Com um aumento de 16% no lucro líquido no segundo trimestre, o balanço da Ambev desceu redondo para os investidores. E, como resultado, os ativos da cervejaria (ABEV3) tiveram uma quinta-feira (25) amplamente positiva.
Em São Paulo, os papéis ON da companhia (ABEV3) fecharam a sessão em alta de 8,52%, a R$ 19,49 — o maior nível de encerramento em um ano. E, em Nova York, os recibos de ações (ADRs) da empresa (ABEV) avançaram 9,09%, a US$ 5,16.
O lucro da Ambev no segundo trimestre foi de R$ 2,712 bilhões, acima da projeção dos analistas, cuja média apontava para R$ 2,392 bilhões, de acordo com dados da Bloomberg.
No Brasil, o destaque ficou por conta do volume de cerveja vendido, que chegou a 18,25 milhões de hectolitros - aumento de 2,9%. Enquanto analistas do Itaú BBA esperavam um crescimento de 2,0%.
Em relatório, os especialistas do banco alteraram a recomendação relacionada as ações da Ambev: de underperform para outperform. Em outras palavras, eles mudaram a visão de venda para os papeis da companhia e agora recomendam a compra.
Entre os motivos, os analistas do Itaú BBA ainda citam o aumento do volume na América Central e Caribe, de 5,7%, que levou a melhor margem Ebitda já registrada pela empresa. "Essa região não pode mais ser ignorada", dizem os analistas em relatório.
A Ambev atribui o bom desempenho na região, entre outras coisas, à marca Presidente, na República Dominicana, e outras marcas no Panamá. "Liderado pela Corona, Budweiser e Modelo, há um desenvolvimento de nossa estratégia de expansão do premium na região, onde o segmento representa uma grande oportunidade futura", diz a companhia.
Outros números
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do segundo trimestre aumentou 0,4% - chegando a R$ 4,691 bilhões. Já a receita líquida da companhia somou R$ 12,145 bilhões, num aumento de 5,5% na comparação anual.
O resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 567,4 milhões. No primeiro semestre, a Ambev reportou um lucro líquido ajustado de R$ 5,474 bilhões, valor 10,9% acima do registrado em igual período de 2018. Já o Ebitda ajustado chegou a R$ 9,811 bilhões, enquanto a receita líquida atingiu R$ 24,785 bilhões - aumento de 7,1%.
O que recomendam os analistas:
- Itaú BBA: compra; preço-alvo: R$ 22,00 / US$ 5,50;
- BTG Pactual: neutra; preço-alvo: R$ 17,00 / US$ 4,50;
- Goldman Sachs: compra; preço-alvo: R$22,00 / US$ 5,60;
- Credit Suisse: compra; preço-alvo: R$ 20,50.