A campeã voltou? Calor e Carnaval devem impulsionar resultado da Ambev, diz Goldman Sachs
Analistas do banco americano reiteraram a compra das ações depois de participarem de uma reunião com diretores da cervejaria, que apontaram o crescimento no segmento “premium”

Depois de enfrentar grandes desafios concorrenciais, com seu tradicional modelo cervejeiro colocado em xeque, a Ambev tem tudo para entrar em novos tempos ao longo de 2019. Pelo menos é isso que apontam alguns analistas do Goldman Sachs, em relatório divulgado ao mercado nesta segunda-feira, 22.
O balanço do 1º trimestre da empresa já está batendo à porta (os resultados estão marcados para sair em 7 de maio), mas enquanto os números não saem, a Ambev segue apresentando alguns motivos que, na visão do grupo financeiro, serão a base para um novo impulso de negócios.
O primeiro deles é o volume de vendas no Brasil. Impulsionadas pelo fraco desempenho no 1º trimestre do ano passado, pelo Carnaval mais tarde do que o convencional e pelo calor acima da média no país, o Goldman Sachs espera que a comercialização de cervejas cresça 5%, enquanto a de refrigerantes suba 10%.
Tais resultados, se confirmados, devem alavancar o volume de vendas total da empresa em 6%, com uma receita 11,7% maior e uma geração de caixa via Ebitda crescendo 8,7%, todos na comparação anual.
Mas nem só de Brasil vive a Ambev, e são nos mercados gringos que moram os riscos levantados pelo Goldman Sachs para o resultado mundial da gigante de bebidas. O relatório do grupo financeiro aponta que os ventos contrários na Argentina, que vive uma profunda crise fiscal, devem puxar o lucro da Ambev para baixo. Para a América Central, no entanto, a expectativa permanece positiva.
Espaços para a diversidade
Os analistas do Goldman Sachs também fizeram comentários acerca de uma reunião que fizeram com o CFO da Ambev, Fernando Tennenbaum. Na ocasião, Tennenbaum teria sinalizado algumas aberturas do grupo para novidades dentro do portfólio.
Ao apresentar alguns dados que mostram a retomada do consumo no Brasil, sobretudo a partir dos últimos meses de 2018, o CFO afirmou que é notável o crescimento da Ambev no setor chamado “premium”, na esteira do lançamento de alguns novos produtos do grupo destinados a esse tipo de público.
Um exemplo citado por Tennenbaum é a receptividade da cerveja Skol Puro Malte, lançada no início deste ano e que, de acordo com o executivo, trouxe grandes perspectivas de mercado já que ficou precificada na mesma faixa que as Skols tradicionais.
Tá, mas e o preço?
Avaliando os riscos e as perspectivas de negócio, o Goldman Sachs manteve a recomendação de compra para as ações da Ambev (ABEV3) na B3, com preço-alvo em 12 meses de R$ 20,00 ou US$ 5,30. Por volta das 16h15 de hoje, os papéis da cervejaria eram negociados em alta de 1,99%, a R$ 17,42. Confira a cobertura completa da bolsa hoje.
Como fatores de atenção no período, o relatório sinaliza alguns riscos como um novo declínio acentuado no volume de vendas de cerveja, uma desaceleração econômica no Brasil e a ascensão de concorrentes para os principais produtos Ambev.
Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA
Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista
Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?
O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)
Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%
Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos
Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo
BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês
Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice
Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro
Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês
Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar
Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico
Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal
Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal
Leia Também
-
É pra encher o carrinho: por que o Bank of America passou a recomendar a compra das ações do Mercado Livre agora?
-
A maior oferta da Shein: varejista das “blusinhas” prepara IPO bilionário em Nova York
-
CEO da GetNinjas (NINJ3) é demitido da empresa que ele mesmo fundou após 12 anos; veja quem substitui o executivo