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Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Mercado volta do feriado frustrado com o Fed

BC dos EUA não corrobora expectativas de corte na taxa de juros norte-americana neste ano e abre espaço para uma correção nos preços dos ativos de risco

Olivia Bulla
Olivia Bulla
2 de maio de 2019
5:21 - atualizado às 6:28
Decepção com demora no andamento da reforma da Previdência potencializa sentimento negativo nos negócios locais

Após a pausa pelo Dia do Trabalho, os mercados financeiros voltam a funcionar hoje em várias partes do mundo com um sentimento comum de frustração, que abalou os negócios em Nova York ontem. O Banco Central dos Estados Unidos (Fed) não corroborou as expectativas dos investidores de que o próximo movimento na taxa de juros seria de corte.

Segundo o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, não há, neste momento, qualquer razão para apertar ou afrouxar a política monetária, uma vez que o cenário de emprego está mais forte que o esperado e a inflação fraca pode ser “transitória”. Em reação, ontem, o índice S&P 500 registrou a maior queda em seis semanas e o dólar se fortaleceu.

A decisão do Fed de manter a taxa de juros norte-americana no intervalo atual de 2,25% a 2,50% e os comentários de Powell, durante entrevista coletiva, provocaram uma reprecificação nos ativos de risco. Foi o gatilho capaz de engatar uma correção, penalizando as ações, commodities e moedas emergentes.

O problema é que os mercados estavam convencidos de que o próximo movimento do Fed seria um corte, possivelmente já no segundo semestre deste ano. Só que para isso acontecer em breve, “Jay” Powell deixou claro que é preciso que os indicadores econômicos piorem - e muito - pois o cenário mais provável não inclui corte algum.

Tanto que, para controlar as apostas de uma queda iminente no custo do empréstimo nos EUA, o Fed reduziu os juros pagos sobre as reservas excedentes (IOER, na sigla em inglês), de 2,40% para 2,35%. Com a medida, a autoridade monetária tenta obter um controle maior sobre o comportamento das taxas de juros de curto prazo.

War and data

Com isso, a atenção do mercado financeiro fica dividida entre os indicadores econômicos norte-americanos e a guerra comercial entre EUA e China, em busca de sinais sobre a saúde da atividade global e a necessidade (ou não) de estímulos adicionais por parte do Fed.

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Em relação à disputa entre as duas maiores economias do mundo, a delegação norte-americana encerrou a rodada de negociações em Pequim classificando-a como “produtiva”. Ainda existem obstáculos para um acordo final e as conversas serão retomadas em Washington na próxima semana, quando se espera que um esboço seja alcançado.

A expectativa é de que os presidentes Donald Trump e Xi Jinping assinem um termo até junho. A reversão de tarifas já adotadas e o acesso a mercados-chave na China estão sendo discutidos, mas o governo chinês resiste em abrir mão de subsídios a empresas nacionais, o que forçaria uma mudança na diretriz política do partido comunista.

Além disso, nesta véspera da divulgação do relatório oficial sobre o mercado de trabalho nos EUA, os investidores redobram a cautela, já que a pesquisa ADP mostrou ontem uma criação robusta de vagas no setor privado norte-americano, em um sinal de que o payroll amanhã pode vir igualmente forte.

Segundo a ADP, a economia dos EUA gerou 275 mil postos de trabalho nas empresas em abril, número que ficou bem acima da previsão de alta de 180 mil. Com isso, a estimativa para o payroll do mês passado, de abertura da 187 mil vagas, também foi elevada para algo acima de 200 mil - entre 210 mil e 240 mil - o que manteria a taxa de desemprego em 3,8%.

Mas o que os investidores estão mesmo interessados é no ganho médio por hora, a fim de interpretar se as leituras fracas sobre os preços ao consumidor são mesmo “transitórias”, como disse o Fed. A estimativa é de crescimento de 3,3% no rendimento por hora trabalhada, na média e em base anual.

Wall Street melhora

Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram em alta hoje, o que abriu espaço para uma melhora nos negócios na Ásia na volta do feriado, ofuscando a queda de ontem em Wall Street. As bolsas de Xangai e de Hong Kong subiram, diante das esperanças de um acordo comercial da China com os EUA na sexta-feira da semana que vem.

Já na Europa, as principais bolsas ainda são afetadas pela decisão do Fed, sem forças para firmar uma direção positiva para o dia. O euro e a libra esterlina, porém, ensaiam ganhos em relação ao dólar, que também perde terreno para algumas moedas correlacionadas às commodities. O petróleo, por sua vez, segue em queda.

Previdência só dia 7

Já no Brasil, a reforma da Previdência volta à pauta apenas na próxima semana. A primeira sessão da comissão especial foi marcada para a terça-feira que vem, quando terá início a contagem das atividades. São necessários, no mínimo, dez sessões, para poder colocar o relatório em votação. É nesse período que são apresentadas as emendas à proposta.

O mercado financeiro doméstico está ansioso em relação ao tema e não vê a hora de a tramitação das novas regras para aposentadoria ganhar celeridade. A expectativa do investidor é de que novos tópicos já sejam lançados, como o caso da reforma tributária, já ventilada pela imprensa.

O problema é que enquanto não estiver clara a desidratação que o texto original pode sofrer na comissão especial nem a garantia dos 308 votos necessários para aprovar a matéria no plenário da Câmara, em dois turnos, os ativos locais tendem a seguir vulneráveis à cena política. E, com isso, tudo aquilo que se espera de mudanças para o país fica em suspense.

Para o mercado financeiro, o Legislativo não deu conta da importância e da urgência da agenda de reformas do governo nem da gravidade da situação fiscal do Brasil. Houvesse essa sensibilidade, a comissão especial retomaria os trabalhos já nesta quinta-feira e não apenas no próximo dia 7, perdendo dias preciosos para acelerar tramitação...

Essa demora no andamento da Previdência entre os deputados abre espaço para as críticas e manifestações contrárias à reforma. Ontem, feriado do Dia do Trabalho, milhares de pessoas foram às ruas para protestar, em um movimento que uniu as centrais sindicais pela primeira vez em São Paulo.

Aos gritos e bandeiras de “fora Bolsonaro”, a celebração do 1º de Maio virou um desagravo ao governo e pode afetar ainda mais a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que registrou queda recorde na aprovação antes de completar os primeiros cem dias de mandato. E a perda de apoio entre a população pode abalar o capital político do Executivo, dificultando as negociações com o Congresso sobre a aprovação da reforma.

Em pronunciamento em cadeia nacional, em razão do Dia do Trabalho, Bolsonaro atribuiu as “dificuldades iniciais” de mandato às “concepções políticas antagônicas”, creditando os obstáculos às diferenças ideológicas com governo anteriores. Com quase 30 milhões de brasileiros não trabalhando ou trabalhando menos do que gostariam, o presidente dedicou sua fala à medida da liberdade econômica, que faz um afago aos empreendedores.

Volta do feriado tem agenda fraca

A agenda econômica desta quinta-feira está mais fraca, no Brasil e no exterior. Por aqui, destaque para os dados da balança comercial em abril, a partir das 15h. Na safra de balanços, o Itaú publica o resultado financeiro referente ao primeiro trimestre deste ano, após o fechamento da sessão local.

No exterior, merece atenção a decisão de juros do Banco Central da Inglaterra (BoE), às 8h. No mesmo horário, a autoridade monetária publica o relatório trimestral de inflação. Já nos EUA saem (9h30) os pedidos semanais de auxílio-desemprego e dados sobre o custo da mão de obra e a produtividade no país, além das encomendas às fábricas (11h).

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