🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Um brinde à maconha! O casamento entre as cervejarias e a indústria de cannabis

Nos estados americanos onde o consumo recreativo foi legalizado, cada vez mais consumidores estão trocando a cerveja e os drinks tradicionais por bebidas que contenham cannabis

15 de fevereiro de 2019
9:23 - atualizado às 11:08
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Foi-se o tempo em que maconha era assunto restrito apenas às páginas policiais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De alguns anos para cá, com o avanço da legalização e o consequente surgimento de um novo e bilionário mercado, a erva passou a marcar presença cada vez mais frequente também nas seções corporativas.

Notícias sobre IPOs (Ofertas Públicas Iniciais de Ações, na sigla em inglês), resultados e, principalmente, fusões e aquisições mostram que o pessoal do dinheiro já está atento ao fenômeno em torno da cannabis. A legalização no Canadá e em alguns estados americanos trouxe uma onde de investimentos, que levou as companhias às bolsas de valores estrangeiras e atrai investidores do mundo todo. Você mesmo poderia comprar, da mesma forma que compra uma ação na bolsa americana, tudo dentro da legalidade.

E entre aqueles que estão aproveitando o momento sem hesitar, estão algumas das principais fabricantes de bebidas e cigarros do planeta.

O pontapé inicial foi dado em outubro de 2017, quando a Constellation Brands – que produz a cerveja Corona – comprou por US$ 245 milhões uma fatia de 9,9% da Canopy Growth, a maior produtora de maconha do mundo e de longe a empresa mais valiosa do setor, com um valor de mercado em torno de US$ 15 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A operação foi tão bem-sucedida que, pouco tempo depois, em agosto do ano passado, a Constellation decidiu aumentar sua participação. Desta vez, no entanto, o investimento foi muito mais significativo, de US$ 3,8 bilhões por mais 28,1%, elevando sua porção na Canopy para um total de 38%.

Leia Também

Como seria de se esperar, um deal desta magnitude envolvendo uma empresa icônica como a Constellation acabou por acionar um forte gatilho de valorização para as ações de cannabis.

Nos dois meses seguintes ao anúncio da venda, a Canopy viu suas ações listadas em Nova York mais do que dobrarem de valor, caminho seguido por praticamente todos os demais papéis do setor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os investidores pareciam compreender que aquele seria o primeiro grande passo para uma nova tendência: as bebidas com infusões derivadas de compostos de maconha.

O medo passou

Embora alguns especialistas defendam que os sinais ainda não são claros, já existem estudos mostrando que, nos estados americanos onde o consumo recreativo foi legalizado, cada vez mais consumidores estão trocando a cerveja e os drinks tradicionais por bebidas que contenham cannabis.

E com a chegada de grandes empresas multinacionais, o mercado parece ter perdido de vez o medo de investir em um setor que até recentemente operava na sombra.

Além do deal entre Canopy e Constellation, a Molson Coors Brewing já anunciou uma joint venture com a canadense HEXO e a AB InBev, que tem entre seus principais acionistas os brasileiros da 3G, fechou um acordo com a também canadense Tilray para estudar e desenvolver bebidas não alcoólicas à base de cannabis.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Lista que deve aumentar consideravelmente, dado que a Diaego, maior fabricante de bebidas alcóolicas do mundo, e a Coca-Cola, que dispensa apresentações, já confirmaram no ano passado que estão monitorando de perto o crescimento deste mercado.

Com vários rumores de conversas já avançadas com alguns dos mais importantes players de cannabis, meu palpite é que ambas dificilmente deixarão de aproveitar essa tendência. Não só elas, mas como todas as outras grandes produtoras de bebidas.

Conforme destacou o CEO da Constellation, Robert Sands, na época do anúncio do negócio com a Canopy, o mercado que se abre é “potencialmente uma das mais importantes oportunidades de crescimento global da próxima década”.

Mudar para não morrer?

A afirmação do executivo parece ser tão verdadeira que não são apenas as fabricantes de bebidas que se mostram empenhadas em aproveitar as ditas oportunidades.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Empresas de outros setores, como o de cigarros, também já estão anunciando vultosos investimentos na tentativa de abocanhar uma fatia dos bilhões que deverão ser movimentados pela indústria de cannabis nos próximos anos.

Em dezembro do ano passado, a Altria, uma das maiores companhias de tabaco e dona do Marlboro, marca mais famosa de cigarros do planeta, pagou US$ 1,8 bilhão por 45% das ações da Cronos, canadense entre as maiores empresas que atuam no mercado legal de maconha.

A compra tem por objetivo abrir caminho para outras áreas além do cigarro tradicional, cujas vendas estão desacelerando. Neste sentido, controlar o produto fadado a substituir o tabaco parece uma boa opção. E a exemplo das grandes indústrias de bebidas, a Altria possui recursos mais do que suficientes para assumir esse “risco”.

A prosperidade de todos esses deals dependerá, em grande escala, do tempo que os Estados Unidos levarão para legalizar ou ao menos abrandar as leis em nível federal. A expectativa é que isso ocorra em breve, na medida em que o novo procurador-geral do país se mostra muito mais propenso a evoluir para uma abordagem mais ampla sobre o tema.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apesar do cultivo e consumo serem permitidos em alguns estados, a maconha ainda é ilegal nos EUA, o que faz com que muitas instituições financeiras se recusem a movimentar o dinheiro oriundo deste mercado, mesmo ele estando totalmente dentro da lei.

Uma eventual legalização federal ou ao menos uma medida que dê a segurança jurídica necessária para que os empresários decidam investir com mais força e destravem de vez o mercado americano são, em minha opinião, os próximos grandes gatilhos para mais uma onda de forte valorização das ações de cannabis.

Lembre-se que, por mais que o Canadá tenha quebrado um paradigma na recém-nascida indústria ao se tornar o primeiro país do G-7 a permitir o consumo recreativo, sua população inteira e seu PIB são menores do que os da Califórnia, o estado americano mais avançado hoje no que diz respeito à legalização.

Para se ter uma ideia do tamanho da diferença, a Arcview, uma das consultorias de referência do setor, estima que no ano passado foram gastos US$ 12,2 bilhões no mercado legal de maconha, sendo aproximadamente US$ 10 bilhões nos EUA e apenas US$ 1 bilhão no Canadá.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A previsão da Arcview é de que os gastos continuem crescendo a um ritmo muito forte até chegar em US$ 32 bilhões em 2022. Estamos falando, portanto, de um mercado que deve quase triplicar de tamanho em um intervalo de apenas quatro anos. E muito desse crescimento se deve justamente à entrada de algumas das maiores empresas de bebidas e cigarros no setor, conforme destacou o CEO da consultoria, Troy Dayton.

Agindo local, pensando global

Por tudo isso, nós seríamos muito ingênuos de imaginar que companhias do porte de Altria, Constellation, AB InBev, entre outras, tivessem tomado a decisão de investir em cannabis pensando somente no mercado canadense.

A entrada de cada vez mais gigantes na indústria de cannabis é um sinal inequívoco de que as águas americanas também são seguras. De modo que minha recomendação aos investidores é que apenas tenham paciência para que a tese de investimento para o setor como um todo se concretize.

Se os EUA são o lugar onda marcas e fortunas crescem, não há razão para pensar que com o mercado da maconha será diferente. Lembrando que estamos falando de um negócio de bilhões, dos quais boa parte ainda segue na mesa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”

5 de dezembro de 2025 - 16:44

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência

CARTEIRA RECHEADA

Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro

5 de dezembro de 2025 - 10:07

A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%

MERCADOS

Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar? 

4 de dezembro de 2025 - 19:00

A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui

ALÉM DAS NUVENS

Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan 

4 de dezembro de 2025 - 17:35

Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes

BOLSOS CHEIOS

Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes

4 de dezembro de 2025 - 12:15

Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação

MEXENDO NA CARTEIRA

Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista

4 de dezembro de 2025 - 10:24

Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa

FII DO MÊS

BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro

4 de dezembro de 2025 - 6:02

Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133

3 de dezembro de 2025 - 19:05

Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas

TOUROS E URSOS #250

Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026

3 de dezembro de 2025 - 18:33

Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos

AÇÃO DO MÊS

Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo

3 de dezembro de 2025 - 6:04

Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país

UMA AÇÃO PARA CARREGAR?

Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026

2 de dezembro de 2025 - 19:20

Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos

PERSPECTIVAS 2026

A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano

2 de dezembro de 2025 - 12:46

Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios

CARTEIRA RECOMENDADA

As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG

1 de dezembro de 2025 - 18:03

Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período

AÇÕES NO TOPO

XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda

1 de dezembro de 2025 - 15:00

Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais

O INSACIÁVEL

A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação

1 de dezembro de 2025 - 9:55

Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar