Bolsonaro e Dilma, uma semelhança preocupante
Veja os destaques do Seu Dinheiro nesta manhã
Antes que os leitores de direita ou esquerda me enviem e-mails indignados pela comparação acima, um aviso: a frase não é minha. É de Tony Volpon, economista-chefe do banco UBS no Brasil, na entrevista exclusiva que ele concedeu ao repórter Eduardo Campos. Mas ele tem um bom ponto - e, sim, a semelhança é preocupante.
No segundo mandato, Dilma comprou briga com o Congresso e achou que conseguiria governar sem ele, com um discurso voltado à esquerda. De volta ao presente, o clima entre o governo de Jair Bolsonaro e o Congresso esquentou nas últimas semanas. O temor dos mercados é que ele faça o mesmo que Dilma: se feche e tente governar falando (ou tuitando) apenas para seu público fiel (a direita, no caso).
Volpon apontou outra coincidência entre os governos Dilma 2 e Bolsonaro: a China. A crise política de Dilma coincidiu com uma temporada de desvalorização expressiva do yuan no segundo semestre de 2015. Estamos vendo esse filme de novo. O resultado, na visão do economista do UBS, é a seguinte equação:
crise política + desvalorização do yuan = game over para o Brasil
Então só nos resta sentar, chorar, assistir o dólar chegar a R$ 4,50 e o país mergulhar em nova recessão? Não necessariamente… Bolsonaro tem uma escolha a fazer. Ele ainda pode redefinir sua estratégia e tentar uma conciliação com o Congresso.
Se isso não acontecer, podemos ter um governo tutelado, com Bolsonaro isolado e o Congresso assumindo uma agenda própria, em uma espécie de “parlamentarismo branco”. O Eduardo Campos explica esse cenário nesta reportagem.
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Estamos em maio e ainda temos (ao menos na teoria) 3 anos e meio de governo pela frente. Muita água vai rolar na política brasileira - e respingar na economia e nas suas finanças.
Se você está se sentindo órfão com o fim da série Game of Thrones, fica a dica de um novo passatempo: acompanhe o noticiário nacional. O que não faltará em Brasília nos próximos meses são intrigas e disputas de poder.

Qual reforma?
No meio do impasse político, há dúvidas se a proposta da reforma da Previdência seguirá adiante. Na sexta, o presidente da Comissão Especial que analisa a reforma, Marcelo Ramos (PR-AM), disse que um grupo de deputados pretendia apresentar um texto alternativo.
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo, veio a público para tentar desfazer o rumor de que uma proposta alternativa à do governo ganhasse força. O clima agora é de incerteza sobre os rumos da reforma.
Um Guedes à esquerda

Uma pausa para uma curiosidade. Você sabia que Paulo Guedes, o super ministro da Economia e um defensor da agenda liberal tem um homônimo no Partido dos Trabalhadores (PT)? O Guedes de esquerda é deputado federal e atua há quase 30 anos na política. Hoje sua principal agenda é justamente combater as ideias do xará, especialmente a reforma da Previdência. Leia a entrevista exclusiva do repórter Kaype Abreu com o Paulo Guedes do PT.
Conseguiu piorar mais…
A confiança na capacidade de crescimento da economia brasileira continua ladeira abaixo. A projeção agora é uma alta de 1,24% no PIB do país em 2019, contra 1,45% na semana passada, a 12ª queda consecutiva. Os números são do boletim Focus, publicação semanal do Banco Central que reúne estimativas de economistas.
A conta bate?
A NuConta, conta de pagamentos do Nubank, se tornou uma das febres do universo das fintechs. Mas desde que foi lançada clientes desconfiados têm se perguntado se é verdade mesmo que o rendimento dela supera o da poupança e equivale a 100% do CDI. A Julia Wiltgen fez as contas e você pode conferir o resultado aqui.
A Bula do Mercado: ameaça de caos

A semana começa com suspense no mercado financeiro e muito vaivém em Brasília. Qual será a proposta da Previdência levada adiante pelo Congresso? Haverá um acordo comercial entre Estados Unidos e China?
Durante o fim de semana, a discussão sobre um texto alternativo para a Previdência movimentou o noticiário político. Sem um consenso entre Executivo e Legislativo, a tendência é que o avanço da pauta demore ainda mais. O impasse aumenta a insegurança dos investidores.
No exterior, o mercado internacional está se acostumando com a ideia de uma guerra comercial longa. A China parece estar cada vez menos interessada em um acordo com Washington, e as negociações devem ficar suspensas até o encontro de Donald Trump e Xi Jinping, durante a reunião do G-20.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou o dia com baixa de 0,04%, aos 89.992,73 pontos, acumulando uma queda de 4,52% na semana. O dólar encerrou a sessão com alta de 1,6%, a R$ 4,1002, um avanço de 4,56% na semana. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Agenda
Índices
- Às 8h, FGV divulga segunda prévia do IGP-M de maio
- EUA/Fed Chicago: Índice de atividade nacional de abril, às 9h30
- CNI: Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de maio, às 10h
- MDIC: balança comercial (semanal), às 15h
Bancos Centrais
- Banco Central divulga Boletim Focus, às 8h25
- BC faz leilão de swap cambial para rolagem de vencimentos de julho. Resultado a partir das 11h50
Política
- EUA: presidente Donald Trump realiza comício em Montoursville, Pensilvânia, às 20h
- EUA: Presidente do Fed, Jerome Powell, e presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, discursam às 20h
Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos
Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
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