🔴 SD EXPLICA: COMO GARANTIR 1% AO MÊS NA RENDA FIXA ANTES QUE A SELIC CAIA – VEJA AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Segunda-feira movimentada

Petróleo dispara, Petrobras sobe forte e Ibovespa fecha em leve alta, apesar da cautela no exterior

Ataques às refinarias da Aramco na Arábia Saudita elevaram a aversão ao risco no mundo e fizeram os preços do petróleo disparar. No entanto, o preço mais alto da commodity impulsionou as ações da Petrobras, compensando a cautela vista lá fora e fazendo o Ibovespa fechar no campo positivo.

Victor Aguiar
Victor Aguiar
16 de setembro de 2019
10:36 - atualizado às 10:56
Combustível Petrobras
O petróleo foi a estrela dos mercados financeiros nesta segunda-feira (16) - Imagem: Shutterstock

Um assunto dominou as mesas de operação nesta segunda-feira (16): o ataque a duas refinarias de petróleo na Arábia Saudita, neste fim de semana. Dada a importância dos sauditas para a produção da commodity, o ocorrido causou um furor no mercado — e, consequentemente, mexeu com o Ibovespa e as bolsas globais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desde o início do dia, as negociações foram pautadas por uma linha de raciocínio que envolve causa e consequência. A causa foi a incerteza quanto ao que pode ocorrer com a produção global de petróleo após os ataques às instalações da Saudi Aramco. A consequência foi a disparada nos preços da commodity e a maior aversão global ao risco.

Só que essas duas consequências criaram vetores opostos para os mercados acionários: por um lado, a menor propensão ao risco exerceu uma pressão de queda nas ações globais, com os investidores optando por uma abordagem mais cautelosa. Por outro, a escalada das cotações da commodity deu força às ações das petroleiras — por aqui, a Petrobras foi a maior beneficiada.

Como resultado, o Ibovespa passou a sessão sem se afastar muito do zero a zero, oscilando entre os campos positivo e negativo: na mínima, o índice tocou os 102.782,33 pontos (-0,69%) e, na máxima, bateu os 104.004,61 pontos (+0,49%). Ao fim do pregão, registrou leve alta de 0,17%, aos 103.680,41 pontos.

Nos Estados Unidos, as bolsas também não tiveram perdas expressivas, auxiliadas pelo desempenho positivo das ações das petroleiras. Contudo, os mercados de Nova York não conseguiram sair do vermelho: o Dow Jones fechou em baixa de  0,52%, o S&P 500 recuou 0,31% e o Nasdaq teve perda de 0,28%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para entender melhor a dinâmica das operações nesta segunda-feira, é preciso voltar aos acontecimentos do fim de semana e as consequências dos ataques às refinarias da Aramco para os mercados financeiros.

Leia Também

Disrupção

Um ataque aéreo a duas refinarias da Saudi Aramco pegou os agentes financeiros de surpresa. Rebeldes houthis que combatem a intervenção saudita no Iêmen reivindicaram a autoria da ação, mas os Estados Unidos e o governo de Riad acusam o governo iraniano de estar por trás do ocorrido.

Independente de quem é o responsável, fato é que o ataque causou danos extensos às refinarias de Abqaiq e Khurais, dois dos principais pólos da Aramco. De acordo com fontes ouvidas pela Dow Jones, as ações implicam numa perda imediata de cerca de 5 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), o que equivale a cerca de 5% da produção mundial.

Em meio às incertezas quanto à autoria dos ataques, aos impactos reais à cadeia do petróleo e à possibilidade de uma escalada nas tensões no Oriente Médio, os agentes financeiros optaram por assumir uma postura mais cautelosa — vale lembrar, ainda, que o Federal Reserve (Fed) e o Copom divulgam suas decisões de juros na quarta (18).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa prudência se traduziu numa maior aversão ao risco, o que derrubou as bolsas americanas. O impacto mais significativo para os mercados financeiros, no entanto, foi visto nas negociações de commodities: o petróleo Brent disparou 14,61% e o WTI subiu 14,67%, em função da perspectiva de menor oferta global do produto.

O Ibovespa e os índices americanos só não foram mais afetados pela aversão mundial ao risco porque, com a disparada da commodity, as ações das petroleiras terminaram em alta nesta segunda-feira. Por aqui, os papéis PN da Petrobras (PETR4) avançaram 4,39%, enquanto os ONs (PETR3) tiveram alta de 4,52%.

Nos Estados Unidos, a Exxon Mobil subiu 1,50% e a Chevron teve ganhos de 2,16%. Na Europa, Shell e BP fecharam em alta de 1,89% e 4,00%, respectivamente.

Analistas e operadores ressaltam, no entanto, que há dúvidas quanto à capacidade de a Petrobras repassar o aumento nos preços do petróleo. No passado recente, altas no valor dos combustíveis provocaram reações negativas por parte da sociedade e culminaram em greves do setor de caminhoneiros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, a disparada da commodity foi considerada benéfica para a estatal num primeiro momento — o que justifica os ganhos das ações —, mas, num segundo instante, é preciso ter mais clareza quanto à política de preços da companhia.

Dólar de lado

Por aqui, o dólar à vista abriu a sessão também sentindo os efeitos da maior aversão ao risco no exterior: mais cedo, a moeda americana chegou a subir 0,49%, a R$ 4,1064. No entanto, a divisa foi perdendo força ao longo do dia, chegando a cair 0,24%, a R$ 4,0765 — ao fim da sessão, teve leve alta de 0,07%, a R$ 4,0893.

O movimento visto no mercado local de câmbio destoou do restante do mundo. Lá fora, o dólar ganhou terreno com firmeza em relação às divisas fortes e às moedas de países emergentes, como o rublo russo, o peso chileno e o rand sul-africano, em meio ao tom mais cauteloso assumido pelos agentes financeiros nesta segunda-feira.

Juros em baixa

O tom foi negativo em toda a extensão da curva de juros. Por aqui, há a expectativa de que o Copom dê continuidade ao processo de cortes na Selic, promovendo mais um ajuste negativo de 0,5 ponto na reunião desta quarta-feira — com isso, a taxa básica de juros chegará a um novo piso histórico, de 5,5% ao ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesse cenário, os DIs com vencimento em janeiro de 2020 caíram de 5,26% para 5,22%, e as para janeiro de 2021 recuaram de 5,37% para 5,27%; na ponta longa, as curvas de juros com vencimento em janeiro de 2023 foram de 6,49% para 6,38%, e as para janeiro de 2025 terminaram em queda de 7,07% para 6,97%.

Aéreas sofrem

A forte alta no petróleo penalizou as ações das companhias aéreas: Gol PN (GOLL4) despencou 7,77% e Azul PN (AZUL4) recuou 8,45% — os piores desempenhos do Ibovespa —, uma vez que os preços mais elevados da commodity implicam que os gastos das aéreas com combustível de aviação serão maiores.

Conversas, parte I

O destaque positivo do Ibovespa nesta segunda-feira ficou com Cielo ON (CIEL3), que disparou 6,02%. Os papéis reagiram à notícia, publicada pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, de que a Stone estaria em negociações para uma possível união com a companhia. O próprio colunista ressalta, no entanto, que as conversas entre as partes esfriaram nos últimos dias.

Conversas, parte II

Uma segunda notícia envolvendo fusões e aquisições movimentou o mercado brasileiro: de acordo com o jornal espanhol El Confidencial, a Telefónica estaria de olho na aquisição da Oi — segundo fontes ouvidas pela publicação, a empresa espanhola chegou a procurar o Morgan Stanley para assessorar a operação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como resultado, Telefônica Brasil PN (VIVT4) subiu 1,33%; fora do Ibovespa, Oi ON (OIBR3) teve alta de 1,97%, e Oi PN (OIBR4) avançou 1,90%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar