O conglomerado administrado por Warren Buffett tem US$ 122 bilhões para gastar
A Berkshire Hathaway, holding adnimistrada pelo megainvestidor Warren Buffett, encerrou o segundo trimestre deste ano com uma enorme posição de caixa
Em fevereiro deste ano, o bilionário Warren Buffett escreveu uma carta aberta endereçada aos acionistas da Berkshire Hathaway — o conglomerado de investimentos que é administrado por ele. No texto, o veterano do mercado financeiro diz que a companhia passava por uma situação de "excesso de liquidez" e que esperava usar parte dos recursos disponíveis em caixa para adquirir participação em outras empresas.
"No entanto, as projeções imediatas para esse plano não são animadoras: os preços de negócios que possuem prospectos razoáveis no longo prazo estão estratosféricos", disse Buffett, na ocasião. E, a julgar pelo balanço da Berkshire Hathaway no segundo trimestre deste ano, divulgado neste sábado (3), esse panorama não mudou.
Afinal, Buffett e sua companhia não fizeram nenhuma compra relevante neste ano — e, com isso, a posição de caixa do conglomerado subiu ainda mais, passando de US$ 114,2 bilhões em março para US$ 122 bilhões ao fim de junho.
A Berkshire Hathaway é famosa por suas aquisições volumosas e de grande porte. Atualmente, a empresa administra e gere uma série de subsidiárias que atuam em diversos setores, em especial os de seguros, energia e varejo. Além disso, também possui investimentos em diversas empresas, como Apple e Coca-Cola.
No entanto, a última vez que o conglomerado foi ao mercado para fazer compras foi no longínquo 2015, quando adquiriu a Precision Castparts, uma fabricante de bens industriais e peças para o setor aeroespacial. De lá para cá, Buffett tem caçado novas oportunidades — mas sem sucesso.
Enquanto mantém a carteira fechada, a Berkshire Hathaway tem se dedicado a administrar seu amplo portfólio — e os resultados foram mistos no segundo trimestre deste ano: por um lado, a receita líquida do conglomerado subiu 2,2% na base anual, para US$ 63,6 bilhões, e o lucro líquido avançou 17,1%, para US$ 14 bilhões.
Leia Também
Mas, por outro, o lucro operacional — métrica que é acompanhada de perto pelo mercado como um indicativo da saúde financeira da companhia — caiu 10,9% na mesma base de comparação, para US$ 6,14 bilhões. O resultado foi afetado pelo pior desempenho da Geico, seguradora de automóveis pertencente à Berkshire Hathaway.
Ações estáveis
O conglomerado gerido por Warren Buffett possui dois tipos de ações: as de classe A (BRK-A) e B (BRK-B). Há diversas diferenças entre os dois ativos, mas a mais chamativa é o preço: enquanto os primeiros estão cotados acima dos US$ 300 mil, os segundos são negociados a valores mais acessíveis, de cerca de US$ 200.
Segundo o bilionário, os papéis do tipo B são voltados ao investidor de varejo, enquanto os do tipo A são desenhados para quem deseja fazer um aporte de longo prazo na Berkshire Hathaway, sem buscar retornos rápidos. Assim, há uma quantia muito maior de ações classe B no mercado.
No entanto, um ponto que conecta os dois ativos é o desempenho tímido em 2019. As ações do tipo B, por exemplo, fecharam o pregão da última sexta-feira (2) em alta de 0,48%, a US$ 202,67 — no ano, contudo, os papéis acumulam baixa de 0,7%.
Já os papéis tipo A encerraram a última sessão com ganho de 0,77%, a US$ 306 mil — o exato mesmo preço visto em 31 de dezembro do ano passado.
Carteira cheia
Com as bolsas americanas dos Estados Unidos muito perto das máximas históricas, Warren Buffett e seus sócios na Berkshire Hathaway têm encontrado dificuldades para encontrar boas oportunidades para a compra de empresas e ativos. No entanto, o caixa de US$ 122 bilhões disponível para aquisições deixa o mercado alerta.
"Essa realidade decepcionante significa que, em 2019, provavelmente vamos continuar expandindo nossas posições em ações de empresas interessantes", escreveu Buffett, na carta de fevereiro. E, de fato, a Berkshire Hathaway possui investimentos volumosos em diversas companhias de capital aberto.
Ao fim de junho, o valor justo dos investimentos em ações do conglomerado era de pouco mais de US$ 200 bilhões. A maior parte desse montante está concentrado em cinco empresas: Apple (US$ 50,5 bilhões), Bank of America Corp. (US$ 27,6 bilhões), Wells Fargo (US$ 20,5 bilhões), Coca-Cola (US$ 20,4 bilhões) e American Express (US$ 18,7 bilhões).
"Nós continuamos, no entanto, a torcer por uma aquisição 'do tamanho de um elefante'", ponderou o megainvestidor, a respeito dos prospectos para 2019, afirmando que o mero pensamento de uma transação de grande porte fazia seu coração disparar.
Bom, ao menos na primeira metade de 2019, essa grande aquisição não aconteceu. Mas, com US$ 122 bilhões na carteira, Buffett e a Berkshire Hathaway certamente têm capacidade para comprar alguns elefantes no mercado.
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
