Fundos imobiliários e ações já têm captação recorde em 2019
Volumes captados por fundos imobiliários e ofertas de ações até novembro deste ano já são os maiores das suas séries históricas, segundo dados da Anbima
O ano ainda não acabou, mas os fundos imobiliários e as ofertas de ações já bateram seus recordes históricos de captação.
Entre janeiro e novembro de 2019, foram emitidos R$ 78,3 bilhões em ações, maior volume da série histórica iniciada em 2002. O recorde anterior foi registrado em 2007, quando foram captados R$ 75,5 bilhões em ofertas de ações.
Já a captação dos fundos imobiliários ficou em R$ 32,5 bilhões, maior volume da série histórica iniciada em 2013. Mais do que isso: é praticamente o dobro do recorde anterior, registrado no ano passado, que foi de R$ 15,6 bilhões.
Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) na semana passada.
Em outubro, a entidade havia divulgado que a captação em ofertas públicas entre janeiro e setembro de 2019 já superava a de todo o ano passado, constituindo um novo recorde histórico.
Entre janeiro e novembro, o mercado de capitais brasileiro captou R$ 440,8 bilhões em ofertas públicas de ações, renda fixa, fundos imobiliários e também no mercado externo.
Leia Também
Confira os números:



O ano das ofertas subsequentes
Como você pôde reparar, as responsáveis pelo grande volume de captação nas emissões de ações foram as ofertas subsequentes, também chamadas de follow-ons, e não as ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), realizadas quando uma empresa abre o capital na bolsa.
Trata-se de um cenário bem diferente daquele que levou o mercado de capitais ao recorde anterior, em 2007.
Em 2019, apenas cinco empresas estrearam na bolsa, sendo que 31 companhias abertas já veteranas fizeram novas emissões de papéis.
Já em 2007, os IPOs foram os grandes responsáveis pela captação dos R$ 75,5 bilhões; naquele ano, 64 empresas começaram a negociar ações na bolsa brasileira, e apenas 12 fizeram follow-on.
Para José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima, isso “mostra que as empresas que já tinham acesso ao mercado de capitais estão se preparando para crescimento.”
Privatizações evidentes
Além disso, boa parte das ofertas de ações foram secundárias, isto é, os papéis foram vendidos por sócios relevantes das empresas e o dinheiro foi parar no bolso deles. Não foram emissões de ações novas para captar recursos para o caixa das próprias empresas, o que chamamos de oferta primária.
Nada menos que R$ 48,9 bilhões captados neste ano foram relativos a ofertas secundárias, contra apenas R$ 29,4 bilhões referentes a ofertas primárias. Apenas em 2013 as ofertas secundárias superaram as primárias em volume.
Segundo a Anbima, uma parcela significativa dessas ofertas secundárias de 2019 foi referente a desestatizações e desinvestimentos do governo.
Debêntures ainda não bateram recorde, mas devem chegar lá
O volume captado em emissões de debêntures de janeiro a novembro ainda não bateu recorde anual, mas até o fim de 2019 deve chegar lá.
Essas ofertas captaram R$ 153,5 bilhões no período, volume apenas ligeiramente inferior aos R$ 153,7 bilhões captados em todo o ano de 2018, maior volume da série histórica iniciada em 2013.
O volume de debêntures incentivadas emitido, no entanto, já é recorde: R$ 27 bilhões, contra R$ 24,1 bilhões no ano passado inteiro.
As debêntures incentivadas são títulos emitidos por empresas para financiar projetos de infraestrutura, e são isentas de imposto de renda para a pessoa física.
Os fundos abocanharam boa parte desses ativos
Os fundos de investimento foram o principal destino das ações e debêntures emitidas neste ano. Eles abocanharam 43,5% do volume emitido em ações e 52,2% do volume emitido em debêntures.
Trata-se de uma participação recorde dos fundos de investimento nas emissões de ações, dado que antes esse mercado era dominado por investidores estrangeiros.
As pessoas físicas, por outro lado, continuam respondendo apenas por uma diminuta participação direta. Esses investidores ficaram com 5,6% do volume ofertado em debêntures e 7,5% do volume ofertado em ações.
É bom lembrar, entretanto, que a maior parte do volume captado nos últimos anos têm se referido a ofertas restritas a investidores profissionais, das quais as pessoas físicas não podem participar.
Assim, os fundos de investimento acabam surgindo como alternativa para as pessoas físicas tentarem acessar essas ofertas indiretamente.


Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
