🔴 EVENTO GRATUITO: COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Dólar estável

Num dia preguiçoso, o Ibovespa aproveitou para subir e retomar os 98 mil pontos

Sem grandes novidades no noticiário ou dados econômicos de maior relevância, o Ibovespa e as bolsas americanas fecharam no campo positivo e recuperaram parte das perdas recentes

Victor Aguiar
Victor Aguiar
28 de agosto de 2019
10:35 - atualizado às 14:34
Bicho preguiça
O Ibovespa e os mercados globais tiveram um dia lento - Imagem: Shutterstock

Como todos os dias, o Ibovespa e os mercados financeiros levantaram da cama, espreguiçaram e deram uma olhada nos jornais — é sempre bom saber se algo de relevante aconteceu no cenário político-econômico global durante a madrugada. Mas as manchetes não traziam grandes emoções nesta quarta-feira (28).

"Bom, melhor isso do que ver a guerra comercial piorando novamente", pensaram os mercados, enquanto preparavam um café. Hora, então, de prestar atenção à agenda de dados econômicos, já que algum indicador relevante deve mexer com as negociações hoje, certo?

Errado. Nenhuma informação relevante sobre a atividade econômica, nenhum índice de inflação: nada de muito importante foi reportado nesta quarta-feira em termos de dados, tanto no Brasil quanto no exterior.

Neste momento, os mercados deram um bocejo: começava a ficar claro que o dia seria... vagaroso. Talvez o cenário local serviria para movimentar os ativos por aqui. Só que, assim como todo o restante, o noticiário doméstico também trouxe poucas novidades.

Já deu para entender o recado: a quarta-feira foi um dia preguiçoso nos mercados financeiros. Em meio à ausência e fatores para direcionar as negociações, o Ibovespa e as bolsas americanas aproveitaram para recuperar parte das perdas recentes e fecharam em alta. "Bom, melhor isso do que ver a guerra comercial piorando novamente".

Mas, em linhas gerais, o pano de fundo segue o mesmo: as incertezas ligadas aos atritos entre Estados Unidos e China seguem elevadas — e os possíveis impactos dessas disputas sobre a economia global — continuam trazendo preocupação aos agentes financeiros.

Mas, ao menos nesta quinta-feira, as bolsas aproveitaram o clima menos tenso para ganhar força: por aqui, o Ibovespa fechou em alta de 0,94%, aos 98.193,53 pontos; em Nova York, o Dow Jones avançou 1,00%, o S&P 500 teve ganho de 0,65% e o Nasdaq subiu 0,38%.

Vale ressaltar, contudo, que o Ibovespa teve um giro financeiro bastante fraco: ao longo da sessão, foram movimentados pouco mais de R$ 13,5 bilhões — o menor volume diário desde 22 de julho. Trata-se de um termômetro da falta de ânimo dos agentes financeiros nesta quarta-feira parada.

O dólar à vista até teve um dia mais movimentado, mas terminou muito perto do zero a zero: ao fim do dia, a moeda americana teve leve alta de 0,01%, a R$ 4,1580. De qualquer jeito, essa é quinta sessão consecutiva de ganhos da divisa em relação ao real.

Nada de novo no front

Analistas e operadores ponderaram que a ausência de novos fatores de pressão deixaram os mercados acionários mais à vontade para recuperar parte do terreno perdido. No entanto, o pano de fundo segue o mesmo: as negociações entre EUA e China não tem mostrado evoluções positivas, o que mantém os agentes financeiros num estado constante de tensão.

Para Leonardo Costa, sócio da DNAInvest, a inversão da curva de juros nos Estados Unidos é um sinal preocupante — o aumento na demanda pelos títulos do governo americano de prazo mais longo indica que os investidores estão receosos quanto às perspectivas econômicas no curto prazo.

"Se há uma sinalização [de que uma recessão pode estar por vir], é essa", diz Costa. Ele ainda ressalta que, embora o noticiário político-econômico não tenha se deteriorado nos últimos dias, tampouco há sinais de alívio mais expressivo no front da guerra comercial. "O mercado está cansado dessas idas e vindas nas negociações".

No front doméstico, os agentes financeiros acompanham a tramitação da reforma da Previdência no Senado. O relator do texto, senador Tasso Jereissati, propôs a retirada de uma mudança no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e de uma alteração em aposentadorias especiais.

Apesar de o noticiário doméstico ficar em segundo plano em relação às tensões globais, um analista pondera que a questão da Previdência pode mexer com o humor do Ibovespa e dos mercados locais, especialmente caso o texto passe a incluir aumentos de impostos para cobrir eventuais desidratações.

"Não será um bom sinal caso as economias que o Estado tenha que fazer diminuam mais", diz o analista. "Não dá para incluir aumento de receita no relatório, há uma certa preocupação com essa possibilidade".

Movimentações no dólar

No mercado de câmbio, o dólar à vista teve uma sessão mais agitada: ao longo do dia, a moeda americana oscilou entre os R$ 4,1315 (-0,63%) e os R$ 4,1675 (+0,24%). Essas movimentações ocorreram em meio à atuação do Banco Central (BC), que tem usado diversas ferramentas para conter a disparada na moeda americana — incluindo um leilão surpresa no segmento à vista de dólar na terça-feira (27).

Na primeira metade do pregão, a autoridade monetária fez quatro operações no mercado de câmbio: colocou US$ 25 milhões dos US$ 550 milhões disponíveis no leilão previamente agendado no mercado à vista — essa transação é conjugada com a oferta de swaps reversos — e, posteriormente, ofertou os US$ 525 milhões restantes via swaps tradicionais.

Além disso, o BC também promoveu a rolagem de linhas com compromisso de recompra — uma espécie de empréstimo das reservas internacionais — no montante de US$ 1,5 bilhão. Todas essas operações, no entanto, foram previamente anunciadas pela instituição.

Assim, a sessão desta quarta-feira não contou — pelo menos até agora — com leilões surpresa, semelhantes ao de ontem. Mas, de qualquer jeito, as indicações de que o BC está atento às oscilações cambiais e disposto a usar quaisquer ferramentas para evitar disfuncionalidades no mercado é suficiente para acalmar os ânimos no dólar.

"O mercado parece estar testando o BC", comenda Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso, ressaltando que, mesmo após todas essas atuações da autoridade monetária, o dólar segue na faixa de R$ 4,15 ou R$ 4,16, nível bastante elevado e próximo das máximas históricas, em termos nominais.

De qualquer maneira, as movimentações do BC fazem com que o real vá na contramão das demais moedas emergentes, que perdem força em relação ao dólar nesta quarta-feira — divisas como o peso mexicano, o rublo russo e o rand sul-africano tem um novo dia de desvalorização.

Juros seguem em alta

Já a curva de juros teve mais uma sessão de alta, dando continuidade ao movimento dos últimos dois dias. Na ponta curta, os DIs com vencimento em janeiro de 2021 subiram de 5,57% para 5,64%; na longa, as curvas para janeiro de 2023 avançaram de 6,66% para 6,75%, e as com vencimento em janeiro de 2025 foram de 7,14% para 7,26%.

Galhardo pondera que a recente escalada no dólar e as atuações do BC no câmbio fazem com que os agentes financeiros recalibrem suas apostas em relação ao ciclo de cortes na Selic. "Para que o Banco Central consiga derrubar os juros, é preciso que não haja pressão inflacionária e o dólar fique estável, mas não num patamar tão alto".

Nesse contexto, parte do mercado já começa a fazer apostas mais conservadoras em relação à próxima reunião do Copom, em setembro: a possibilidade de um corte mais moderado na Selic no mês que vem, de 0,25 ponto, ganha força entre os agentes financeiros.

Petrobras avança

As ações da Petrobras apareceram no campo positivo nesta quarta-feira e deram força ao Ibovespa, pegando carona no fortalecimento do petróleo no exterior, tanto o Brent (+1,52%) quanto o WTI (+1,55%). Nesse cenário, as ações PN da estatal (PETR4) subiram 1,03% e as ONs (PETR3) tiveram ganhos de 0,71%.

Os papéis da Vale e das siderúrgicas também avançaram e contribuíram para dar força ao índice. Apesar das preocupações em relação à China, os ativos desse setor encontram espaço para se recuperar, em meio às perdas expressivas acumuladas desde o início do mês.

Vale ON (VALE3), por exemplo, subiu 0,46%; entre as siderúrgicas, CSN ON (CSNA3) e Gerdau PN (GGBR4) avançaram 0,45% e 1,19%, respectivamente.

Enquanto isso, em Minas Gerais...

O governador do estado, Romeu Zema, afirmou que as privatizações da Cemig, da Copasa e da Gasmig devem ficar para o segundo semestre do ano que vem, ou até para 2021. E os papéis dessas empresas não reagiram bem às declarações.

As ações PN da Cemig (CMIG4) caíram 3,04% e tiveram o pior desempenho do Ibovespa. Fora do índice, Copasa ON (CSMG3) recuou 0,95%.

Compartilhe

Engordando os proventos

Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA

14 de setembro de 2022 - 13:22

Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista

OPA a preço atrativo

Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?

12 de setembro de 2022 - 13:09

O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

NOVO ACIONISTA

Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)

9 de setembro de 2022 - 11:01

Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%

Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar