🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

Pilares de Bolsonaro no eixo do Centrão – apesar das ruas

Maia e Alcolumbre são filiados ao DEM e exercem dois dos mais altos cargos da República; nesta semana, eles terão em suas mãos os pilares do governo Bolsonaro

27 de maio de 2019
10:47 - atualizado às 14:21
O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e Senado, Davi Alcolumbre - Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sete anos e uma semana os separam na idade, mas eles não chegaram aos 50. Ambos têm nomes longos, liderança, ambição e brigam com a balança. O primeiro está na política há 21 anos, o segundo há 18. Rodrigo Felinto Ibarra Epitácio Maia e Davi Samuel Alcolumbre Tolebem são filiados ao Democratas (DEM) – partido eixo do Centrão – e exercem dois dos mais altos cargos da República. Maia preside a Câmara, Alcolumbre o Senado. Nesta semana, eles terão em suas mãos os pilares do governo Bolsonaro. A agenda está dada e pede urgência. A despeito das ruas e das manifestações deste domingo.

Na terça-feira (28), Alcolumbre preside a sessão do Plenário do Senado que votará a Medida Provisória 870 da reforma administrativa. Se essa MP não for aprovada até a sexta, levará ao desmonte de parte do ministério, mas sobretudo das pastas-chave do atual governo: Ministério da Economia e Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O Ministério da Economia agregou as pastas da Fazenda, Planejamento, Indústria e Trabalho. O Ministério da Justiça agregou a Segurança Pública.

E a questão nevrálgica da reforma administrativa é parte desse troca-troca. A MP originalmente transferiu o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) da pasta da Economia para a Justiça. Contudo, a comissão especial do Senado devolveu o Coaf para a Economia sob protestos de parte dos políticos e contrariando a preferência do presidente Jair Bolsonaro.

A Câmara, embora com placar apertado, chancelou a “devolução” do Coaf que o governo, provavelmente com destaque a ser apresentado na votação em Plenário, na terça, tentará desfazer. E é exatamente aqui – no risco de mais uma decisão ser subordinada à Câmara para nova votação – que mora a possibilidade de a MP 870 expirar em 3 de junho, desmontando os pilares do governo.

As reformas administrativa e previdenciária são indissociáveis se avaliadas pela representatividade dos ministros envolvidos diretamente com a evolução das votações: Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Paulo Guedes (Economia).

Leia Também

Ambos são vistos como fiadores do governo Bolsonaro. Enquanto Moro representa o combate à corrupção e tem forte apelo à sociedade no todo, Guedes é unanimidade no mercado financeiro como o economista capaz de oxigenar a política econômica brasileira em função do seu perfil liberal.

Nos últimos 15 dias, porém, as relações entre os dois ministros e o presidente da República azedaram e explicaram maior volatilidade dos ativos financeiros.

A revelação feita por Bolsonaro de que teria o compromisso de indicar Moro à próxima vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) jogou os holofotes sobre o juiz. Maiores repercussões foram contidas porque Sergio Moro saiu de cena nos últimos dias e contrariado por ter “perdido” o Coaf – órgão fundamental às investigações da Lava Jato e da qual Moro é o principal representante.

A .Map - Mapeamento, Análise e Pesquisa informou ao Seu Dinheiro que a aprovação a Sergio Moro teve leve alta em maio, para 46%. A possível ida do ministro para a futura vaga do Supremo Tribunal Federal, repercutiu pouco nas redes sociais. Em contraponto, nas manifestações nas redes sociais sobressai o apoio para que o Coaf permaneça no Ministério da Justiça”, explica Marilia Stabile, diretora geral da consultoria.

Comparação na ponta da língua

Na última sexta-feira (24), o ministro Paulo Guedes (Economia) ganhou os holofotes ao indicar à revista Veja que sairia do governo caso a reforma da Previdência trouxesse economia inferior a R$ 800 milhões. Edu Campos relata que a declaração de Guedes não teve tom de ameaça.

Mas, em reação às declarações do ministro, Bolsonaro disse “ninguém é obrigado a continuar como ministro meu”. O presidente acrescentou, porém, que Paulo Guedes está vendo uma catástrofe se a reforma não for aprovada muito próxima à enviada ao parlamento. “E concordo com ele”, disse.

“A reforma da Previdência, que tinha presença residual nas redes sociais na gestão passada, se firma no debate do brasileiro. Bate recorde de apoio em abril, de 62%, percentual que recua para 43% em maio”, informa Marilia, da .Map.

Ela pondera que o menor apoio à reforma neste mês reflete a maior participação neste debate de políticos de oposição e de influenciadores alinhados à esquerda. “Entre o público geral que se mostra crítico às propostas, ganha força análises que comparam que, assim como a Reforma Trabalhista de Temer não gerou empregos e que a cobrança de bagagens não reduziu o preço das passagens aéreas, a Reforma da Previdência não resolverá os problemas da economia do País.”

Embora o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Felipe Francischini (PSL-PR) tenha colocado a proposta de reforma tributária à votação e ela tenha tido sua admissibilidade aprovada – seguindo para a comissão especial --, ela ainda não ganhou relevância nos debates nas redes sociais.

Política lidera debates

“Quando observamos apenas as reformas, a da Previdência é a que mais chama atenção. As demais reformas praticamente não aparecem. No conjunto dos temas analisados, Contexto Político lidera. Nesta categoria estão incluídos o Governo Bolsonaro (manifestações de apoio ou reprovação que não aprofundam em alguma área, ou seja, não argumentam), Corrupção e Intervenção Militar. Educação é o segundo tema de maior mobilização nas redes em maio”, conclui a diretor geral da .Map.

A agência de pesquisa é proprietária do IP Brasil Opinião, um indicador desenvolvido para traduzir as opiniões da sociedade sobre a agenda nacional em três subdivisões: Política, Economia e Bem-Estar. A base de apuração corresponde a 1,2 milhão de posts diários de formadores de opinião e opinião pública.

Monitoramento realizado pela .Map para o Seu Dinheiro, na sexta-feira, mostrou que a decisão do presidente de não comparecer aos atos marcados para o domingo levaram a um recuo da discussão sobre as manifestações e a um aumento de posicionamentos críticos.

Na semana, porém, o apoio às manifestações nas redes chegou a 92%, segundo a agência de pesquisa.

“As manifestações tornaram-se o segundo assunto mais discutido da semana nas redes sociais, com 9% do total de debates. Perderam apenas para postagens genéricas sobre governo Bolsonaro, que não tratavam de áreas ou políticas específicas da atual gestão.”

A análise da .MAP mostra também que partidos de oposição e militância de esquerda optaram por não entrar nesta discussão. As postagens críticas refletem questionamentos sobre a falta de clareza da pauta das manifestações e o desconforto, por parte dos próprios apoiadores do governo, em relação à convocação.

“Pelo lado positivo, além da convocação às ruas, as manifestações surgem como pano de fundo para posts que expõem apoio à reforma da Previdência, à Reforma Administrativa e à permanência do Coaf no Ministério da Justiça.”

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FOCO NO CENTRO

Com Lula ou Bolsonaro na Presidência, o próximo Congresso será de centro-direita e reformista, diz Arthur Lira

10 de maio de 2022 - 15:04

Em evento em Nova York, presidente da Câmara volta a defender a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e as reformas no país

ATÉ 2023

Alívio no bolso vem aí? Conheça a PEC que pode zerar impostos sobre combustíveis e gás

3 de fevereiro de 2022 - 20:42

A matéria dispensa o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige que o governo compense a perda de arrecadação ao cortar impostos com a elevação de outros

RAIO-X DO ORÇAMENTO

Fundo eleitoral, emendas do relator e reajuste dos servidores: 3 pontos do Orçamento para 2022 que mexem com a bolsa esta semana

22 de janeiro de 2022 - 14:45

Entre emendas parlamentares superavitárias e reajuste dos policiais federais, o Orçamento deve ser publicado no Diário Oficial na segunda-feira (24)

PEC DOS COMBUSTÍVEIS

Tesouro pode perder até R$ 240 bilhões com PEC dos Combustíveis e inflação pode ir para 1% — mas gasolina ficará só R$ 0,20 mais barata; confira análise

22 de janeiro de 2022 - 10:58

Se todos os estados aderirem à desoneração, a perda seria de cifras bilionárias aos cofres públicos, de acordo com a XP Investimentos

DE OLHO NAS DÍVIDAS JUDICIAIS

Além do furo no teto: como a PEC dos precatórios afeta os credores, mas abre uma grande oportunidade de investimento

20 de janeiro de 2022 - 7:03

Com a regra fiscal ameaçada, o motivo inicial para a criação da emenda acabou sendo relegado a segundo plano, mas seus desdobramentos podem beneficiar os investimentos alternativos

FICOU PRA HOJE

Por precaução, presidente da Câmara adia votação em 2º turno da PEC dos Precatórios

15 de dezembro de 2021 - 6:18

Depois da aprovação em 1º turno, ontem à noite, governistas temiam falta de quorum; Lira deixou votação para hoje

VAI OU NÃO VAI?

Câmara resiste a mudanças propostas pelo Senado na PEC dos precatórios; entenda o impasse

13 de dezembro de 2021 - 19:23

Parte da PEC já foi promulgada na semana passada, incluindo a alteração no cálculo da regra que atrela o crescimento das despesas à inflação

GÁS NA TRAMITAÇÃO

Projeto de lei pode conter alta dos combustíveis, mas precisa ser aprovado ainda este ano, defende relator

8 de dezembro de 2021 - 16:05

A medida, que cria um programa de estabilização do valor do petróleo e derivados, foi a forma encontrada para amenizar a alta dos preços sem interferir na política da Petrobras

Congresso

Se Arthur Lira quiser, PEC dos Precatórios será aprovada ainda este ano, diz líder do Novo

6 de dezembro de 2021 - 15:56

Deputado Paulo Ganime defende que PEC tramite como novo texto, mas presidente da Câmara sinalizou que vai fatiar proposta

PROMESSA DESCUMPRIDA

Reforma administrativa não sai antes das eleições, admite relator da proposta na Câmara

5 de dezembro de 2021 - 18:01

O deputado Arthur Maia afirmou que faltou empenho do executivo para garantir que o texto fosse aprovado no Congresso

INVESTIDORES ATENTOS

4 fatos que mexem com o Ibovespa na próxima semana — incluindo Copom e IPO do Nubank

5 de dezembro de 2021 - 14:18

O principal índice acionário brasileiro terá um calendário cheio de eventos e dados econômicos para digerir ao longo dos próximos dias

Correria no Congresso

Governo quer esperar, mas presidente do Senado estuda votar PEC dos precatórios ainda hoje

30 de novembro de 2021 - 19:25

O governo acredita já ter os votos necessários para aprovar a proposta, mas esperava garantir uma margem maior antes da votação

Adeus ano velho

Ano novo, impostos velhos! Reforma do IR fica para 2022, confirma presidente do Senado

29 de novembro de 2021 - 19:28

O governo Bolsonaro pressionava pela aprovação da proposta para financiar o Auxílio Brasil, mas não conseguiu apoio na Casa

NEGOCIAÇÃO NO CONGRESSO

PEC dos precatórios tornará Auxílio Brasil permanente; Bolsonaro espera que o Senado aprove o texto na próxima semana

23 de novembro de 2021 - 20:19

O governo ainda busca votos para aprovar o texto sem mexer em dois pontos centrais: o limite para pagamento de precatórios e a mudança no cálculo do teto de gastos

FORÇANDO O TETO

Bolsonaro prometeu, mas Lira diz que não há espaço para reajuste a servidores com PEC dos Precatórios

18 de novembro de 2021 - 19:49

A PEC abre um espaço de R$ 90 bilhões no Orçamento, mas cálculos da Economia apontam outras despesas como destinatárias da folga

Ruídos de Brasília

Projeções para a economia são revisadas para pior e falas de Jair Bolsonaro desagradam senadores que negociam PEC dos Precatórios: veja o que movimenta Brasília hoje

17 de novembro de 2021 - 13:29

A PEC dos precatórios pode abrir espaço no Orçamento de 2022, mas o risco fiscal gerado pelos debates em torno da proposta fizeram o governo reajustar as projeções

Crédito especial

Com remanejamento no Orçamento, Congresso garante verba R$ 9,36 bilhões para Auxílio Brasil

11 de novembro de 2021 - 17:54

O montante, originalmente previsto para o finado Bolsa Família, garantirá um reajuste de quase de 18% no novo programa social

MAIS VOTOS

PDT pula do barco, mas PEC dos Precatórios passa em 2º turno na Câmara mesmo assim

10 de novembro de 2021 - 6:05

Apesar da mudança de posição pedetista, governo conseguiu 11 votos a mais do que no primeiro turno para passar a PEC com a qual pretende viabilizar o Auxílio Brasil

VOTAÇÃO TENSA

Plenário mantém mudança no teto de gastos, mas derruba alteração na regra de ouro; confira outros destaques da PEC dos precatórios

9 de novembro de 2021 - 18:42

O próprio presidente da Câmara, Arthur Lira, que tem a prerrogativa do cargo de não ser obrigado a votar, pressionou o ‘sim’ para ajudar o governo na mudança

SEM DATAS NO HORIZONTE

Privatização dos Correios estacionou? Relator altera parecer, mas votação em comissão do Senado é adiada

9 de novembro de 2021 - 14:09

A versão mais recente do texto aumenta a garantia contra o fechamento de agências em áreas remotas da Amazônia Legal

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar