🔴 NOVA META: RENDA EXTRA DE ATÉ R$ 2 MIL POR DIA ENTENDA COMO

Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Mercado monitora as várias frentes da guerra EUA-China

BC chinês fixa a taxa de referência do yuan no nível mais fraco desde 2008, mas dados mais fortes que o esperado da balança comercial embalam os mercados

Olivia Bulla
Olivia Bulla
8 de agosto de 2019
5:36 - atualizado às 6:28
Investidores moderam preocupação de que a guerra comercial se agrave e crie uma guerra cambial

A China continua no centro das atenções do mercado financeiro. Apesar de o Banco Central chinês (PBoC) ter fixado a taxa de referência do yuan (renminbi) em 7,0039 contra um dólar, no nível mais fraco desde 2008, os números melhores que o esperado da balança comercial chinesa em julho embalam os ativo de risco no exterior. E os negócios no Brasil podem, por si só, serem beneficiados pela melhora do humor global, agora que a reforma da Previdência foi encaminhada ao Senado, com a Câmara rejeitando todos os destaques.

Os investidores não mostraram reação significativa à decisão do PBoC, uma vez que o nível acima de 7 yuans por dólar não foi tão fraco quanto o esperado (7,0156), dando indícios de que Pequim não está tentando iniciar, agora, uma guerra cambial. Os investidores se sentiram encorajados pelo BC chinês, que prometeu que a desvalorização da moeda local não irá continuar, mantendo a taxa de câmbio estável.

Por ora, a China parece disposta em enfrentar apenas a guerra comercial em curso com os Estados Unidos, concentrando-se em uma batalha por vez - sendo que ainda tem a frente da Tech War e a disputa pela hegemonia mundial do 5G, além do próprio enfrentamento bélico, com a instalação de mísseis na região Ásia/Pacífico pelos EUA. Em disputa, está a soberania na economia global bem como pela influência geopolítica.

E os dados da balança comercial no mês passado mostram a resiliência da economia chinesa, apesar da disputa tarifária. As exportações chinesas subiram 3,3% em julho, em base anual, enquanto as importações caíram 5,6%, gerando um superávit comercial de US$ 45 bilhões. As estimativas eram de queda das vendas ao exterior, em -2%, e de recuo ainda maior das compras feitas no estrangeiro (-9%), gerando um saldo de US$ 38,7 bilhões.

Em reação, as bolsas asiáticas fecharam em alta, com os ganhos liderados pela Bolsa de Xangai (+0,8%). Esse sinal positivo embalou a abertura do pregão europeu, beneficiado ainda pela alta sinalizada pelos índices futuros das bolsas de Nova York para a sessão em Wall Street. Nos demais mercados, o petróleo recupera boa parte das perdas da véspera e sobe quase 3%, ao passo que o dólar se enfraquece em relação às moedas rivais.

Yield negativo

Apesar da melhora ensaiada pelos ativos mais arriscados no exterior, os investidores continuam avaliando o cenário, após a escalada da tensão comercial entre EUA e China nesta semana elevar o temor quanto a uma recessão global. O rali nos negócios com bônus já indica que o rendimento (yield) dos títulos norte-americanos (Treasuries) de prazo mais longo pode passar a ficar negativo, nos moldes do que acontece hoje com os papéis da Alemanha e do Japão.

Leia Também

Esse movimento sinaliza a chance de um ciclo maior de flexibilização monetária pelo Federal Reserve, que poderia voltar aos tempos de juro zero no país, visto pela última vez em 2015. O problema é que tal fenômeno aconteceria em meio a um crescimento global já fraco, sem pressão inflacionária, o que poderia ampliar os riscos de uma recessão (“japonificação”?) nos EUA, levando consigo o mundo.

Nesse caso, então, nem mesmo o Fed teria poder de fogo para impulsionar o crescimento econômico. Além disso, as ameaças tarifárias entre Washington e Pequim também estão criando incerteza entre as empresas, preocupadas com uma queda no lucro e aumento dos custos, o que respingaria nos preços ao consumidor - ou nos salários e no emprego.

Seja como for, a expectativa consensual de que as relações sino-americanas melhorariam deu errado...e o mercado financeiro global refaz suas contas. A piora no conflito entre as duas maiores economias do mundo está empurrando o mundo para a primeira recessão em uma década e os investidores estão exigindo que políticos e bancos centrais ajam rápido para mudar de rumo. E o BC brasileiro (Copom) não está de fora dessa pressão.

Dia de agenda cheia

A quinta-feira reserva uma agenda econômica carregada, no Brasil e no exterior. Por aqui, serão conhecidos dados da inflação em julho, medida pelo IGP-DI (8h) e pelo IPCA (9h). Espera-se que ambos os resultados confirmem o cenário benigno sobre o comportamento dos preços, no varejo e no atacado.

O calendário doméstico traz também os números atualizados da safra agrícola (9h). Já nos EUA, serão conhecidos os pedidos semanais de auxílio-desemprego (9h30) e os estoques no atacado em junho (11h). No fim do dia, a China volta à cena para anunciar os índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) no mês passado.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CRIPTOECONOMIAS

Bitcoin (BTC) estatal: quem está na frente na corrida entre países pela crescente adoção de criptomoedas no mundo

9 de dezembro de 2024 - 19:01

El Salvador e Butão colhem os benefícios de serem os primeiros governos a apostar no bitcoin, enquanto grandes economias ainda hesitam em confiar na tecnologia

MUDANÇAS EM MATD3

Mater Dei (MATD3) quer ‘valer mais’: empresa cancela ações em tesouraria e aprova novo programa de recompra

9 de dezembro de 2024 - 17:56

Empresa visa “maximizar a geração de valor para o acionista por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital”

AINDA VALE A PENA

Petrobras (PETR4) acena com dividendos fartos e Goldman Sachs diz que é hora de comprar

9 de dezembro de 2024 - 17:45

Nos cálculos do banco, o dividend yield (retorno de dividendos) da petroleira deve chegar a 14% em 2025 e a 12% para os próximos três anos

MERCADOS HOJE

Nova máxima histórica: Dólar volta a quebrar recorde e fecha no patamar de R$ 6,08, enquanto Ibovespa sobe 1% na esteira de Vale (VALE3)

9 de dezembro de 2024 - 17:22

A moeda chegou a recuar mais cedo, mas inverteu o sinal próximo ao final de sessão em meio à escalada dos juros futuros por aqui e dos yields nos Estados Unidos

DESTAQUES DA BOLSA

“Fórmula mágica” da China coloca Vale (VALE3) e siderúrgicas entre as maiores altas do Ibovespa hoje

9 de dezembro de 2024 - 17:13

Além da mineradora, os ganhos são praticamente generalizados no mercado brasileiro de ações, com destaque para CSN Mineração (CMIN3) e CSN (CSNA3)

ORIENTE MÉDIO EM CHAMAS

Trump, Rússia, Irã e Israel: quem ganha e quem perde com a queda do regime de Assad na Síria — e as implicações para o mercado global

9 de dezembro de 2024 - 15:33

A cautela das autoridades ocidentais com relação ao fim de mais de 50 anos da dinastia Assad tem explicação: há muito mais em jogo do que apenas questões geopolíticas; entenda o que pode acontecer agora

NEGOCIAÇÃO COM CREDORES

Ação da Azul (AZUL4) sobe com expectativa de receber US$ 500 milhões em financiamento em janeiro; aérea também prevê oferta de ações milionária 

9 de dezembro de 2024 - 13:30

Empresa concluiu discussões sobre o acordo com credores — em etapa que pode garantir o acesso da companhia a mais de R$ 3 bilhões em financiamento já no mês que vem

PROVENTOS NO FUTURO?

Fundo imobiliário KNCR11 vai pagar dividendos menores em dezembro, mas ações sobem; entenda o que anima o mercado

9 de dezembro de 2024 - 13:29

A diminuição da distribuição dos proventos pelo KNCR11 já era esperada pelos cotistas; o pagamento será depositado ainda nesta semana

EXPECTATIVAS DESANCORADAS

Um alerta para Galípolo: Focus traz inflação de 2025 acima do teto da meta pela primeira vez e eleva projeções para a Selic e o dólar até 2027

9 de dezembro de 2024 - 11:54

Se as projeções se confirmarem, um dos primeiros atos de Galípolo à frente do BC será a publicação de uma carta pública para explicar o estouro do teto da meta

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Atualização pela manhã: desdobramentos da guerra na Síria, tensão no governo francês e expectativas com a Selic movimentam bolsas hoje

9 de dezembro de 2024 - 8:04

A semana conta com dados de inflação no Brasil e com a decisão sobre juros na próxima quarta-feira, com o exterior bastante movimentado

BOMBOU NO SD

Como levar o dólar para abaixo de R$ 4, pacto fáustico à brasileira e renúncia do CEO da Cosan Investimentos: confira os destaques do Seu Dinheiro na semana

8 de dezembro de 2024 - 12:28

Um bolão vencedor da Mega-Sena e a Kinea vendida em bolsa brasileira também estão entre as matérias mais lidas da semana

RANKING DO ÍNDICE

Com dólar recorde, ações da BRF (BRFS3) saltam 14% e lideram altas do Ibovespa na semana, enquanto CVC (CVCB3) despenca 14%

7 de dezembro de 2024 - 16:43

Frigorífico que exporta produtos para o mercado externo, a companhia tende a ter um incremento nas receitas com o dólar mais alto

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Dólar volta subir, bate R$ 6,07 e renova pico histórico; Ibovespa recua 1,5% — veja o que mexeu com a bolsa hoje

6 de dezembro de 2024 - 19:18

O valor supera o recorde anterior, registrado na última segunda-feira (2), quando a moeda norte-americana fechou a R$ 6,06

DESTAQUES DA BOLSA

Log (LOGG3) salta 6% na bolsa após anunciar dividendos milionários para 2024 e dizer quanto deve pagar aos acionistas no ano que vem

6 de dezembro de 2024 - 16:20

A companhia decidiu que irá adotar a prática de distribuir dividendos trimestralmente no ano que vem, com o total distribuído equivalente a 50% da projeção para o lucro de 2025

O PAYROLL MANDOU AVISAR QUE…

Os sinais do dado de emprego sobre o caminho dos juros nos EUA. Bolsas se antecipam à próxima decisão do Fed

6 de dezembro de 2024 - 13:06

O principal relatório de emprego dos EUA mostrou a abertura de 227 mil postos no mês passado — um número bem acima dos 36 mil de outubro e da estimativa de consenso da Dow Jones de 214.000

MAIS MUDANÇAS

Raízen (RAIZ4) define novos cargos na diretoria executiva; ação não reage bem e cai 2%

6 de dezembro de 2024 - 12:07

Desde outubro, o conglomerado Cosan (CSAN3) tem feito uma série de reestruturações no alto escalão; nova mudança ocorre menos de uma semana depois da saída de Ricardo Mussa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da MRV (MRVE3) disparam 8% e lideram altas do Ibovespa após anúncio de reestruturação que deve encolher as operações da Resia

6 de dezembro de 2024 - 11:36

O principal objetivo da revisão, que inclui venda de projetos e terrenos, é simplificar a estrutura da empresa e acelerar a desalavancagem do grupo MRV

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Papai Noel dá as caras na bolsa: Ibovespa busca fôlego em payroll nos EUA, trâmite de pacote fiscal no Congresso e anúncios de dividendos e JCP

6 de dezembro de 2024 - 7:55

Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano e velocidade do trâmite do pacote fiscal ditarão os rumos dos juros no Brasil e nos EUA

SEXTOU COM O RUY

A possibilidade de se tornar uma boa pagadora de dividendos fez essa ação disparar

6 de dezembro de 2024 - 6:14

Não à toa, essa companhia foi eleita por nós uma das 5 melhores ações para dividendos no mês de dezembro

RESPIRO

Após dia de pressão no mercado, ação da Petrobras (PETR4) sobe com maior descoberta de gás natural da Colômbia; troca no conselho vai para escanteio

5 de dezembro de 2024 - 18:12

Depois de a estatal confirmar a possível troca na presidência do conselho, o impacto negativo nos mercados foi amenizado após o anúncio do projeto de exploração em consórcio com a Ecopetrol

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar