Mercado tenta manter ritmo de compras
Mercado segue refém da guerra comercial em semana marcada por feriado de Ação de Graças e Black Friday

A última semana de novembro começa com o mercado financeiro ainda refém do noticiário em torno da guerra comercial, em meio à expectativa por uma nova rodada de negociações entre Estados Unidos e China. Mas o feriado pelo Dia de Ação de Graças, na quinta-feira, deve dificultar a realização de um encontro ainda neste mês, retardando qualquer novidade sobre o tema.
Com isso, os investidores tendem a redobrar a postura defensiva, ainda mais diante da perspectiva de liquidez mais baixa em Wall Street nos próximos dias, por causa do Thanksgiving, o que pode provocar movimentos exacerbados por notícias pontuais. As bolsas de Nova York não abrem na quinta-feira e fecham mais cedo na sexta-feira, quando acontece a tradicional Black Friday.
A data marca o início da temporada de compras de fim de ano nos EUA e também ganha mais adeptos a cada ano no Brasil, em meio às ofertas e descontos nas lojas e pela internet. Será importante aferir a intenção de gastos do consumidor, tanto brasileiro quanto norte-americano, o que pode impulsionar a economia na reta final de 2019.
Por aqui, os agentes econômicos estão cada vez mais confiantes quanto à aceleração do crescimento (PIB) em 2020, o que levou vários bancos estrangeiros a uma visão otimista sobre o Brasil (e os ativos domésticos) para o ano que vem. Essas recomendações mais positivas elevaram a expectativa pela chegada do “gringo” ao mercado local.
Se os recursos externos, enfim, forem alocados por aqui, será o “empurrãozinho” extra que a Bolsa brasileira tanto aguarda para superar a faixa dos 110 mil pontos - e ir além - bem como a âncora necessária para afundar o dólar para abaixo de R$ 4,00. Já nos juros futuros, a dúvida ainda é quando o Banco Central irá interromper o ciclo de cortes da Selic.
Com isso, merece atenção o relatório de mercado Focus hoje (8h25), que pode trazer novidades para essas variáveis macroeconômicas. A agenda econômica doméstica do dia traz também a confiança do consumidor brasileiro neste mês (8h), além dos dados semanais da balança comercial (15h). No exterior, o calendário econômico está esvaziado.
Leia Também
Vem casamento pela frente? Ações da Gol (GOLL4) disparam quase 20% e levam Azul (AZUL4) às alturas com expectativas de fusão
Dinheiro na mão é solução: Medidas para cumprimento do arcabouço testam otimismo com o Ibovespa
Entre os eventos de relevo, destaque apenas para o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, à noite (21h). Ele deve reforçar a sinalização de pausa no processo de cortes na taxa de juros norte-americana, após o curto “ciclo preventivo” durar de julho a outubro.
Exterior em alta
Lá fora, o sinal positivo volta a aparecer entre os ativos de risco, diante das renovadas esperanças por um acordo comercial sino-americano, após relatos de que a China irá elevar a punição sobre a violação de propriedade intelectual. A expectativa é de que haja progresso nas negociações, de modo a evitar novas tarifas contra produtos chineses em meados de dezembro, atingindo vários itens de compras de fim de ano.
Os investidores também monitoram a situação em Hong Kong, onde candidatos pró-democracia ganharam a maioria dos assentos nas eleições locais, após comparecimento recorde de eleitores para votar, após meses de protestos nas ruas da ex-colônia britânica. Em reação, o índice Hang Seng liderou os ganhos na Ásia, com alta de 1,4%, enquanto Xangai e Tóquio avançaram 0,7%, cada.
Os índices futuros das bolsas de Nova York e da Europa também indicam para uma sessão no azul. Nos demais mercados, o petróleo avança, à medida que o dólar perde terreno. O iene sobe, assim como as moedas europeias e o xará australiano. Já os títulos dos EUA são pressionados pela oferta recorde da China de até US$ 6 bilhões em bônus soberanos denominados em dólar.
Bitcoin (BTC) tem dia histórico: criptomoeda quebra novo recorde e ultrapassa US$ 109 mil
Impulsionado por adoção institucional, trégua comercial com a China e ambiente regulatório favorável, bitcoin bate máxima histórica — mas cenário ainda exige cautela dos investidores
BNDES corta participação na JBS (JBSS3) antes de votação crucial sobre dupla listagem nos EUA — e mais vendas podem estar a caminho
A BNDESPar reduziu a participação no frigorífico para 18,18% do total de papéis JBSS3 e agência alerta que a venda de ações pode continuar
Nubank (ROXO34) anuncia saída de Youssef Lahrech da presidência e David Vélez deve ficar cada vez mais em cima da operação
Lahrech deixa as posições após cerca de cinco anos na diretoria da fintech. Com a saída, quem assumirá essas funções daqui para frente será o fundador e CEO do Nu
Só pra contrariar: Ibovespa parte dos 140 mil pontos pela primeira vez na história em dia de petróleo e minério de ferro em alta
Agenda vazia deixa o Ibovespa a reboque do noticiário, mas existe espaço para a bolsa subir ainda mais?
Ibovespa está batendo recordes por causa de ‘migalhas’? O que está por trás do desempenho do índice e o que esperar agora
O otimismo com emergentes e a desaceleração nos EUA puxam o Ibovespa para cima — mas até quando essa maré vai durar?
Ibovespa (IBOV) encerra o pregão com novo recorde, rompendo a barreira dos 140 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,67
O principal índice de ações da B3 tem mais um dia de pontuação inédita, com EUA em baixa no mercado internacional e boas notícias locais
Onde investir na bolsa em meio ao sobe e desce do dólar? XP revela duas carteiras de ações para lucrar com a volatilidade do câmbio
Confira as ações recomendadas pelos analistas para surfar as oscilações do dólar e proteger sua carteira em meio ao sobe e desce da moeda
Ação da Smart Fit (SMFT3) pode ficar ainda mais “bombada”: BTG eleva preço-alvo dos papéis e revela o que está por trás do otimismo
Os analistas mantiveram recomendação de compra e elevaram o preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 28,00 para os próximos 12 meses
Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China
Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial
Entre a frustração com o Banco do Brasil (BBAS3) e a surpresa com o Bradesco (BBDC4): quem brilhou e decepcionou nos resultados dos bancos do 1T25?
Depois dos resultados dos grandes bancos, chegou a hora de saber: o que os analistas estão recomendando para a carteira de ações?
Felipe Miranda: A bifurcação de 2026
Há uma clara bifurcação em 2026, independentemente de quem for eleito. Se fizermos o ajuste fiscal, então será o cenário bom. E se não fizermos o ajuste nos gastos, o Brasil quebra
Méliuz (CASH3) avalia captar recursos via dívida e oferta de ações de R$ 150 milhões para investir em bitcoin (BTC)
Companhia aprovou, na semana passada, mudança no estatuto social para passar a adotar a criptomoeda como principal ativo de investimento da sua tesouraria
É hora do Brasil? Ibovespa bate novo recorde de fechamento aos 139.636 pontos, após romper os 140 mil pontos ao longo do dia
O principal índice de ações da B3 tem mais um dia de pontuação inédita, com EUA em baixa no mercado internacional e boas notícias locais
Do divórcio a um possível recasamento: O empurrãozinho de Trump para novo acordo entre União Europeia e Reino Unido
Cinco anos depois da formalização do Brexit, UE e Reino Unido celebram amplo acordo sobre comércio e defesa
Mobly (MBLY3) vai “sumir” da B3: ação trocará de nome e ticker na bolsa brasileira ainda neste mês
Com a decisão da Justiça de revogar a suspensão de determinadas decisões tomadas em AGE, companhia ganha sinal verde para seguir com sua reestruturação
É igual, mas é diferente: Ibovespa começa semana perto de máxima histórica, mas rating dos EUA e gripe aviária dificultam busca por novos recordes
Investidores também repercutem dados da produção industrial da China e de atividade econômica no Brasil
BDR ou compra direta de ações no exterior: qual a melhor forma de investir em empresas listadas em bolsas gringas?
Recibos de ações estrangeiras facilitam o acesso da pessoa física a esses ativos, mas podem não ser o melhor caminho a seguir, no fim das contas; entenda por quê
‘Vocês vão ter que me engolir!’ O dia em que Donald Trump foi criticar o Walmart e invocou Zagallo (sem saber)
Trump e Zagallo têm pouca coisa em comum, mas uma declaração do presidente norte-americano colocou os dois na mesma página por um instante
Porto (in)seguro? Ouro fecha a semana com pior desempenho em seis meses; entenda o que está por trás da desvalorização
O contrato do ouro para junho recuou 1,22%, encerrando cotado a US$ 3.187,2 por onça-troy, uma queda de 3,70% na semana
Sem alívio no Banco do Brasil (BBAS3): CEO prevê “inadimplência resistente” no agronegócio no 2T25 — mas frear crescimento no setor não é opção
A projeção de Tarciana Medeiros é de uma inadimplência ainda persistente no setor rural nos próximos meses, mas situação pode melhorar; entenda as perspectivas da executiva