Mercado mantém foco na agenda local, mas exterior comanda
Pacote de Guedes com medidas de ajuste fiscal será entregue hoje ao Congresso, enquanto ata do Copom ajusta expectativas sobre ciclo de quedas da Selic
O presidente Jair Bolsonaro deve ir pessoalmente ao Congresso Nacional hoje (11h) para entregar um amplo conjunto de medidas, elaborado pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, que visa dar continuidade à agenda de reformas, após a aprovação da nova Previdência. E o mercado financeiro deve receber o pacote econômico com entusiasmo.
Afinal, a sinalização é importante e mostra que o Brasil segue empenhando com a agenda de reformas. O pacote de Guedes é dividido em cinco eixos. As principais vertentes são a “PEC Mais Brasil”, que traz um novo regime de partilha de recursos entre estados e municípios, e a “PEC Emergencial”, que contém gatilhos automáticos de contenção dos gastos públicos, em caso de descumprimento da chamada “regra de ouro”.
Há, ainda, uma PEC que revê mais de 280 fundos públicos, autorizando o uso de recursos arrecadados para outros fins, e a PEC da reforma administrativa, que remodela o funcionalismo em todas as esferas; além de um projeto de lei que cria um novo modelo de privatizações, visando acelerar o processo.
Nessas propostas, o objetivo principal é frear o crescimento dos gastos, com destaque para as despesas com pessoal, abrindo espaço para os investimentos e redesenhando a arquitetura fiscal das contas públicas, tornando-a mais eficiente e responsável. A meta de Guedes é reconquistar em breve o selo de grau de investimento do país, perdido em 2015.
Atualmente, o Brasil está dois degraus abaixo dessa nota, pelas três principais agências de classificação de risco. O chamado investment grade dá um carimbo aos investidores, estrangeiros, principalmente, para investir no país. Portanto, essa ofensiva do governo e da equipe econômica deve animar os mercados domésticos.
Porém, ao contrário das novas regras na aposentadoria, a expectativa dos parlamentares é de que haja grandes mudanças no pacote que Guedes vai enviar ao Congresso. O argumento é de que as propostas ainda necessitam de um “bom debate”. Por isso, a votação de boa parte das medidas deve ficar só para 2020.
Leia Também
Ata do Copom em destaque
Enquanto aguarda, o mercado doméstico recebe a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária. Diante da resistência em aceitar a mensagem do Copom, que indicou cautela na condução do ciclo de cortes após baixar a Selic em mais meio ponto em dezembro, o Banco Central terá de ser mais explícito no documento.
Só assim, os investidores devem se convencer de que o juro básico pára em 4,50%, permanecendo neste nível em 2020. Por ora, parte do mercado avalia que o comunicado apenas sinalizou uma desaceleração no ritmo de cortes - e não o fim do ciclo em dezembro, deixando a porta aberta para quedas adicionais, porém menores, no início de 2020.
A ata do Copom será conhecida logo cedo, às 8h, e deve agitar os negócios no mercado de juros futuros, ajustando as expectativas sobre o ciclo de quedas da Selic. O documento é o grande destaque da agenda econômica do dia, que traz ainda o índice de preços ao produtor (IPP) em setembro (9h).
Na zona do euro, também será conhecida a inflação no atacado em setembro. Já nos Estados Unidos, saem o resultado da balança comercial em setembro (10h30), dados sobre a atividade no setor de serviços norte-americano em outubro, às 11h45 e às 12h, além do relatório Jolts sobre emprego e número de vagas disponíveis no país em setembro (12h).
Acordo EUA-China embala exterior
À espera desses dados, os mercados internacionais seguem embalados pelo noticiário sobre as negociações comerciais entre EUA e China. Relatos de que a Casa Branca estaria considerando retirar as tarifas impostas em setembro sobre US$ 112 bilhões em produtos chineses como uma concessão para alcançar um acordo comercial parcial anima os negócios.
Pequim também deve agir de forma recíproca, removendo tarifas principalmente sobre produtos agrícolas. Porém, a China quer mais e almeja a redução da tarifa norte-americana de 25% sobre outros US$ 250 bilhões em importações chinesas aos EUA, que tiveram início no ano passado, bem como o cancelamento das tarifas sobre US$ 160 bilhões que entraria em vigor em 15 de dezembro.
Assim, a China quer ter como garantia o fim da taxação sobre US$ 360 bilhões em produtos chineses, que está em vigor desde o início da guerra comercial, há 18 meses, antes de o presidente chinês Xi Jinping assinar um acordo comercial de primeira fase com o presidente dos EUA, Donald Trump, em um local ainda a ser definido. É válido lembrar que o fim das sobretaxas é a principal exigência do lado chinês desde que as negociações tiveram início.
Em reação a esse noticiário, as principais bolsas asiáticas encerraram a sessão em alta, embaladas também pelo fechamento recorde em Wall Street na véspera. Tóquio liderou os ganhos e subiu 1,8%, na volta do feriado, ao passo que Xangai (+0,5%) e Hong Kong (+0,3%) avançaram timidamente. O índice Shenzhen Composto também subiu 0,5%, enquanto Seul subiu 0,6%.
Entre as moedas, destaque para o yuan chinês, que se aproximou-se da faixa de 7 yuans por dólar, em meio ao progresso nas negociações comerciais sino-americanas e após o Banco Central chinês (PBoC) reduzir o custo para financiamentos de curto prazo pela primeira vez desde 2016. Também merece atenção o dólar australiano, que sobe, após o BC local (RBA) manter a taxa de juros. Nas commodities, o petróleo avança.
No Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York seguem em alta, indicando uma continuidade dos ganhos da véspera, quando o Dow Jones fechou em nível recorde pela primeira vez desde julho, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq 100 renovaram as máximas históricas pela segunda sessão seguida. Esse comportamento deve animar a abertura do pregão europeu e também brasileiro, um dia após o Ibovespa alcançar novo topo histórico.
O dólar, por sua vez, voltou a ser negociado na faixa de R$ 4,00, em meio às dúvidas sobre a entrada de recursos externos oriundos do megaleilão do pré-sal, previsto para amanhã. A falta de interesse das europeias Total e BP e da norte-americana Chevron nos blocos a serem ofertados pode resultar em pouca competição entre chineses e árabes, gerando um fluxo bem menor que o esperado, na ordem de US$ 10 bilhões.
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
