O presidente Jair Bolsonaro abriu sua live nas redes sociais falando que a confiança do investidor é enorme e que “estamos fazendo o dever de casa”. No entanto, ponderou que temos uma enorme encruzilhada pela frente, que é a reforma da Previdência. Ele também falou que tende a vetar a franquia de bagagem gratuita em voos, que foi restituída pelo Congresso.
Bolsonaro fez um apelo aos parlamentares pela aprovação da reforma, mas também disse que os próprios parlamentares têm vindo falar com ele para dizer que querem a reforma.
“Temos que libertar o Brasil desse julgo de uma situação econômica complicada. Temos de demonstrar para o mundo e para o investidor que estamos preocupados e fazendo nossa parte. Vindo a nova Previdência, com disse o ministro Paulo Guedes e o Rogério Marinho, o Brasil tem tudo para deslanchar”, afirmou.
Depois, o presidente listou investimentos anunciados pela Scania, Hyunday, GM, Carrefour e Honda.
Hoje, o IBGE divulgou o PIB do primeiro trimestre de 2019 e foi constada uma queda de 0,2%. O ministro Paulo Guedes disse que disse que tal resultado “não é novidade para nós”, pois ele e equipe sempre disseram que a economia brasileira está estagnada.
Ainda de acordo com Guedes, as pessoas têm de entender que precisamos das reformas para retomar o crescimento. “Estamos absolutamente seguros que mudando, fazendo as reformas, o Brasil vai retomar o crescimento econômico sustentado. É um país que deveria estar crescendo 3%, 3,5% ao ano e simplesmente a economia colapsou. E isso foi parte do diagnóstico na campanha”, afirmou o ministro.
Veto ou não veto?
O presidente disse que tem uma “batata quente no seu colo”, que é decidir se veta ou sanciona emenda ao projeto de lei que fez a abertura do setor aéreo e que restituiu a franquia de bagagem no setor aéreo.
Segundo Bolsonaro, se ele veta, será acusado de fazer o jogo das empresas aéreas, se sanciona ajudaria o passageiro.
Depois de dar explicações didáticas de que não tem nada de graça, Bolsonaro disse que tende a vetar a bagagem gratuita, não só por essa ser uma emenda de deputado do PT, mas por entender que a bagagem estará no preço final de qualquer maneira e o que as empresas querem é que elas mesmas regulem isso.
No fim, ele se disse convencido a vetar a bagagem gratuita, mas ponderou que ainda poderia mudar de posição.
Coaf com Moro
O presidente também falou da “briga enorme” que houve em torno da medida provisória 870, que fez a reestruturação administrativa do governo, mas acabou tirando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) da alçada do ministro da Justiça, Sergio Moro.
O presidente falou, ao lado de duas parlamentares do PSL, que “não podemos ganhar tudo na Câmara e Senado”, pois se aprovar tudo o que é mandando “vira ditador”, com acontece em Cuba.
Bolsonaro disse que foi uma decisão dele pedir para os senadores não alterarem o texto que veio da Câmara e pediu para que os parlamentares do partido não sejam atacados pelo resultado da votação.
“Ninguém perdeu nada com isso. O Coaf continua com o governo ou alguém acha que o Paulo Guedes, em precisando de dados, não vai fornecer? Vai fornecer”, disse.
Ainda de acordo com Bolsonaro, se aprovassem o destaque deixando o Coaf com Moro, a MP voltaria para a Câmara e “perderíamos toda a reforma. Seria pior para nós”.