🔴 FELIPE MIRANDA PODE AJUDAR VOCÊ A ADMINISTRAR O SEU PATRIMÔNIO POR 100 DIAS – ENTENDA COMO 

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Balanço do mês

Os melhores e piores investimentos de outubro: títulos públicos longos brilharam e dólar finalmente deu um respiro

Mês foi marcado pela aprovação da reforma da Previdência, acordos para o Brexit e para a guerra comercial e novos cortes nas taxas de juros

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
31 de outubro de 2019
19:02 - atualizado às 11:53
Pódio
Apesar de não ter subido ao pódio, Ibovespa não se saiu nada mal em outubro. - Imagem: Shutterstock

A continuidade do movimento de queda nos juros futuros fez com que os títulos públicos de longo prazo tivessem, novamente, alguns dos melhores desempenhos do mês. E depois de um tombo no mês passado, o bitcoin voltou ao pódio dos melhores investimentos em outubro.

Apesar de não ter tido um desempenho brilhante em comparação aos campeões do mês, o Ibovespa também se saiu bem, acumulando alta de 2,36% em outubro. O dólar, por sua vez, finalmente deu um alívio. A cotação à vista fechou o mês em baixa de 3,51%, a R$ 4,0092, e o dólar PTAX perdeu 3,84%. No ano, entretanto, a moeda americana ainda sobe.

O mês de outubro foi marcado por pelo menos três acontecimentos que tiveram grande impacto nos mercados financeiros: a aprovação da reforma da Previdência no Brasil, o fechamento de um acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China e a aprovação de um acordo entre Reino Unido e União Europeia para o Brexit.

Os melhores investimentos de outubro

Juro para baixo

Os títulos públicos prefixados e atrelados à inflação - notadamente os de longo prazo - mais uma vez foram beneficiados pela continuidade do movimento de queda nos juros futuros.

Por terem parte ou a totalidade de sua remuneração prefixada, esses papéis se valorizam quando os juros futuros caem. E como os títulos de longo prazo são mais voláteis, eles tendem a se mexer mais, tanto nos momentos de alta quanto nos de baixa.

Leia Também

O campeão absoluto do mês foi, para variar, o título Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal) com vencimento em 2045, com ganho de 8,52% nos últimos 30 dias. No ano, esse papel acumula valorização de mais de 70%.

Com a divulgação de dados fracos da economia americana no início do mês e a deflação registrada no Brasil em setembro, os investidores continuaram apostando as fichas em novos cortes nas taxas de juros, aqui e lá fora.

Até porque, o pano de fundo do temor da desaceleração da economia mundial, com a guerra comercial entre Estados Unidos e China, permaneceu ao longo do mês.

Além disso, aqui no Brasil a reforma da Previdência foi finalmente aprovada, tendo passado no segundo turno de votação em plenário no Senado. O fato também contribuiu para a queda nos juros, dado que reduz o risco do país.

Ontem (30), os bancos centrais do Brasil e dos EUA cortaram mais uma vez as taxas básicas de juros. Por aqui, o BC tenta estimular a atividade econômica, que ainda patina, como mostram os índices reduzidos de inflação e a alta taxa de desemprego.

Agora, a Selic caiu para a nova mínima histórica de 5,0% ao ano, reduzindo ainda mais a remuneração dos ativos de renda fixa conservadora, cuja remuneração é atrelada às taxas de juros.

Repare que, com isso, o CDI, o Tesouro Selic (LFT) - título público cuja rentabilidade é atrelada à Selic - e a caderneta de poupança - atualmente atrelada à taxa básica - aparecem entre as últimas colocações da tabela.

Ibovespa em 108 mil pontos

Mas a queda nos juros não beneficia apenas títulos de renda fixa prefixados e atrelados à inflação. Ela também favorece o desempenho dos ativos de risco, como as ações e o mercado imobiliário, pois torna a renda fixa conservadora menos atrativa.

Aqui e nos Estados Unidos, as bolsas atingiram novos recordes históricos em outubro. Mas o Ibovespa passou por fortes altos e baixos e não terminou entre os melhores investimentos do mês.

Na primeira quinzena, o principal índice da bolsa brasileira chegou a cair abaixo dos 100 mil pontos, mas na segunda metade do mês bateu uma sucessão de recordes, até atingir um novo patamar histórico de fechamento, aos 108.407,54 pontos.

Acordo comercial entre EUA e China e reveses na reforma da Previdência

O mês começou com um baita tombo do índice. Além da divulgação de dados econômicos fracos nos Estados Unidos, a reforma da Previdência sofreu uma inesperada desidratação no Senado, que reduziu a economia projetada. Além disso, a votação em segundo turno foi adiada.

Já na segunda semana, o Ibovespa chegou a perder os 100 mil pontos com novas tensões comerciais entre EUA e China. Mas depois os dois países começaram a sinalizar que chegariam a um acordo durante o encontro entre o presidente americano Donald Trump com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, que ocorreria na sexta-feira.

E foi exatamente o que aconteceu: as autoridades dos dois países finalmente fecharam uma espécie de primeira fase de um acordo, o que animou os mercados.

Por aqui, vieram boas notícias de Brasília. O Congresso fechou um acordo para a partilha dos recursos do megaleilão do pré-sal, a ser realizado em novembro, abrindo caminho para que a tramitação da reforma da Previdência tivesse continuidade.

Brexit com acordo e Previdência aprovada

A terceira semana do mês foi marcada pelo acordo entre o Reino Unido e a União Europeia para o Brexit e pela aprovação, no Senado brasileiro, das regras para a partilha dos recursos do megaleilão do pré-sal.

Atritos internos no PSL, o partido do presidente Jair Bolsonaro, foram monitorados pelo mercado, que temia que as rusgas acabassem respingando na tramitação da reforma da Previdência, o que não ocorreu.

Pelo contrário. Na semana passada, a bolsa brasileira pôde finalmente comemorar a aprovação da reforma da Previdência, levando o Ibovespa a novos recordes. Pela primeira vez, o índice passou dos 108 mil pontos durante o pregão.

O início da temporada de balanços, com resultados fortes das empresas, também contribuiu para a valorização das ações, principalmente de Petrobras e Vale. No exterior, as empresas americanas também exibiram bons resultados no terceiro trimestre.

Menos pressão sobre o dólar

A aprovação da reforma da Previdência, os dados econômicos fracos nos Estados Unidos e os prognósticos de queda de juros nos EUA - que acabaram se concretizando - contribuíram para um enfraquecimento do dólar perante o real.

A moeda, no entanto, não tem conseguido se manter abaixo de R$ 4, embora tenha furado esse patamar algumas vezes durante o mês de outubro.

O Brasil passa por um momento de fuga de dólares que impede a moeda americana de recuar, e um dos motivos é o fato de que a diferença entre as taxas de juros daqui e dos Estados Unidos diminuiu bastante.

O Eduardo Campos, que manja muito mais de câmbio do que eu, explica os motivos dessa fuga de dólares nesta matéria.

O que vem pela frente

Nesta semana, a União Europeia aprovou o adiamento da data-limite para o Brexit, de 31 de outubro para 31 de janeiro de 2020, pois o Parlamento britânico não chegou a um consenso para aprovar o acordo entre o Reino Unido e a UE a tempo.

Mas isso até que é boa notícia, pois reduz a chances de um Brexit sem acordo, o que seria mais preocupante para os mercados.

Quanto à guerra comercial, o mercado agora espera que EUA e China assinem um acordo comercial em novembro. No mês que vem também será realizado o megaleilão do pré-sal, que deve possibilitar a entrada de recursos no Brasil.

Melhores e piores ações do mês

As ações da varejista Magazine Luiza (MGLU3) tiveram a maior alta de outubro, com valorização de 20,66%. Já o pior desempenho ficou por conta dos papéis da Cogna (COGN3), antiga Kroton, com queda de 13,95%.

Melhores e piores ações de outubro

*Matéria atualizada com a correção do retorno da poupança antiga.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RANKING DO ÍNDICE

Ações do Assaí (ASAI3) despencam 14% com empresa na mira do Fisco; Yduqs (YDUQ3) salta e lidera altas do Ibovespa na semana

5 de outubro de 2024 - 17:35

Os papéis YDUQ3 repercutem os rumores de uma potencial fusão com outra empresa do setor de educação

Atendimento personalizado

Planejador financeiro certificado (CFP®): como o ‘personal do bolso’ pode te ajudar a organizar as finanças e investir melhor

5 de outubro de 2024 - 8:00

A Dinheirista conversou com Ana Leoni, CEO da Planejar, associação responsável pela certificação de planejador financeiro no Brasil; entenda como trabalha este profissional

ESPECIAL ONDE INVESTIR

Onde investir em outubro? Eletrobras (ELET6), Cyrela (CYRE3), Alianza Trust (ALZR11) e mais

4 de outubro de 2024 - 18:30

Segundo analistas da Empiricus Research, é possível investir em ativos promissores mesmo após a alta da Selic; confira a cobertura

DESTAQUES DA BOLSA

O início de um novo rali? Ações da Oncoclínicas (ONCO3) disparam mais de 10% na B3 nesta tarde

4 de outubro de 2024 - 17:28

Apesar do tom mais positivo hoje, no acumulado do ano, a companhia ainda acumula forte desvalorização na bolsa

SETOR DE SAÚDE

Dona do Ozempic vai investir mais de R$ 800 milhões no Brasil — mas não será para produção de ‘canetas do emagrecimento’

4 de outubro de 2024 - 16:30

A farmacêutica dinamarquesa vai desembolsar R$ 864 milhões para a melhoria de processos na fábrica de Minas Gerais, responsável pela produção de insulina

TURBULÊNCIA

Outra aérea em apuros: ação da Spirit Airlines cai mais de 26% em Nova York após rumores de recuperação judicial

4 de outubro de 2024 - 15:23

Low cost americana vem passando por dificuldades financeiras que se agravaram após fusão fracassada com a JetBlue; dívidas somam US$ 3,3 bilhões

EFEITO PAYROLL

Dado de emprego arrasa-quarteirão nos EUA faz bolsas subirem, mas pode não ser uma notícia tão boa assim. Como ficam os juros agora?

4 de outubro de 2024 - 12:45

A economia norte-americana abriu 254 mil vagas em setembro, bem acima das 159 mil de agosto e da previsão de 150 mil; a taxa de desemprego caiu 4,2% para 4,2% e os salários subiram

NEGÓCIO FECHADO

Dona da Serasa compra ClearSale (CLSA3) com prêmio de 23,5% sobre cotações, mas por menos da metade do valor do IPO; ações sobem forte na B3. O que acontece com os acionistas agora?

4 de outubro de 2024 - 9:28

Em meio à saída da ClearSale da bolsa após três anos desde o IPO, os investidores da companhia terão três opções de recebimento após a venda para a Experian

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo

4 de outubro de 2024 - 8:19

Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo

AÇÃO DO MÊS

Vale (VALE3) destrona Itaú e se torna a ação mais recomendada para investir em outubro. A China não é mais pedra no caminho da mineradora?

4 de outubro de 2024 - 6:37

Com resultados robustos e o otimismo em relação à China, a Vale se tornou a ação queridinha para este mês; veja o ranking com indicações de 12 corretoras

SEXTOU COM O RUY

Como achar uma boa ação? Se a empresa que você investe não tiver essa qualidade, ela corre o risco de morrer no meio do caminho

4 de outubro de 2024 - 6:01

Por menos de 9x lucros esperados para 2025, além de ser uma ótima empresa, a ação ainda guarda muito potencial de valorização

ATIVOS DO IBOVESPA

Atenção, investidor: B3 (B3SA3) lança novos índices de ações de empresas públicas e privadas; conheça

3 de outubro de 2024 - 18:32

O objetivo dos novos indicadores, que chegam ao mercado no dia 7 de outubro, é destacar as performances dos ativos que compõem o Ibovespa de forma separada

DESTAQUES DA BOLSA

Vamos (VAMO3): os três motivos por trás da queda de 11% desde o anúncio da reestruturação; ação recua na B3 hoje

3 de outubro de 2024 - 16:09

A Vamos deverá se fundir com a rede de concessionárias Automob, que também é controlada pela Simpar — e o plano de combinação das operações gerou ruídos entre investidores

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Efeito Moody´s passa e dólar sobe a R$ 5,4735; Ibovespa renova série de mínimas no dia e cai 1,38%, aos 131.671,51 pontos

3 de outubro de 2024 - 12:39

Lá fora, as bolsas em Nova York e na Europa operaram no vermelho, pressionadas pela escalada dos conflitos no Oriente Médio

Conteúdo BTG Pactual

Varejistas, imobiliárias e mais: veja as ações mais (e menos) afetadas pela alta da Selic, segundo o BTG Pactual

3 de outubro de 2024 - 9:59

Magazine Luiza, Casas Bahia e JHSF estão entre as empresas que mais podem sofrer com a alta da Selic; BTG aponta onde investir neste cenário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa

3 de outubro de 2024 - 8:09

Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje

ASSINARAM A PAPELADA

Fim do casamento: Even (EVEN3) conclui venda de participação acionária na Melnick (MELK3)

2 de outubro de 2024 - 18:48

No mês passado, após sucessivas vendas de ações, a incorporadora paulista tinha participação de cerca de 4,96% na companhia gaúcha

ENGORDANDO A CARTEIRA

Dividendos e JCP: BTG Pactual lança opção de reinvestimento automático dos proventos; saiba como funciona

2 de outubro de 2024 - 16:40

Os recursos serão reinvestidos de acordo com as recomendações do banco, sem custo para os clientes que possuem carteiras automatizadas

COMPRAR OU VENDER

Guerra no Oriente Médio: o que está em jogo agora pode mudar de vez o mercado de petróleo. Como fica a ação da Petrobras (PETR4)? A resposta não é óbvia

2 de outubro de 2024 - 15:28

A guerra ganhou novos contornos com o ataque do Irã a Israel na terça-feira (01). Especialistas acreditam que, dessa vez, o mercado não vai ignorar a implicância dos riscos geopolíticos para o petróleo; saiba se é hora de colocar os papéis da Petrobras na carteira para aproveitar esse avanço

AFUERA

Javier Milei vai extinguir a Casa da Moeda e outras cinco instituições — será o fim do peso argentino?

2 de outubro de 2024 - 13:01

Além da Casa da Moeda, o governo argentino pretende fechar outros “quatro ou cinco” órgãos públicos, mas não deu maiores detalhes sobre quais seriam

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar