Procuram-se debêntures sem Imposto de Renda

Imagine que você estivesse em um leilão de relíquias. Você não tem grana para comprar tudo, mas está de olho em alguma boa pechincha. Só que do seu lado sentam Warren Buffett, Bill Gates e Jeff Bezos, ninguém menos do que os homens mais ricos do mundo. Eles estão com apetite para comprar e vão competir com você. Difícil a sua situação, não?
É quase isso que está acontecendo na disputa pelas debêntures de infraestrutura, títulos de crédito privado que têm isenção de imposto de renda para o investidor pessoa física. Os bancos não são isentos, mas também têm incentivos tributários para investir nesses papéis. É por isso que eles estão comprando tudo e o “produto” está em falta na prateleira.
Os fundos que investem em debêntures de infraestrutura - e vendem cotas para os investidores nas corretoras - estão reclamando que faltam papéis para comprar no mercado. Há fundos fechados para captação porque não encontram debêntures para comprar. Isso significa menos investimentos sem Imposto de Renda à venda na sua corretora.
O Vinícius Pinheiro conta os detalhes do que está acontecendo nesta reportagem.
Segura que vem mais balanço
Mais um dia para conferir se os resultados do primeiro trimestre das empresas batem com o esperado por analistas.
Agora de manhã, a badalada Magazine Luiza divulgou que teve um lucro líquido de R$ 132 milhões, dentro do esperado. Os números de vendas e geração de caixa (Ebitda) continuam gordos e mostram que a empresa vai muito bem, obrigado. Um dos destaques da companhia ficou por conta do Luizacred, unidade financeira da empresa, que registrou crescimento de 26% na sua base de cartões, se comparado ao primeiro trimestre de 2018.
A Ambev também teve um lucro praticamente em linha com o esperado pelos analistas: R$ 2,7 bilhões no trimestre. O resultado é uma boa nova para a companhia, que vinha sofrendo para entregar melhores resultados, pressionada pela maior concorrência e por mudanças na dinâmica do setor de bebidas no Brasil. Segundo a empresa, o segmento de cervejas premium tem liderado o crescimento orgânico, com ganhos de participação de mercado, tendência que deve se manter nos próximos anos.
Também apresentaram seus números a BB Seguridade (holding que concentra os negócios de seguros do Banco do Brasil) e a BR Distribuidora (empresa de combustíveis operada pela Petrobras).
Acabou a mamata
Depois de uma semana em que o feriado “forçou” uma suspensão da discussão sobre a reforma da Previdência, a Comissão Especial que avalia o projeto volta a colocar a proposta nos holofotes. Hoje, o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PR-AM), e o relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), se reúnem para falar sobre o plano de trabalho. As expectativas ficam sobre o relatório de Moreira, que deve dar uma ideia da desidratação da reforma e de quanto vai sobrar do famoso R$ 1 trilhão de Guedes.
Entre olavistas e militares
O novo presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Sérgio Segóvia, destituiu diretores ligados ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Desde o início do novo governo, a Apex virou alvo de uma disputa interna entre os grupos de “olavistas” e os militares que apoiam Bolsonaro. Vale lembrar que, entre outras funções, a agência, em tese, contribui para a internacionalização das empresas brasileiras e para atrair investimentos estrangeiros para o País. Chega dessas picuinhas, não?
A Bula do Mercado: novo capítulo na guerra comercial
Clima de suspense no mercado financeiro após os Estados Unidos confirmarem a taxa sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses a partir desta sexta-feira. Mesmo com a tensão dos últimos dias entre China e EUA, investidores seguem com esperanças de que um acordo comercial seja fechado.
A rodada final de negociações está marcada para acontecer na quinta e na sexta-feira, e deve contar com a presença de representantes do alto escalão dos dois países, incluindo o vice-premiê chinês. Enquanto as conversas continuam, ativos de risco devem ficar mais voláteis. As principais bolsas da Ásia encerraram a sessão de forma mista. Os índices futuros estão no vermelho em Nova York, prejudicando o pregão na Europa.
Em Brasília, hoje é dia de retomada nos trabalhos da comissão especial sobre a reforma da Previdência. Os deputados devem analisar a proposta de cronograma enquanto o governo continua sua busca por apoio político.
Ontem, o Ibovespa fechou o dia com queda de 1,04%, aos 95.008,66 pontos. O dólar encerrou a sessão em alta de 0,48%, a R$ 3,9580. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e ótima terça-feira!
Agenda
Índices
- Anfavea divulga produção de veículos em abril
- Banco Central publica dados sobre a captação da poupança em abril
- Estados Unidos divulgam dados de emprego de março
Bancos Centrais
- Japão divulga decisão e política monetária
Balanços 1º trimestre
- No exterior: AB Inbev e AES.
- No Brasil: Ambev, Petrobras, Tim, Iguatemi, Comgás, CPFL, JHSF, Sanepar e Banco Pan.
- Teleconferência: Magazine Luiza, Unidas, BR Distribuidora, Ambev, BB Seguridade, Duratex,
Política
- Comissão especial da reforma da Previdência na Câmara faz reunião ordinária
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O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.
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Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem
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Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
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