A prova de fogo de Bolsonaro contra um grupo de mulheres
Grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro marcou protestos contra Bolsonaro neste sábado. Movimento é um ataque ao líder das pesquisas na reta final da eleição.

O dia de hoje será marcado por uma série de protestos contra Jair Bolsonaro no país. O movimento nasceu nas redes sociais a partir do grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, que tenta mobilizar o voto feminino contra o candidato. Trata-se de um ataque direto contra o capitão do Exército que lidera as pesquisas.
A rejeição de Bolsonaro subiu mais ainda entre as mulheres e alcançou 52% na pequisa divulgada pelo Datafolha nesta sexta-feira. Conquistar o voto feminino é o maior desafio de Bolsonaro para vencer a eleição. Essa é uma das razões pela qual o candidato ainda perde em um provável segundo turno contra Haddad, o que pode trazer o PT de volta para o poder - e azedar o humor dos investidores.
Bolsonaro enfrenta neste fim de semana um adversário que luta com as mesmas armas que ele. O candidato conseguiu a liderança nas pesquisas com uma campanha focada nas redes sociais. Agora ele vai enfrentar um movimento que também nasceu nas redes.
O Estado de S. Paulo de hoje traz um perfil da moça que conseguiu reunir 3,8 milhões de mulheres contra Bolsonaro. A baiana Ludimilla Teixeira, de 36 anos, criou há um mês o grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro no Bolsonaro. Ela se diz "anarquista" e fala que não sabe em quem vai votar, só em quem não vota.
O movimento cresceu nas redes e trouxe repercussão internacional para a #Elenão, usada para atacar Bolsonaro. Até a Madonna postou uma mensagem de apoio.
Foi nesta página que foram marcados os protestos contra Bolsonaro que ocorrem neste sábado, 29, em várias cidades do País.
Marina e Alckmin tentam surfar na onda
A reportagem conta também que depois que o grupo começou a crescer, representantes de candidatos procuraram a organizadora do movimento. Ela diz que o grupo é "suprapartidário" e não aceitou o apoio dos concorrentes.
Mesmo assim, Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) usaram a hashtag em suas propagandas eleitorais. O crescimento do movimento das mulheres é para eles a última esperança de tentar virar o jogo na reta final das eleições e conquistar um eleitor moderado.
As últimas eleições no Brasil mostram que nada é impossível. No entanto, é muito improvável que Bolsonaro fique de fora do segundo turno. Existe uma grande dúvida - e ela pode definir a eleição - sobre como vão votar as mulheres que não gostam de Bolsonaro, mas também vestiram a camisa verde-amarela para pedir a saída do PT nas manifestações de 2015 e 2016. Quem elas odeiam menos?
*Com Estadão Conteúdo
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