Títulos ‘verdes’ ganham espaço no mercado financeiro
Investimento pode ser feito por meio de debêntures, debêntures incentivadas (de infraestrutura), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI)

Na esteira de discussões ambientais ao redor do mundo, uma modalidade de investimento vem ganhando espaço no mercado financeiro: os títulos verdes, ou green bonds em inglês. Esses papéis são emitidos por empresas para captação de recursos destinados a financiamento de projetos com impacto ambiental positivo em diversas áreas, de reflorestamento a transporte público.
O investimento pode ser feito por meio de debêntures, debêntures incentivadas (de infraestrutura), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), por exemplo. No Brasil já foram emitidos seis títulos verdes, negociados na Bolsa de Valores, a B3, de empresas de energia, papel e celulose e da indústria química.
Durante viagem a Nova York na última semana, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que 2020 deve ser a hora de os green bonds acontecerem no Brasil. "Se caminharmos com a MP 897, que precisa ser votada e alterada, acho que temos boa chance de começar e começar grande com esses títulos, pois essa questão está sendo preparada há quatro ou cinco anos."
A medida provisória 897, a MP do Agro, publicada em outubro pelo governo, aumenta o portfólio de produtos negociados no mercado financeiro com o objetivo de bancar a produção agropecuária.
Segundo a ministra, as emissões podem chegar perto do bilhão de reais. "Muitas usinas de etanol em São Paulo estão preparadas para isso e uma delas deve fazer uma emissão de US$ 50 milhões de CRA como experiência", afirmou.
O acesso do investidor comum a esse mercado, porém, precisa ser ampliado, de acordo com Tereza Cristina. "Ainda temos alguns desafios para pessoas físicas, pois, por exemplo, não será emitido um título de R$ 10 mil."
Leia Também
Mercado em expansão
A região da América Latina e Caribe representa apenas 2% do mercado global de green bonds, mas o crescimento tem sido significativo. De 2014 a 2019, as emissões somaram US$ 12,8 bilhões, sendo que só este ano, até setembro, foram US$ 4,74 bilhões, segundo a Climate Bonds Initiative (CBI), organização que levanta informações mundiais do mercado de títulos temáticos.
O Brasil é o maior mercado da região, com participação de 42% das emissões nos últimos cinco anos - US$ 5,41 bilhões.
A forma de remuneração desses títulos não muda só porque ele é "verde". De acordo com o analista de investimentos da corretora Ativa, Ilan Arbetman, existem duas vantagens principais nos títulos: a primeira é uma maior transparência em relação à alocação do valor arrecadado; e a segunda é que as companhias que emitem esses papéis costumam ter uma governança corporativa mais forte, o que diminui o risco de perdas.
Para Arbetman, a melhor opção no mercado são as debêntures incentivadas, isentas de imposto de renda. Dos papéis negociados na B3, três são dessa modalidade: papéis da AES Tietê, com remuneração de IPCA + 4,71%; da Neoenergia, IPCA + 4,07% para prazo de 10 anos e IPCA + 4,22% para prazo de 14 anos; e da Taesa, com remuneração de IPCA + 5,5%.
Aposta
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que trabalhou com bancos da América Latina na estruturação de emissões desses papéis, aposta no avanço dos green bonds. "O investidor está entendendo que o impacto negativo de empresas no meio ambiente não é boa coisa do ponto de vista de negócio e que ele pode ganhar um bônus se (a empresa em que ele investe) fizer a coisa bem feita, com impacto socioambiental positivo", diz a especialista do BID Maria Netto.
A preocupação com a governança também ajuda o mercado. Segundo a executiva, companhias que tiveram problemas com corrupção, por exemplo, encontram nos títulos "verdes" uma possibilidade de limpar a própria imagem diante do investidor.
Em dezembro o BID lança, em fase de testes, uma plataforma digital para a América Latina onde o investidor poderá acompanhar as atividades das empresas para ter certeza de que o projeto que recebeu os recursos desses papéis se mantêm "verde". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje