Ação da dona da Riachuelo dispara com ‘injeção’ de governança
Conselho da Guararapes aprovou conversão de ações preferenciais (PN), sem direito a voto, em ordinárias (ON), e sem pegadinhas para os minoritários
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Nada como uma injeção de governança corporativa para turbinar uma empresa na bolsa. As ações preferenciais (PN) da Guararapes, dona da rede de lojas de vestuário Riachuelo, subiam quase 15% hoje pela manhã na B3. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,23%.
Os investidores reagem à notícia de que o conselho da empresa aprovou a conversão de todos os papéis PN em ordinários (ON), que dão direito a voto aos acionistas.
As ações ON da empresa também subiam forte: 5,06%. A liquidez dos papéis é pequena, mas hoje o volume negociado já passa dos R$ 15 milhões, somando as duas classes de ações.
A conversão será feita na relação de 1 para 1. Ou seja, sem nenhum tipo de prêmio de controle ou outra pegadinha que costuma ser aplicada aos minoritários.
A mudança da base acionária para 100% de ordinárias é uma das condições para uma empresa ser listada no Novo Mercado, segmento de mercado no qual estão as companhias com práticas mais rigorosas de governança.
A Guararapes não informou, contudo, se a intenção da conversão das ações é um futuro ingresso no Novo Mercado. Mas se os passos rumo à uma governança mais sólida se concretizarem, a empresa deve começar a rivalizar com a Lojas Renner na preferência dos investidores.
Grandes números
No fechamento de ontem, a dona da Riachuelo valia R$ 8,8 bilhões na bolsa. De janeiro a setembro, registrou lucro líquido de R$ 223,5 milhões, uma queda de 8,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Sem considerar efeitos extraordinários, porém, o resultado teria aumentado 31%.
A Riachuelo conta com uma rede de 308 lojas, a última inaugurada nesta semana em São José (SC). A Guararapes também controla a Midway Financeira e conta com uma base de 30,5 milhões de cartões.
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