Caneladas e munição para o inimigo
Declarações de Bolsonaro e aliados sobre Previdência e privatizações repercutem mal

Jair Bolsonaro tem por hábito chamar de “caneladas” as declarações controversas de aliados. Mas nos últimos dias é ele mesmo que tem perpetrado os golpes, fornecendo munição ao inimigo e levantando dúvida entre apoiadores.
Dois pontos abordados por Bolsonaro no “Jornal da Band” não soaram bem entre agentes de mercado. A questão de ir mais vagarosamente com a reforma da Previdência parece contrastar com ênfase que vinha sendo dada por seu assessor econômico, Paulo Guedes.
Outro tema foi a privatização da Eletrobras, com o candidato temendo os chineses, e falando em não vender à iniciativa privada os ativos de geração. Ainda no tema energia, Bolsonaro não falou o “petróleo é nosso”, mas que o “miolo” da Petrobras é nosso sim, e que a política de preços livres nos combustíveis tem que ser revisada, já não se pode salvar a empresa e quebrar e economia.
Dando o benefício da dúvida, um gestor avalia que pode ser só um discurso político, com o candidato tentando angariar mais votos para garantir a vitória agora no segundo turno.
“Mas começo a ficar com um pouco de receio. Vai fazer um discurso para ganhar eleição e perder o voto convicto? Os ativos vão começar a olhar isso”, pondera.
Para meu amigo gringo a entrevista deixa transparecer a característica autoritária de Bolsonaro, principalmente quando ele fala que Guedes e seus ministros notáveis terão liberdade, mas que é ele é quem define metas e diretrizes.
Leia Também
“Ele é autoritário e age por impulso. Não me parece que o Guedes vai atura-lo por muito tempo. Isso fica claro no seu comportamento. Ele realmente não se importa com as consequências, age apenas por impulso sobre o que percebe como certo. Isso é uma boa característica para um soldado, mas não para um chefe de Estado”, disse.
Argumento com ele que pode ser apenas política no que ele me responde: “meu caro, se você que é brasileiro não tem certeza, imagine eu”. Fiquei sem resposta.
Está claro que o mercado tem preferido dar o benefício da dúvida ao capitão, acreditando na conversão do nacional desenvolvimentista em um liberal. E certamente vai continuar preferindo já que o asco ao PT é maior.
https://twitter.com/murillodearagao/status/1049846429534101504
Mas as lições de liberalismo de Paulo Guedes ainda parecem restritas à página um. Quando se olha a página dois, muita gente começa a desconfiar.
Olhando mais friamente, as declarações de Bolsonaro não são grande novidade, mas tem momentos em que isso pouco importa. Essa percepção de descompasso e falta de alinhamento é “munição para o inimigo”, como diz o próprio Bolsonaro. E vai ser utilizada contra ele nos debates. Por sorte o arsenal contra PT e Haddad também é vasto.
Sócio polêmico, alto endividamento, possível risco no caixa: por que a Oncoclínicas (ONCO3) cai 90% desde o IPO e o que esperar da ação
As ações da rede de tratamentos oncológicos praticamente viraram pó desde a estreia na B3, mas há quem acredite que a situação pode ficar ainda mais complexa; entenda
Por que a ação do Méliuz (CASH3) chega a cair mais de 10% na B3 hoje — e o que o Banco BV tem a ver com isso
O desempenho negativo desta sessão vem na esteira do anúncio de atualizações na aliança estratégica com o Banco BV; saiba o que mudou no acordo comercial
Onde está a ‘mina de ouro’ da Weg (WEGE3)? Para o BTG, um país da América é a fronteira mais promissora para a empresa
Segundo o banco, investimentos em transformadores colocaram a companhia em posição estratégica para a crescente demanda energética
Nem Galípolo escapou: Ação do Magazine Luiza (MGLU3) salta na B3 em meio a críticas de Luiza Trajano aos juros altos
A empresária pediu ao presidente do Banco Central que não antecipe novas altas na Selic, que hoje encontra-se no patamar de 13,25% ao ano
Sem dividendos para a Cosan (CSAN3): CEO da Raízen (RAIZ4) revela estratégia após balanço fraco enquanto mercado vê pressão no curto prazo
O mote da nova estratégia da Raízen para a safra de 2025/2026 será a volta ao “core business”, com busca por eficiência e simplificação dos negócios
O urso de hoje é o touro de amanhã? Ibovespa tenta manter bom momento em dia de feriado nos EUA e IBC-Br
Além do índice de atividade econômica do Banco Central, investidores acompanham balanços, ata do Fed e decisão de juros na China
Sob forte pressão nas finanças, Raízen (RAIZ4) tem prejuízo de R$ 1,66 bilhão no ano e dívida avança 22%
O prejuízo líquido somou R$ 2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/2025, revertendo o lucro de R$ 793 milhões do mesmo período do ano anterior
Ação da Caixa Seguridade dispara na B3 após balanço bem avaliado e proposta de distribuir quase R$ 1 bi em dividendos. E agora, vale comprar CXSE3?
A seguradora da Caixa Econômica Federal (CEF) reportou lucro líquido gerencial de R$ 1,06 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado
Fraco, mas esperado: balanço da Usiminas (USIM5) desagrada e ações ficam entre as maiores quedas do Ibovespa
A siderúrgica teve um prejuízo líquido de R$ 117 milhões, abaixo das estimativas e revertendo o lucro de R$ 975 milhões visto no 4T23; veja os destaques do balanço
Casas Bahia (BHIA3) quer captar até R$ 500 milhões com FIDC — após dois anos de espera e com captação menor que a prevista
O início operacional do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) foi anunciado na noite da última quinta-feira (13), com um capital inicial de R$ 300 milhões
Duas faces de uma mesma moeda: Ibovespa monitora Galípolo para manter recuperação em dia sem Trump
Mercados financeiros chegam à última sessão da semana mostrando algum alívio em relação à guerra comercial norte-americana
Trump derrubou a bolsa de Moscou? Por que a negociação das ações russas foi suspensa hoje
As operações ainda não têm data para voltar ao normal, de acordo com a operadora da Bolsa de Valores de Moscou
Suzano (SUZB3) reporta prejuízo no 4T24, mas tem bancão elogiando o balanço e prevendo alta de até 40% para as ações
Revertendo o lucro bilionário do terceiro trimestre, a gigante de papel e celulose registrou prejuízo líquido de R$ 6,737 bilhões, causado mais uma vez pela variação cambial
6 em cada 10 reais dos brasileiros foi investido em renda fixa em 2024 — e 2025 deve repetir o mesmo feito, diz Anbima
Brasileiros investiram 12,6% mais no ano passado e a renda fixa é a ‘queridinha’ na hora de fazer a alocação, segundo dados da associação
O jogo virou na bolsa? Por que Wall Street acelerou a alta e o Dow Jones subiu 350 pontos após as tarifas recíprocas de Trump
A política tarifária do republicano pode facilmente sair pela culatra se acelerar a inflação e reduzir o crescimento, mas o mercado viu as medidas desta quinta-feira (13) com outros olhos
Magazine Luiza (MGLU3) na berlinda: BB Investimentos deixa de recomendar a ação da varejista — e aqui estão os motivos
Além de atualizar a indicação de compra para neutro, o banco cortou o preço-alvo para R$ 9,00 ao final de 2025
Cosan (CSAN3) pode cair ainda mais — e não é a única. Saiba quais ações brasileiras ganham ou perdem com a nova carteira do índice MSCI
O rebalanceamento do índice global prevê a exclusão de seis ações brasileiras para a carteira trimestral que entra em vigor em março; veja os impactos estimados pelos analistas
Da ficção científica às IAs: Ibovespa busca recuperação depois de tropeçar na inflação ao consumidor norte-americano
Investidores monitoram ‘tarifas recíprocas’ de Trump, vendas no varejo brasileiro e inflação do produtor dos EUA
Boas novas para os acionistas? TIM Brasil (TIMS3) anuncia recompra de ações, após balanço robusto no 4T24
O programa vai contemplar até 67,2 milhões de ações ordinárias, o que equivale a 2,78% do total de papéis da companhia
Embraer (EMBR3) pretende investir R$ 20 bilhões até o fim da década — e aqui está o que ela quer fazer com o dinheiro
O anúncio acontece poucos dias após a fabricante de aeronaves renovar os recordes na carteira de pedidos no quarto trimestre de 2024 e fechar um acordo histórico