🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Análise

Inflação abaixo do esperado e a cautela do Banco Central

IPCA comportado e atividade fraca devem impulsionar debate sobre a existência de espaço ou não para novas reduções da Selic

Eduardo Campos
Eduardo Campos
8 de fevereiro de 2019
11:06 - atualizado às 9:53
Reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom)
Reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) - Imagem: Flickr Banco Central do Brasil

Nesta semana, o Banco Central (BC) reiterou a cautela, a serenidade e a perseverança na condução da política monetária ao manter a Selic em 6,5% e ver um balanço de risco ainda assimétrico para o lado negativo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E nesta sexta-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,32% na primeira leitura do ano, abaixo da mediana das projeções do mercado que estava em 0,37% (Projeções Broadcast), acumulando 3,78% em 12 meses.

Por outro lado, os núcleos, que tentam captar a tendência de preço, apresentaram comportamento diverso, subindo 0,3% na média de 12 meses, para 3,14%, segundo os cálculos da CM Capital Markets. Mas parecem seguir em patamares confortáveis, segundo o próprio BC.

Os dados, aliados a números pouco animadores do lado da atividade e renovada preocupações com uma desaceleração global, devem continuar impulsionando uma interessante discussão sobre a atuação do BC: haveria ou não espaço para mais reduções da taxa Selic? O BC perdeu uma a oportunidade de dar contribuir ainda maior na retomada da atividade sem colocar sua missão em risco? Ou diante de quadro ainda incerto por aqui (reformas) e nebuloso no âmbito global, o tradicional conservadorismo da autoridade monetária é o caminho mais adequado?

O debate começou no fim do ano passado (e participamos dele aqui), quando a preocupação eleitoral se dissipou e se cristalizou um quadro de mais um ano de IPCA abaixo da meta, e ganhou novo fôlego agora em janeiro com artigos de especialistas no “Blog do Ibre” da Fundação Getulio Vargas (FGV), e artigos em diferentes jornais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em artigo, o chefe do Centro de Estudos Monetários do Ibre, professor José Júlio Senna, avalia que as argumentações favoráveis a uma atuação mais ousada do BC são válidas, mas não fazem parte da essência do regime de metas para a inflação.

Leia Também

De acordo com Senna, o BC tem duas opções. A primeira seria respeitar o arcabouço teórico vigente, mirando projeções e expectativas na meta, representado pelo regime. Ou passar a agir de maneira discricionária, postura que a atual diretoria do BC não mostra nenhum apreço.

Para o professor, a situação atual representa uma boa ilustração prática do recado dado e reiterado de “cautela, serenidade e perseverança”, pois no caso de as reformas internas decepcionarem, as condições financeiras inviabilizariam qualquer redução adicional de juros. Por outro lado, com resultados bons, o BC não se precipitaria, pois estaria aberto o espaço para que os efeitos da redução de quase 800 pontos da Selic desde o fim de 2016 se consumassem plenamente, ampliando-se assim os estímulos à economia.

Em resposta ao artigo de Senna, o professor da UFRJ, Ricardo de Menezes Barboza, também foi ao “Blog do Ibre”. Para Barboza, advogar por novas reduções não necessariamente é pregar contra o regime de metas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para o economista, apesar de alguns choques de preços ficarem completamente fora do controle do BC, há bons indícios de que o IPCA de 2018 e 2019 abaixo da meta carregue algo mais estrutural.

Barboza argumenta sobre o modelo de projeção do BC e mostra como a autoridade tem superestimado a inflação de forma sistemática. Depois, o especialista discute fatores que podem ter tirado potência da política monetária, tornado sua transmissão ao lado real da economia menos eficiente.

Ainda de acordo com Barboza, uma queda adicional de meio ponto percentual na Selic não seria uma panaceia para a economia brasileira. Mas novos estímulos iriam no sentido de estimular o PIB na direção do potencial e a inflação na direção da meta, o que é absolutamente desejável.

Alguma conclusão?

Difícil contra argumentar mestres e PhDs em economia, mas meu modesto palpite é que o BC preferiu não tomar risco, indo até o limite do que toma por razoável na redução do juro diante de grandes incógnitas locais e externas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por aqui, temos um cenário que se configura cada vez mais binário. Ou resolvemos a questão fiscal ou caímos do abismo econômico e social. Lá fora, a economia parece desacelerar e os bancos centrais voltam a liberar liquidez promovendo condições financeiras que podem engendrar a próxima crise devastadora.

Quem poderia trazer maior clareza ao debate é o próprio presidente do BC, Ilan Goldfajn. Mas ele está de saída da instituição e terá de cumprir uma longa quarentena até poder voltar ao debate público sobre seu trabalho no comando da instituição.

Por ora, creio que nos resta aguardar, primeiro a ata da última reunião do Copom (terça-feira) e alguma indicação de como Roberto Campos Neto encara todas essas questões. Ele deve chegar ao BC em março e sua sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e seu discurso de posse devem mostrar de que lado vai se posicionar.

Veja aqui o artigo de José Júlio Senna

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Veja aqui o artigo de Ricardo Menezes Barboza

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEM SENA

O que acontece se ninguém acertar as seis dezenas da Mega da Virada

29 de dezembro de 2025 - 7:07

Entenda por que a regra de não-acumulação passou a ser aplicada a partir de 2009, na segunda edição da Mega da Virada

CORRIDA DOURADA

China ajuda a levar o ouro às alturas em 2025 — mas gigante asiático aposta em outro segmento para mover a economia

28 de dezembro de 2025 - 11:55

Enquanto a demanda pelo metal cresce, governo tenta destravar consumo e reduzir dependência do setor imobiliário

MEGA TURBO

Como uma mudança na regra de distribuição de prêmios ajudou a Mega da Virada a alcançar R$ 1 bilhão em 2025

28 de dezembro de 2025 - 10:43

Nova regra de distribuição de prêmios não foi a única medida a contribuir para que a Mega da Virada alcançasse dez dígitos pela primeira vez na história; veja o que mais levou a valor histórico

ALEATORIEDADE ESTRATÉGICA

ChatGPT, DeepSeek, Llama e Gemini: os palpites de IAs mais usadas do mundo para a Mega da Virada de 2025

27 de dezembro de 2025 - 11:51

Inteligências artificiais mais populares da atualidade foram provocadas pelo Seu Dinheiro a deixar seus palpites para a Mega da Virada — e um número é unanimidade entre elas

MAIS E MAIS RICOS

Os bilionários da tecnologia ficaram ainda mais ricos em 2025 — e tudo graças à IA

26 de dezembro de 2025 - 15:52

Explosão dos investimentos em inteligência artificial impulsionou ações de tecnologia e adicionou cerca de US$ 500 bilhões às fortunas dos maiores bilionários do setor em 2025

CORRIDA FORA DA PISTA

Quanto ganha um piloto de Fórmula 1? Mesmo campeão, Lando Norris está longe de ser o mais bem pago

26 de dezembro de 2025 - 11:26

Mesmo com o título decidido por apenas dois pontos, o campeão de 2025 não liderou a corrida dos maiores salários da Fórmula 1, dominada por Max Verstappen, segundo a Forbes

NA MIRA

Caso Master: Toffoli rejeita solicitação da PGR e mantém acareação em inquérito com Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central

25 de dezembro de 2025 - 11:05

A diligência segue confirmada para a próxima terça-feira, dia 30

OTIMISMO NOS NEGÓCIOS

Bons resultados do fim de ano e calendário favorável reforçam confiança entre empresários de bares e restaurantes para 2026, aponta pesquisa

25 de dezembro de 2025 - 10:35

O próximo ano contará com dez feriados nacionais e deve estimular o consumo fora do lar

MISTÉRIO

O que aconteceu com o ganhador da Mega da Virada que nunca foi buscar o prêmio

25 de dezembro de 2025 - 9:28

Autor de aposta feita pelos canais eletrônicos da Caixa não reivindicou o prêmio da Mega da Virada de 2020 e o dinheiro ficou com o governo; saiba o que fazer para não correr o mesmo risco

ACIMA DA INFLAÇÃO

Governo estabelece valor do salário mínimo que deve ser pago a partir de 1º de janeiro; veja em quanto ficou

24 de dezembro de 2025 - 13:30

A correção foi de 6,79%, acima da inflação, mas um pouco abaixo do reajuste do ano anterior

NA MIRA DA JUSTIÇA

Caso Master: Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central vão depor frente a frente no STF

24 de dezembro de 2025 - 12:42

O objetivo é esclarecer as diferentes versões dos envolvidos na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB

ÁGUA LIMPA E VISTA BOA

Das 4 praias mais limpas do Brasil, as 3 primeiras ficam em ilhas — e uma delas no sudeste

24 de dezembro de 2025 - 12:13

Entre as praias mais limpas do Brasil, três estão em ilhas e apenas uma fica no Sudeste, com critérios rigorosos de preservação ambiental

MANDADO DE SEGURANÇA

ACSP aciona Justiça Federal para garantir isenção de Imposto de Renda sobre dividendos de micro e pequenas empresas

23 de dezembro de 2025 - 18:00

A medida é uma reação às mudanças trazidas pela Lei nº 15.270, que alterou as regras do IR

NAVE (E AÇÕES) NO CHÃO

Primeiro foguete comercial lançado pelo Brasil explode no céu; ações de empresa sul-coreana derretem

23 de dezembro de 2025 - 12:04

Após uma série de adiamentos, o Hanbit-Nano explodiu logo após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara e derrubou as ações da fabricante Innospace

FINAL DE ANO

Bancos funcionam no Natal e no Ano Novo? Veja o que abre e o que fecha

23 de dezembro de 2025 - 9:44

Bancos, B3, Correios e transporte público adotam horários especiais nas vésperas e nos feriados; veja o que abre, o que fecha e quando os serviços voltam ao normal

LOTERIAS

Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário

23 de dezembro de 2025 - 7:48

Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores

PROJEÇÕES 2026

Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026

23 de dezembro de 2025 - 6:02

Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano

BOA NOTÍCIA

Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde

22 de dezembro de 2025 - 16:17

Levantamento da Cetesb mostra melhora em relação ao ano passado e aponta que apenas 1 em cada 10 praias paulistas tem restrição para banho

A JANELA ESTÁ FECHANDO

Brasil tem hoje a última chance de lançar primeiro foguete comercial

22 de dezembro de 2025 - 10:24

Após quatro adiamentos por falhas técnicas, clima e problemas em solo, o Hanbit-Nano, primeiro foguete brasileiro comercial tem nesta segunda-feira a última janela para decolar do Centro de Lançamento de Alcântara

R$ 1 BILHÃO!

Mega-Sena interrompida: agora toda aposta vale apenas para o bilionário sorteio da Mega da Virada

22 de dezembro de 2025 - 9:15

Mega da Virada vai sortear pela primeira vez na história um prêmio de R$ 1 bilhão; sorteio está marcado para a noite de 31 de dezembro

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar