aprova ‘PEC Kamikaze’ em 2º turno após manobras de Lira e uma visita da Polícia Federal; veja os próximos passos da proposta
O deputado prometeu que quem faltasse na votação ganharia uma falta administrativa e lançou mão de outras manobras para garantir o quórum
Caiu e passou: Congresso aprova Lei das Diretrizes Orçamentárias sem emendas impositivas de relator; texto vai à sanção presidencial
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) retirou do texto a execução obrigatória das emendas de relator, identificadas como RP 9
Com teto do ICMS em 17% sobre energia e combustíveis, Câmara propõe compensar arrecadação dos estados; entenda se será suficiente
A proposta acontece em meio a embates do governo federal contra os estados pela arrecadação do ICMS
Novo ministro de Minas e Energia quer privatizar a Petrobras (PETR4), mas presidente do Senado afirma que as negociações não estão na mesa
Pacheco avaliou que a desestatização da empresa não é uma solução de curto prazo para o problema da alta dos combustíveis
Com Lula ou Bolsonaro na Presidência, o próximo Congresso será de centro-direita e reformista, diz Arthur Lira
Em evento em Nova York, presidente da Câmara volta a defender a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e as reformas no país
Alívio no bolso vem aí? Conheça a PEC que pode zerar impostos sobre combustíveis e gás
A matéria dispensa o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige que o governo compense a perda de arrecadação ao cortar impostos com a elevação de outros
Fundo eleitoral, emendas do relator e reajuste dos servidores: 3 pontos do Orçamento para 2022 que mexem com a bolsa esta semana
Entre emendas parlamentares superavitárias e reajuste dos policiais federais, o Orçamento deve ser publicado no Diário Oficial na segunda-feira (24)
Tesouro pode perder até R$ 240 bilhões com PEC dos Combustíveis e inflação pode ir para 1% — mas gasolina ficará só R$ 0,20 mais barata; confira análise
Se todos os estados aderirem à desoneração, a perda seria de cifras bilionárias aos cofres públicos, de acordo com a XP Investimentos
Além do furo no teto: como a PEC dos precatórios afeta os credores, mas abre uma grande oportunidade de investimento
Com a regra fiscal ameaçada, o motivo inicial para a criação da emenda acabou sendo relegado a segundo plano, mas seus desdobramentos podem beneficiar os investimentos alternativos
Leia Também
-
Congresso dos EUA evita ‘shutdown’ temporariamente, mas coloca um bode na sala de Biden
-
O que vai acontecer com os EUA? Pela 1ª vez na história, um presidente da Câmara dos Estados Unidos é destituído; entenda as implicações
-
Câmara aprova marco das garantias: veja principais pontos da aposta do governo para impulsionar concessão de crédito