Está na hora de mudar o Novo Mercado? Cosan e Suzano têm visões opostas
Para Rubens Ometto, da Cosan, bolsa deve flexibilizar regras para permitir a criadores das empresas manterem o controle. Mas Walter Schalka, da Suzano, defende que todos os acionistas devem ter os mesmos direitos

O Novo Mercado, segmento da B3 de empresas com práticas mais rigorosas de governança corporativa, deve ser reformado? A resposta opôs dois grandes executivos que participaram de um evento para investidores promovido pelo Credit Suisse.
Para Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Cosan, está na hora de mudar a regra do Novo Mercado que permite a listagem apenas de empresas com ações ordinárias (ON, com direito a voto).
"No Novo Mercado, o criador e pessoa criativa em algum momento vai perder o controle acionário da empresa. Esse é um problema que tem que ser enfrentado", disse Ometto.
Ele destacou que em outros mercados, como o americano, existe a flexibilidade de as companhias contarem com ações de diferentes tipos. No ano passado, empresas brasileiras como a PagSeguro e a Stone, de maquininhas de cartões, abriram o capital em Nova York com esse tipo de estrutura acionária.
Vale lembrar que a própria Cosan tentou no passado criar uma holding na qual as ações do controlador teriam mais poderes que as dos demais, mas a operação sofreu forte resistência dos investidores.
Todos iguais
Do outro lado da "trincheira" ficou Walter Schalka, presidente da Suzano. A empresa de papel e celulose tomou o rumo oposto ao unificar suas classes de ações em 2017.
Leia Também
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Consórcio formado por grandes empresas investe R$ 55 milhões em projeto de restauração ecológica
A operação foi feita sem o pagamento de "prêmio" para os detentores de ações ordinárias, como os controladores costumam demandar.
Depois da aquisição da Fibria, no ano passado, os controladores da Suzano passaram a deter uma participação de 46% na companhia.
Embora não detenha mais a maioria do capital, a família Feffer se manteve como acionista de referência da empresa.
"Enquanto o empreendedor estiver tomando boas decisões, o mercado vai apoiar", afirmou Schalka.
E você, o que acha das regras do Novo Mercado? Defende a flexibilização das regras para a criação de ações com "superpoderes" para os controladores? Dê sua opinião nos comentários logo abaixo ou me conta lá no Twitter.
Diretores de empresas listadas têm salários médios de R$ 5,6 milhões anuais no Brasil; JBS (JBSS3) vai além, com R$ 32,8 mi, e Brisanet (BRIT3) fica aquém, com R$ 500 mil
Relatório da XP analisou a remuneração média de diretores estatutários de 152 empresas de capital aberto, entre os anos de 2021 a 2024. Veja os destaques
Sem pílula de veneno: Casas Bahia (BHIA3) derruba barreira contra ofertas hostis; decisão segue recuo de Michael Klein na disputa por cadeira no conselho
Entre as medidas que seriam discutidas em AGE, que foi cancelada pela varejista, estava uma potencial alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill; entenda
Minoritários da Tupy (TUPY3), gestores Charles River e Organon indicam Mauro Cunha para o conselho após polêmica troca de CEO
Insatisfeitos com a substituição do comando da metalúrgica, acionistas indicam nome para substituir conselheiro independente que votou a favor da saída do atual CEO, Fernando Rizzo
Tupy (TUPY3): Troca polêmica de CEO teve voto contrário de dois conselheiros; entenda o imbróglio
Minoritários criticaram a troca de comando na metalúrgica, e o mercado reagiu mal à sucessão; ata da reunião do Conselho divulgada ontem mostra divergência de votos entre os conselheiros
Michael Klein de volta ao conselho da Casas Bahia (BHIA3): Empresário quer assumir o comando do colegiado da varejista; ações sobem forte na B3
Além de sua volta ao conselho, Klein também propõe a destituição de dois membros atuais do colegiado da varejista
Casas Bahia (BHIA3) quer pílula de veneno para bloquear ofertas hostis de tomada de controle; ação quadruplica de valor em março
A varejista propôs uma alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill dias após Rafael Ferri atingir uma participação de cerca de 5%
Ambipar (AMBP3): CVM manda gestora lançar oferta por ações após disparada sem precedentes na B3
CVM entendeu que fundos que têm como cotista o empresário Nelson Tanure atuaram em conjunto com o controlador da Ambipar na compra em massa que resultou na disparada das ações na B3
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Natura (NTCO3): a proposta de incorporação que pode dar um pontapé para uma nova fase
Operação ainda precisa ser aprovada em assembleia e passar pelo aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
Excesso de peso? Cosan (CSAN3) pode diluir participação na Raízen (RAIZ4) e vender pedaço da Moove
Há menos de um mês, empresa reportou prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões no 4T24 e dívida bruta de R$ 27,8 bilhões
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
B3 convoca empresas para nova votação para aprovação de mudanças no Novo Mercado. O que está em discussão agora?
A expectativa da B3 é encerrar o processo em abril, com aval de pelo menos dois terços das companhias listadas no Novo Mercado
Eletrobras (ELET3): os principais pontos do acordo que resolve pendências da privatização com governo — e faz as ações subirem forte na B3
Acordo resolve participação do governo na gestão da Eletrobras (ELET3) após a privatização e investimentos na Usina de Angra 3
Entre a crise e a oportunidade: Prejuízo trimestral e queda no lucro anual da Petrobras pesam sobre o Ibovespa
Além do balanço da Petrobras, os investidores reagem hoje à revisão do PIB dos EUA e à taxa de desemprego no Brasil
Rubens Menin, fundador da MRV e do banco Inter, fala em busca por ‘consciência fiscal coletiva’ e ‘luz no fim do túnel’, mas falta enxergá-la
Comentários de Rubens Menin foram feitos durante painel na CEO Conference 2025, promovida pelo banco BTG Pactual
Um olhar pelo retrovisor: Ibovespa tenta manter alta com investidores de olho em balanços e Petrobras em destaque
Além dos números da Petrobras, investidores repercutem balanços da Ambev, do IRB, da Klabin e da WEG, entre outros
A prévia ‘arrasa-quarteirões’ não rendeu: MRV (MRVE3) começou o dia mal na bolsa após prejuízo, que teve a Résia como vilã
Apesar da geração de caixa em todas as suas divisões, construtora registrou prejuízo líquido acima do estimado, além de receita e margens mornas
Sem querer parecer chato: Ibovespa reage a prejuízo da Vale e ao andamento de temporada de balanços
Em dia de agenda fraca, investidores repercutem reversão de lucro para prejuízo pela Vale no quarto trimestre de 2024
Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) vão ‘sobreviver’ a 2025 após iniciarem o ano em queda? O BTG tem a resposta
Analistas ressaltam que o consumo de celulose é menos afetado pela desaceleração econômica da China em comparação a outras commodities como minério de ferro
Memórias de uma janela fechada: Ibovespa busca manter alta com Wall Street de volta ao jogo e negociações sobre guerra na Ucrânia
Diante da agenda fraca, negociações entre EUA e Rússia ocorrem na Arábia Saudita, mas exclui os ucranianos da conversa