🔴 EVENTO GRATUITO: COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
Multimercados

Com juro baixo, gestor de fundos da Kinea aposta em título atrelado à inflação e bolsa

Em vez de tentar acertar até que ponto a Selic vai cair, fundos estão posicionados para um cenário de juros baixos por um período mais prolongado do que o mercado espera, segundo me contou Marco Aurelio Freire, sócio-gestor da Kinea

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
25 de setembro de 2019
5:58 - atualizado às 8:38
Marco Aurelio Freire, sócio-gestor da Kinea - Imagem: Youtube / Reprodução

A taxa básica de juros vai cair até os 5% no fim deste ano ou pode testar níveis ainda menores? A discussão ganhou o mercado depois da sinalização de um corte mais agressivo feito pelo Banco Central na reunião do Copom desta semana.

Mas para a gestora de fundos Kinea, controlada pelo Itaú Unibanco, o mercado de juros embute outra oportunidade. Em vez de tentar acertar em que ponto a Selic vai parar, os fundos da casa estão posicionados para um cenário de juros baixos por um período mais prolongado do que o mercado espera.

  • Importante:Fausto Botelho, um dos maiores especialistas de análise gráfica do Brasil, está reunindo um grupo para ganhar ao lado dele. Você pode conseguir um lugar.Veja como aqui.

Estive no escritório da Kinea – que possui um total de R$ 65 bilhões sob gestão – na semana passada (antes da última reunião do Copom) para uma conversa com o sócio-gestor Marco Aurelio Freire. Ele é o responsável pela família de fundos multimercados, que se tornou um dos carros-chefes da casa.

O fundo Chronos, que reúne o maior patrimônio (R$ 9,4 bilhões), acumula rentabilidade de 148% do CDI desde o início, em junho de 2015, e está atualmente fechado para captação.

Mas a Kinea planeja reabrir em outubro outro fundo da família, o Atlas II. Lançado em abril do ano passado, o fundo – que possui um grau de risco maior que o Chronos – acumula ganho de 215% do CDI no acumulado até agosto.

Títulos de médio e longo prazo na carteira

Para se aproveitar desse cenário em que as taxas de juros projetadas pelo mercado estão mais altas do que o esperado, os fundos da Kinea estão posicionados principalmente em títulos públicos atrelados à inflação (Tesouro IPCA) de prazos médios e longos.

Freire me disse que espera os juros em níveis baixos por mais tempo porque a retomada da esperada da economia não deve ser suficiente para pressionar a inflação nos próximos anos. “A queda da Selic será mais perene do que o mercado imagina”, afirma.

A posição dos fundos da Kinea é baseada na expectativa de que a retomada esperada da economia não será suficiente para pressionar a inflação. “O desemprego ainda está em níveis muito altos e deve levar anos para se normalizar”, diz.

As expectativas de inflação, que têm grande influência sobre as ações do Banco Central, também seguem sob controle, o que para o gestor reforça a visão de que os juros devem permanecer em níveis baixos.

A estimativa do mercado para o IPCA neste ano está em 3,44%. Para 2020 e 2021, as projeções estão em 3,80% e 3,75%, respectivamente. Ou seja, em todos os casos estão abaixo ou no centro da meta de inflação.

Vendido em dólar

O gestor da Kinea também não vê a recente alta do dólar como uma ameaça ao cenário de juros baixos. Ao contrário, ele aproveitou a valorização para vender a moeda norte-americana.

Freire lembrou que a valorização da moeda norte-americana foi ainda maior durante o período de tensão pré-eleitoral, no ano passado. E nem mesmo assim houve maiores sustos com a inflação. Em 2019, a alta acumulada do dólar está na casa dos 8%, contra os 26% entre janeiro e setembro do ano passado.

O gestor tem uma teoria interessante sobre o movimento do câmbio, principalmente no mês passado, quando o real se desvalorizou mais do que as divisas de outros países emergentes.

Para ele, a moeda brasileira foi usada como hedge (proteção) por investidores, já que o país é potencialmente afetado tanto pela guerra comercial entre Estados Unidos e China como pela crise argentina. “Com a queda dos juros, ficou mais barato fazer esse hedge”, diz.

Freire avalia que o mercado de um modo geral está “excessivamente pessimista” com o cenário externo. Isso porque o presidente dos EUA, Donald Trump, terá pouco incentivo para agravar a disputa comercial no ano que vem, em que disputará a eleição. “O discurso de endurecimento com os chineses já é dele”, afirma.

O gestor da Kinea também vê como baixo o risco de recessão da economia norte-americana, até porque o Fed (BC dos EUA) tem espaço para estimular a economia, até porque a inflação lá fora também segue comportada.

Bolsa não é Ibovespa

Assim como boa parte das gestoras locais, a Kinea também está otimista com o desempenho da bolsa. Mas Freire faz uma ressalva importante aqui. "A bolsa é diferente do Ibovespa."

O que ele quer dizer é que, embora os fundos estejam comprados em ações, as empresas do portfólio não são aquelas representados pelo principal índice da bolsa, composto principalmente por papéis de grandes bancos e produtores de commodities.

O gestor prefere não mencionar ações específicas, mas afirma que entre os setores favoritos estão os de consumo, serviços financeiros e construção civil. Mesmo que o desempenho da economia ainda deixe a desejar, a aposta da Kinea é que o resultado dessas empresas vai avançar em um ritmo maior do que as vendas.

Compartilhe

BRIGA PELO TRONO GRELHADO

Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta

21 de setembro de 2022 - 8:01

Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23

15 de setembro de 2022 - 19:12

O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

FECHAMENTO DO DIA

Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17

14 de setembro de 2022 - 18:34

O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar